30.10.14

Fernando Pessoa e os Protocolos dos Sábios de Sião

O livro "Organizem-se! - A gestão segundo Fernando Pessoa" de Filipe S. Fernandes, editado pela Oficina do Livro, em 2007 e 2008, revela-nos a faceta quase desconhecida de Fernando Pessoa anti-judeu, ao divulgar o projecto editorial da Olissipo, no qual consta a edição dos Protocolos dos Sábios de Sião.


25.10.14

Lançamento do livro


"O relato das aventuras de o Puto, um herói anti-revolucionário que agitou Portugal nos anos pós-revolucionários, até ser preso e se ter evadido, escondendo-se, finalmente, em África, onde vive ainda hoje sob outra identidade. 
Colocou bombas em embaixadas e sedes de partidos; sabotou instalações, atirou a matar; assistiu à morte do Padre Max e da sua companheira; conheceu os segredos de chefes militares e de políticos; encontrou-se com figuras do antigo regime e do novo regime; foi preso por várias vezes e outras tantas esteve em fuga — até organizar a maior evasão jamais vista numa penitenciária europeia, através de um túnel. O autor conta tudo neste livro, explosivamente tudo."

23.10.14

Gisela João - Madrugada Sem Sono. Poema de Goulart Nogueira



"Na solidão a esperar-te
Meu amor fora da lei
Mordi meus lábios sem beijos
Tive ciúmes, chorei

Despedi-me do teu corpo
E por orgulho fugi
Andei dum corpo a outro corpo
Só p'ra me esquecer de ti

Embriaguei-me, cantei
E busquei estrelas na lama
Naufraguei meu coração
Nas ondas loucas da cama

Ai abraços frios de raiva
Ai beijos de nojo e fome
Ai nomes que murmurei
Com a febre do teu nome

De madrugada sem sono
Sem luz, nem amor, nem lei
Mordi os brancos lençóis
Tive saudades, chorei."

8.10.14

Filme de Hollywood com Mussolini é descoberto nos EUA

"Um filme intitulado The Eternal City, produzido no Verão de 1923 pelo americano Samuel Goldwyn e com Benito Mussolini no elenco, foi descoberto nos Estados Unidos e será projectado esta terça-feira em Itália, no Festival de Cinema Mudo de Pordenone.
Segundo o diário Il Messaggero, o filme foi rodado menos de um ano depois de Mussolini e o seu Partido Nacional Fascista marcharem sobre Roma, o que resultaria na sua tomada do poder em Itália.
Há muito dado como perdido, talvez por ser politicamente embaraçoso, The Eternal City foi encontrado nos arquivos do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA) por uma investigadora, Giuliana Muscio. Do filme restam apenas as duas últimas bobines, equivalentes a 28 minutos.
Por que é que a América democrática se deixou seduzir com pelo fascista Mussolini? Porque, explica Muscio no catálogo do festival, “em 1923 um filme que glorificava Mussolini e o fascismo não era para Hollywood uma tomada de posição tão desconcertante quanto possa parecer a posteriori”. As paradas fascistas pareciam feitas para o grande ecrã, o ditador era visto como um herói popular e o seu anticomunismo deve ter parecido uma garantia mais do que suficiente a Goldwyn.
Realizado por George Fitzmaurice (que viria a trabalhar com Rudolph Valentino em O Filho do Sheik e com Greta Garbo), The Eternal City adapta um best-seller homónimo do escritor vitoriano Hall Caine, um melodrama que tem como pano de fundo as convulsões políticas que abalam Itália na segunda metade do século XIX.
Nesta adaptação cinematográfica rodada em Roma, a história é actualizada para o presente, com fascistas e comunistas a lutarem entre si pelo controlo de Itália. Mussolini limita-se a fazer de si próprio. Na cena final, ele é visto no seu gabinete no Palácio de Veneza, concedendo uma amnistia ao herói do filme, acusado de um crime político, deixando-o livre para se juntar à mulher que ama. O “Duce” terá autorizado as filmagens com a condição de que o filme tivesse um cunho pró-fascista. “De resto, os americanos olhavam com interesse para a figura de um jovem líder que estava a pôr ordem no país, tido como um homem de acção, sem conotações negativas”, explicou Giuliana Muscio ao Messaggero.

Em 1933, a Columbia Pictures lançou o “documentário” Mussolini Speaks, supervisionado pelo próprio, em que o líder fascista é retratado como um herói e salvador da pátria. Na altura, a Columbia anunciou nas páginas da Variety que o filme estava a ser um sucesso nos cinemas porque encontrava eco junto "de americanos de gema" e poderia ser "a resposta às necessidades da América"."

Fonte: "Público"

2.10.14

Memórias de arquivo


Em 1953, no Liceu de Alexandre Herculano, no Porto, editava-se um jornal orientado pelo professor de História e Filosofia, Dr. Cruz Malpique, com interessada colaboração dos alunos.
No n.º 5, com data de 31 de Maio, de que abaixo se reproduz o frontispício da autoria de Manuel Oliveira, aluno do 6.º ano, podia ser lido nas suas páginas centrais números 4 e 5, o seguinte título profético:

"Esta é a página dos poetas que talvez ainda um dia venham nas Histórias da Literatura ..."

Um aluno do 5º ano, Manuel Alegre Duarte (que mais tarde se esqueceu do Duarte e passou a ser só Alegre), publicou aí um soneto intitulado "Heróis do Mar", dedicado à Mocidade de Portugal. Vai, mais abaixo, reproduzido por digitalização.
Será que o poeta que, na verdade, está hoje na nossa História da Literatura, ainda se lembra?

(repescado por Álvaro Lira, que em 1953 frequentava o 4.º ano, e que guardou alguns desses jornais)