19.3.11

Contra factos não há argumentos

Em 1945, os discursos e declarações oficiais dos "Libertadores", declaravam:
Lutamos por defender o direito dos pequenos países a viver as suas próprias vidas (Winston Churchill);
Lutamos pelo cumprimento da palavra dada, e contra a violação dos tratados internacionais (Sir Anthony Eden);
Lutamos pela Democracia (Winston Churchill);
Lutamos pela substituição da força bruta pela lei como arbítrio entre as nações (Lord Halifax);
Lutamos na defesa da nossa própria segurança (Sir Anthony Eden);
Lutamos na defesa do direito dos povos a dispor de si mesmos (Franklin Delano Roosevelt).
Prometida a Paz, a Liberdade na vitória ali(en)ada aqui temos, decorridos estes decénios, democraticamente cumpridos - à lei da bomba - os preceitos demo(nio)cráticos!

O 15 de Março de 1961 A 50 anos de distância. Brandão Ferreira

O 15 de Março de 1961 a 50 anos de distância

17.3.11

Oferta

Fui premiado por este bom confrade e amigo com esta raridade bibliográfica de 1953, editado por Edições Távola Redonda, sob a direcção de Daniel Filipe e orientação de António Vaz Pereira.
Trata-se do terceiro livro de poesia da extensa bibliografia de Couto Viana e incluído nos 60 Anos de Poesia de António Manuel Couto Viana, dada à estampa pela Imprensa Nacional Casa da Moeda, em 2004, em dois volumes, que pode consultar aqui o 1.º e o 2.º.

15.3.11

Ler e recordar

Angola 1961: o terror maciço e cru

A análise semanal de Pedro Guedes

Mais uma viagem pelo Expresso do Ocidente

A próxima vítima da tolerância democrática e da liberdade de expressão


O Presidente da República Checa, conhecido pelas suas provocações, voltou a protagonizar novo escândalo político. Václav Klaus defendeu abertamente um anti-semita e líder da extrema direita, Ladislav Bátora, dizendo que partilha com o extremista ideais ideológicos como a rejeição da União Europeia, do multi-culturalismo, da igualdade entre sexos e da homossexualidade.
A polémica começou quando o ministro da Educação do governo tripartido de direita, Josef Dobes, quis nomear Bátora como seu braço direito, escreve o jornal espanhol
Público. A comunicação social lembrou as posições extremistas de Bátora e o facto de este ter sido candidato às eleições pelo ultra-nacionalista Partido Nacional. O próprio partido de Dobes pressionou para que este desistisse da nomeação.
Mas Klaus adensou ainda mais a polémica, ao escrever um artigo no jornal Právo e no site Novinky.czen apoiando as ideias políticas de Bátora. "Sei que é um homem de direita autêntico, profundamente conservador, que tem por hábito participar em diferentes acções públicas nas quais denuncias coisas que eu também critico", escreveu o Presidente checo, vincando que concorda com Bátora na recusa do "europeísmo, da política de géneros, do multi-culturalismo, da homossexualidade, da Verdade e do Amor erigidos como princípios universais": "Como ele, dou prioridade à tradição sobre o suposto progresso."»

Pierre Drieu La Rochelle (03.01.1893 – 15.03.1945)

"Je cherche dans le socialisme de forme européenne, le fascisme, cette nouvelle aristocratie."

Lembro aqui e agora dois postais publicados no passado.

12.3.11

O início do fim

Abriu hoje a caixa de pandora!
Um país à rasca saiu pela primeira vez à rua e promete sair as vezes que forem precisas porque a situação política, económica, financeira irá redundar numa explosão social.
Já se notam rostos de raiva, de saturação por esta classe política que têm espoliado o povo português desde 25 de Abril de 1974 com a complacência e o voto popular nos oportunistas e democratas de sempre.
O povo português percebeu - só agora! - que não tem Presente e Futuro mas quer reaver o Passado.
Os pulhíticos que nos desgovernam e roubam que se lembrem que um dia poderão ser corridos das janelas e pelas escadas de S. Bento como Miguel de Vasconcelos foi no Palácio Almada.
Os "irmãos" da maçonaria que se ponham a toques, pois a negociatas e os amigalhaços vão acabar!
Este dia poderá ser o início do fim desta bandalheira democrática como afirmou há dias o presidente da Câmara Municipal do Porto: “
Portugal está a viver o fim do regime que nasceu com o 25 de Abril de 1974”.
Solução: Trabalhar e Produzir em vez de vivermos das esmolas da União Europeia que tanto jeito deram a tantos que viveram e vivem disso mesmo, à grande e à Bruxelas.
E Abstenção militante nas eleições!!!

