Repressão democrática contra os Belgas
A «libertação» que, na França, produziu um total estimado de 318.671 mortos(1), não produziu na Bélgica um número comparável de vítimas, mas, no que se refere a sanções, multas, perseguições, etc., ficou em bom lugar entre os depuradores. Criou-se uma figura jurídica, o «incívico», atribuído a todo aquele que tivesse sido germanófilo, partidário da amizade com a Alemanha ou, simplesmente, anti-comunista. Uma lei especial chamada 123 Sexies permitia impôr aos «incívicos» todas as restrições sociais: impedi-los de ter um emprego ou exercer as profissões de administrador de empresa, advogado, jornalista, médico, actor ou director de teatro ou de cinema, locutor de rádio, professor, escritor, conferencista e inclusive... preparador de trabalho e apontador. Em 19 de Janeiro de 1945 o Auditor Militar de Bruxelas dava conhecimento à população de que qualquer ajuda prestada a um «incívico» acarretava ipso facto uma pena de prisão entre 15 e 20 anos. O Estado belga ordenou entretanto a detenção de 28.000 empresários (quase a totalidade existente no país) sob a acusação de «colaboração económica» com a Alemanha. As pessoas assassinadas ascenderam a cerca de 51.000. Os «incívicos» cifraram-se em 231.000, mas outros 70.000 vieram a ser presos(2). Abriram-se 75.391 processos jurídicos por colaboração.
No final de Maio de 1945 regressavam à Bélgica cerca 3.000 assalariados belgas que tinham trabalhado na Alemanha como voluntários. Vinham num navio belga que os trazia de Odessa, na Ucrânia. Esses operários imaginavam estar a regressar do exílio. Mas nem tiveram tempo de desembarcar: a multidão, em Ostende, apoderou-se deles e atirou-os à água. Os que nadaram para a margem foram repelidos de novo pela chusma. Todos se afogaram(3).
A repressão contra os voluntários flamengos e valões que combateram na Rússia contra o bolchevismo foi particularmente odiosa e de um sadismo medonho. Tendo lutado de armas na mão e tendo-se oposto ao comunismo, foram considerados traidores à Bélgica e internados em campos de concentração (melhor dito: campos de morte), alguns deles ao ar livre e sem o mais pequeno abrigo no verão ou no inverno(4).
Léon Degrelle conseguiu chegar a Espanha em Abril de 1945 e, apesar dos pedidos insistentes de extradição formulados pelo governo belga, o governo de Franco negou-se ceder. Léon Degrelle fora condenado à morte in absentia nos finais de 1944. A condenação baseava-se num «delito de opinião», dadas as suas qualidades de chefe do REX e de voluntário na Frente do Leste. O processo foi grotesco. Degrelle sempre se dispusera a regressar à sua pátria na condição de poder defender-se com liberdade, de ter um julgamento regular, equitativo e imparcial e de os debates poderem ser difundidos. A «Justiça» belga não aceitou a proposta. Caberia perguntar porquê, se não soubéssemos de sobra...
Assim, Léon Degrelle permaneceu em Espanha. E, como a infâmia tem braços compridos, ao não ter conseguido alcançar Degrelle, encarcerou os seus pais, apesar de pessoas muito idosas, e pelo único delito de serem seus pais. Outros réus do mesmo delito de parentesco, foram também encarcerados: um cunhado seu, as suas irmãs, a sua mulher e até a filha de 9 meses de idade. Para terminar esta girândola de patifarias, os libertadores, em 8 de Julho de 1944, assassinaram com cinco balas nas costas e uma na nuca, o seu irmão, Edouard, pacífico farmacêutico da cidade de Bouillon, a dois metros de distância das suas filhas pequenas!
No final de Maio de 1945 regressavam à Bélgica cerca 3.000 assalariados belgas que tinham trabalhado na Alemanha como voluntários. Vinham num navio belga que os trazia de Odessa, na Ucrânia. Esses operários imaginavam estar a regressar do exílio. Mas nem tiveram tempo de desembarcar: a multidão, em Ostende, apoderou-se deles e atirou-os à água. Os que nadaram para a margem foram repelidos de novo pela chusma. Todos se afogaram(3).
A repressão contra os voluntários flamengos e valões que combateram na Rússia contra o bolchevismo foi particularmente odiosa e de um sadismo medonho. Tendo lutado de armas na mão e tendo-se oposto ao comunismo, foram considerados traidores à Bélgica e internados em campos de concentração (melhor dito: campos de morte), alguns deles ao ar livre e sem o mais pequeno abrigo no verão ou no inverno(4).
Léon Degrelle conseguiu chegar a Espanha em Abril de 1945 e, apesar dos pedidos insistentes de extradição formulados pelo governo belga, o governo de Franco negou-se ceder. Léon Degrelle fora condenado à morte in absentia nos finais de 1944. A condenação baseava-se num «delito de opinião», dadas as suas qualidades de chefe do REX e de voluntário na Frente do Leste. O processo foi grotesco. Degrelle sempre se dispusera a regressar à sua pátria na condição de poder defender-se com liberdade, de ter um julgamento regular, equitativo e imparcial e de os debates poderem ser difundidos. A «Justiça» belga não aceitou a proposta. Caberia perguntar porquê, se não soubéssemos de sobra...
Assim, Léon Degrelle permaneceu em Espanha. E, como a infâmia tem braços compridos, ao não ter conseguido alcançar Degrelle, encarcerou os seus pais, apesar de pessoas muito idosas, e pelo único delito de serem seus pais. Outros réus do mesmo delito de parentesco, foram também encarcerados: um cunhado seu, as suas irmãs, a sua mulher e até a filha de 9 meses de idade. Para terminar esta girândola de patifarias, os libertadores, em 8 de Julho de 1944, assassinaram com cinco balas nas costas e uma na nuca, o seu irmão, Edouard, pacífico farmacêutico da cidade de Bouillon, a dois metros de distância das suas filhas pequenas!
Nuno de Ataíde
In Último Reduto, n.º 12, Setembro de 1994, p. 50.
In Último Reduto, n.º 12, Setembro de 1994, p. 50.
Notas:
1 - Enciclopédia Larousse
2 - Robert Poulet.
3 - Le Monde, Paris, 28.5.1945
4 - Fernand Kaisergruber, Nous n'irons pas à Touapse.
1 - Enciclopédia Larousse
2 - Robert Poulet.
3 - Le Monde, Paris, 28.5.1945
4 - Fernand Kaisergruber, Nous n'irons pas à Touapse.
1 comentário:
A JUSTIÇA DOS COVARDES, DOS RESISTENTES DE ÚLTIMA HORA.TODA HONRA AO HERÓI DEGRELLE.
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