9.3.11

Livro: Descolonização e independência em Moçambique - Factos e Argumentos de Henrique Terreiro Galha


A Esfera do Caos editou em Janeiro passado, Descolonização e independência em Moçambique - Factos e Argumentos, um testemunho histórico sobre os trágicos momentos descolonizadores em Moçambique, como os casos do calvário dos portugueses brancos, da repressão frelimista, dos crimes frelimistas, do mau papel da Igreja Católica (casos dos Padres Brancos, Padres de Burgos, Igreja do Macuti, do bispo de Nampula), a guerrilha da Frelimo, o Acordo de Lusaca, Cabora Bassa, a dívida de Moçambique a Portugal...
Número de páginas - 276 pgs.
PVP - 18,90€.

3.3.11

Hoje, no Porto

hoje, dia 3 de Março, pelas 18h, na sala Fernando Pessoa da Universidade Fernando Pessoa, situada na Praça 9 de Abril, no Porto, com António Leite da Costa, Isabel Ponce de Leão (org.), José Valle de Figueiredo e Paulo Samuel, que tiveram o privilégio de conviver com António Manuel Couto Viana, falarão das suas facetas de escritor, actor e encenador. Manuel Sobral Torres interpretará alguns textos do poeta por si musicados.
Entrada Livre.

Emprego para os irmãos

Sábado, n.º 355, p.60, 17.02.2011
(clicar na imagem para aumentar)

2.3.11

Bebedeira cara!

Galliano, que foi o primeiro britânico a assumir o cargo de director criativo na Dior, pediu hoje desculpa pelo seu comportamento.
John Galliano, de 50 anos, vai a tribunal no segundo trimestre do ano, e pode incorrer numa pena de seis meses de prisão, e multa de 22.500 euros.
"Toda a minha vida lutei contra o preconceito, a intolerância e a discriminação, dos quais também fui alvo", disse ainda o estilista, no mesmo comunicado.»

Como se "queima" um estilista bêbado!

«O criador de alta-costura, John Galliano, colocou a casa Christian Dior à beira de uma grave crise de nervos. A três dias do desfile outono/inverno de 2011, que continua marcado para sexta-feira, no museu Rodin, em Paris, o director artístico da conhecida marca francesa continua a negar as acusações de injúrias anti-semitas e pró-nazis proferidas num bar do Marais, na capital francesa, contra clientes judeus.
"Amo Hitler"
Mas a divulgação, ontem, de um vídeo com os gravíssimos insultos racistas e pró-nazis, deita por terra toda a linha de defesa de Galliano. Na gravação, o estilista diz ser admirador de Hitler e, virando-se, num bar de Paris, para um casal de judeus, proferiu: "Amo Hitler, vocês são feios, não deviam existir, os vossos pais e antepassados deviam ter morrido nas câmaras de gás".
Nathalie Portman afasta-se da Dior
Três dos judeus injuriados apresentaram queixa contra Galliano, que já foi interrogado pelas autoridades e foi entretanto suspenso pela Dior.
O escândalo provocou uma onde de choque no mundo da moda, em Paris, e Galliano está a ser condenado em todo o mundo. A actriz Nathalie Portman, imagem de marca da casa francesa, que recebeu um Óscar esta semana, disse que vai desligar-se da Dior. "Estou profundamente chocada e, como pessoa orgulhosa de ser judia, não desejo ser associada a John Galliano seja de que maneira for".
Galliano aguarda em liberdade a conclusão das investigações preliminares sobre as queixas apresentadas pelos judeus e será certamente despedido em breve pela Dior.»
Fonte: Expresso

Salazar: em cheio!

Na estreia do novo director, Duarte Branquinho, O Diabo, dá notícia nas páginas centrais do último livro sobre Salazar e cita um dos trechos do livro "António de Oliveira Salazar, Uma Cronologia" da autoria do Embaixador Fernando de Castro Brandão e acabado de vir a público pela Prefácio Editora.
«É em 20 de Fevereiro de 1962 que Salazar começa a manifestar desejo de se afastar do poder. Nesse dia, confessa a Franco Nogueira: "Estou com pressa de me ir embora. Não me dou com a nova mentalidade. Isto é só para safados".
E em 17 de Abril do mesmo ano, comentando as revoltas académicas, vaticina: "Se nada fizermos, antes de dez anos eles estarão sentados a esta mesa."»
A verdade é que os safados começaram a sentar-se, logo!, a 27 de Setembro de 1968, com Marcelo Caetano e a (mal)dita primavera marcelista para abancarem a 25 de Abril de 1974... até hoje!
Em 2008, Fernando Castro Brandão editou Estado Novo, Uma Cronologia na Livros Horizonte.
Prefácio Editora
R. Pinheiro Chagas 19 – 1º - 1050-174 Lisboa
tel.: 21314 33 78
fax: 21314 33 80
email:
editora.prefacio@mail.telepac.pt

David Herbert Lawrence (11.09.1885 – 02.03.1930)

1.3.11

Hitler: o ditador era um leitor fanático

Voltando aos livros, talvez se compreendam as razões da prisão do meu amigo e camarada Pedro Varela. Hitler comprou 16.000 livros e isso pode ser perigoso!
O que dirão as editoras e as gráficas sobre isto?
A sorte é que Timothy Ryback, autor de A Biblioteca Privada de Hitler, publicado em Portugal pela Civilização Editora, suspeita que
Hitler não era a única pessoa má com uma biblioteca; Nietzsche e Schopenhauer, por exemplo, são associados a Hitler. Não creio que ele tenha tido a capacidade intelectual para os ler e perceber; incrível insegurança...
...e, graças a Deus, não se lembrou de mais nada!

Pedro Varela. Carta n.º 24 desde a prisão

Grandes manobras judaicas de sedução à extrema-direita europeia. Pierre Vial


No seio da comunidade judaica reina uma grande inquietação face às perspectivas que se lhe deparam. Em Israel, a evolução demográfica – dadas as diferenças nas taxas de natalidade entre judeus e árabes – vão dar a estes últimos, mais cedo ou mais tarde, uma posição maioritária. Que sucederá no dia em que esta massa se revoltar violentamente? A situação é igualmente inqueitante no que respeita à diáspora: em frança, como em outros países onde a imigração árabe-muçulmana não cessa de aumentar, os judeus são dominados por um sentimento de insegurança. O que é mais que justificado pois a comunidade poderá incorrer em graves perigos caso o impacto do conflito do Médio Oriente incendiar o planeta, tornando-se aquela o alvo de sangrentos ajustes de contas. Em face destas ameaças, que de modo algum são do domínio da ficção científica, surgiu a preocupação eem alguns meios judaicos de reforçar o seu potencial “militar” de auto-defesa, de se armar com o que for possível recolher, incluindo-se neste afã a procura de aliados – melhor dizendo, de tropas supletivas, estilo “harkis” – no seio da extrema direita europeia. Fazem-no por meio de uma argumentação simples mas eficaz junto dos ingénuos: todos os que devem fazer face à ameaça árabe-muçulmana devem unir-se em todo o mundo, esquecendo mágoas eventuais que ora comportam uma importância secundária. A estratégia não é nova. Aqueles que viveram a época da guerra da Argélia talvez se recordem de alguns factos reveladores: o apoio dado por Jean-Marie Le Pen à expedição de Suez, na qual participou e que foi montada para auxiliar Israel contra o Egipto; o papel desempenhado, no campo da “Argélia Francesa”, por Jacques Soustelle, de resto presidente da Aliança França-Israel; a participação activa (e eficaz) dentro da OAS de judeus “pieds noirs”. Hoje, com a presença massiva de imigrantes da África do Norte e da África Negra, o argumento da “união sagrada” entre judeus e europeus ganhou um peso novo (ainda mais necessária quanto, após a desastrada intervenção contra os navios que tentavam aportar a Gaza, Israel perdeu alguns apoios importantes). Este argumento é assinalado por algumas pessoas bem conhecidas no seio da extrema-direita europeia, havendo outras que também merecem sê-lo. Isto porque as eventuais vítimas das suas manobras devem ser alertadas quanto antes. Demos uma breve passagem pelos escrivãos ao serviço daquela manobra. Após as obras (aliás bem documentadas) de Alexandre del Valle (pseudónimo), que lhe permitiram ser bem acolhido no seio de diversos círculos de extrema-direita (até ao dia em que se soube que ele tinha sido convidado a discursar em reuniões do B’naï B’rith…); após “A Nova Questão Judaica” de Guillaume Faye (2007), que causou enorme consternação entre os seus amigos mais antigos; após o apoio constante de uma certa imprensa dita “de direita” – cujo melhor exemplo é Valeurs Actuelles, sob a direcção de um François d’Orcival desejoso de fazer esquecer o seu activismo de juventude – está em curso uma ofensiva de muito maior amplitude. Trata-se da operação Zemmour. Este jornalista, que participou, com Michel Gurfinkiel (da Valeurs Actuelles), numa reunião da loja “França” do B’naï B’rith, é um jornalista-vedeta do Figaro e autor de uma crónica diária na RTL que é seguida por muita gente. Tem o grande mérito de enunciar sem complexos algumas verdades simples respeitantes à imigração-invasão. Por exemplo, em “O Pequeno Irmão” (romance baseado no homicídio de um jovem judeu por um jovem árabe seu amigo de infância) ele descreve a França desta forma: “Um país de árabes e de negros. Milhões e milhões deles. Eles rebaixam a França. Com eles, tornamo-nos um país do terceiro mundo. Os franceses receiam-nos. Mas já não ousam dizer-lhes nada”. E resume-o por meio de uma fórmula-choque: “vivemos o fim do Império Romano” (Actualité Juive, 9 de Novembro de 2006). Tudo isto está bem observado e é útil referi-lo. Mas… A questão que se deve pôr é a seguinte: Zemmour está ao serviço de quem? Zemmour tem todo o gosto em lembrar as suas origens: “Os meus antepassados eram judeus berberes” (RMC, 7 de Janeiro de 2008). A sua família sefardita instalou-se em França por altura da Guerra da Argélia, tendo ele passado a infância em Drancy no seio da comunidade judaica local e tendo efectuado os seus estudos em escolas confessionais que seguiam uma educação judaica tradicional. Aplicou o princípio da endogamia, vital para qualquer comunidade, casando com uma sefardita, Mylène Chichportich. Ele não esconde os fortes laços sentimentais que tem para com a sua comunidade de origem (o que é natural). Quando começaram a correr rumores de que as suas estrepitosas declarações lhe poderiam trazer desagradáveis consequências a nível profissional pode-se ver como muitas pessoas se mobilizaram em seu favor, particularmente na internet, assinando petições. Será esse o motivo por que Zemmour no fim de contas não veio a ter problemas? Não seremos ingénuos a esse ponto. A nossa opinião é de que existe uma “operação Zemmour” com o objectivo de suscitar simpatia, no seio da direita da direita, pela mensagem que ele incarna: face à imigração-invasão, união sagrada dos europeus, americanos e judeus (sendo Israel o “bastião do Ocidente” face ao Islão, devendo ser apoiado incondicionalmente). Trata-se de uma grande marosca bem detectada por Henry de Lesquen: “Zemmour é o engodo que faz passar o veneno da ideologia dominante. (…) Ele tornou-se um “ícone” para a direita da direita, para uma multidão de pessoas que acha que a salvação virá novamente dos judeus, tal como há dois mil anos.” E quem é que beneficia com isto? “O sistema, no seu conjunto, que atribuiu ao missionário Zemmour a função de conduzir o rebanho da direita para a rede do politicamente correcto” (La Voix des Français, Maio de 2010). No plano puramente político a operação de sedução funciona bem. Com o apoio de redes no seio de movimentos da extrema-direita. Veja-se o caso de Fernand Cortès, cabeça de lista no Aude de uma liga do Bloc Identitaire nas últimas eleições regionais e que assinou a petição “Manter a razão”, lançada por sionistas “de direita”. Eis como ele explica a posição do Bloc Identitaire: “As suas relações com a comunidade judaica são boas (eu estou em boa posição para o afirmar pois estive na origem do seu desenvolvimento) e estão a tornar-se excelentes pois há cada vez mais judeus simpatizantes do BI e que o apoiam convictamente”. Questionada por militantes a propósito desta declaração a direcção do Bloc Identitaire nada respondeu. Quem cala consente… Já no Front National foi Marine Le Pen quem deu o mote: ela é membro do grupo Europa-Israel no Parlamento Europeu, ela fez votos (em vão, até à data) de realizar a peregrinação a Israel e, segundo Marc George, ex-secretário-geral de Egalité et Réconciliation, o movimento de Alain Soral, este último pôs em contacto Marine com Gilles-al de William Goldnadel, ultra-sionista e “notório agente israelita” (Rivarol de 14 de Maio de 2010). Quanto a Bernard Antony – em conflito com o FN devido a certas tomadas de posição de Marine – ele nunca escondeu que, enquanto cristão, se sentia profundamente ligado às origens judaicas do cristianismo – o que é perfeitamente lógico. Mas o mais importante não é isto mas sim o trabalho de influência levado a cabo por certos agentes de Israel, cujo protótipo é um certo Patrick Brinkmann. Oficialmente cidadão germano-sueco, ele dispõe de largos fundos supostamente provenientes da sua grande fortuna pessoal… Inicialmente ele escondeu o jogo. Após assistir à Table Ronde de Terre&Peuple em 2006 declarou ter ficado muito impressionado com essa reunião e manifestou a vontade de criar uma estrutura de ligação e de coordenação entre o maior número possível de movimentos identitários europeus, baptizada Kontinent Europa Stiftung (Fundação Continente Europa), que deveria tomar iniciativas ao nível de actividades internacionais baseadas na identidade europeia (veja-se Terre&Peuple Magazine, n° 32, edição do Verão de 2007). Tal iniciativa foi bem vista e como tal aprovada por Terre et Peuple em França, pelo Thule-Seminar na Alemanha e por Tierra y Pueblo em Espanha. Mas, quando os dirigentes destes movimentos sugeriram qe se organizasse um primeiro encontro europeu com o fim de divulgar a KES, Brinkmann hesitou. De tal forma que, progressivamente, tomou posições contraditórias com as suas primeiras tomadas de posição de uma forma tão ambígua que se é levado a questionar quais as suas verdadeiras motivações. De tal forma que Pierre Vial (Terre et Peuple) e Pierre Krebs (Thule-Seminar) decidiram cortar relações com ele. Tudo ficou mais claro recentemente quando Brinkmann anunciou a sua intenção de financiar generosamente, na Alemanha, certas campanas eleitorais de movimentos “de direita” fortemente hostis ao Islão, sob a condição de que essas organizações que beneficiariam da sua generosidade anunciassem o seu apoio a Israel. Foi desta forma que ele explicou o seu ponto de vista a uma agência noticiosa: “A nossa cultura europeia é judaico-cristã. (…) Foi um feliz acaso que entrelaçou o destino de judeus e cristãos. (…) Já visitei Israel, já fui a Yad Vashem, não como turista mas para chorar. (…) O judaísmo e a cultura europeia andam a par um do outro”. E foi ao ponto de de anunciar a organização, em 2011, de uma « peregrinação europeia” a Jerusalém, dado que é necessário “um entendimento entre a Europa e Israel com vista à sobrevivência de ambas”. Brinkmann criou relações continuadas com animadores de movimentos de extrema-direita em diversos países (entre os quais Áustria e Espanha, tal como foi recentemente revelado neste país por uma revista que é o equivalente à Playboy…), anunciando a pretensão de financiar as suas campanhas eleitorais (ele tem a reputação de ser rico mas podemo-nos interrogar sobre a verdaeira origem destes fundos…). Qual será, para esses movimentos, o preço político a pagar? Isto porque certos movimentos ditos “populistas”, cujos sucessos eleitorais revelam – o que em si é bom – uma vontade popular de resistir à invasão imigrante, revelaram-se, por outro lado, muito permeáveis à influência sionista. Na Holanda, o Partido para a Liberdade tem crescido a cada eleição. O seu chefe, Geert Wilders, foi exortar aos Estados Unidos a favor de “uma aliança dos patriotas face ao crescimento do perigo islamista”. Em Novembro de 2009 declarou o seguinte em Nova Iorque: “Venho à América com uma missão. (…) Eu apoio Israel. (…) pois é a nossa primeira linha de defesa. (…) Vivi nesse país e já o visitei dúzias de vezes. (…) Israel é um farol, uma luz na obscuridade do oriente, é a única democracia. A guerra contra Israel é uma guerra contra o Ocidente”. Claro que esta mensagem foi abundantemente divulgada em França, na internet, por páginas sionistas que insistem junto dos identitários europeus para que se realize a “união sagrada”. Por vezes usando termos inauditos, que em condições normais estariam sob a alçada da lei (mas…). Assim, um louco furioso que utiliza o pseudónimo (transparente para um sefardita) Charles Dalger apela ao massacre daqueles a quem chama “nazi-islamistas” (termo a que também recorrem outroa agitadores, cuja obsessão é bem reveladora). De resto, muito haveria a dizer sobre as relações de chefes de movimentos de extrema-direita europeus na Áustria, em Itália, na Dinamarca, com agentes de influência sionista. Sejamos bem claros: é evidente, indiscutível e imperativa a necessidade de lutar por todos os meios contra a invasão-imigração e nós colocamos toda a nossa energia neste combate para a identidade e a sobrevivência dos povos europeus. Mas mantenhamo-nos lúcidos. E, como tal, recusando-nos a cair em armadilhas e a sermos manipulados para servir de tropas de choque para a defesa dos interesses judaicos, ou seja, uma causa que, legitimamente, é dos judeus mas que por isso mesmo não é a nossa.
Pierre Vial»