30.8.09

Portugal à deriva. Quem nos acode? artigo de Medina Carreira

Reproduzo o último artigo de opinião de Medina Carreira publicado hoje no Correio da Manhã . Palavras arrasadoras e verdadeiras!
"Esta democracia não resiste a esta economia. Sem resposta eficaz para o presente afundamento económico, a actual democracia acabará por ser substituída.
Vivemos, em geral, sob a ‘ditadura’ do curto prazo. Também nos domínios económico, financeiro e social, estamos circunscritos ao ‘trimestre’. O método que se usa é fácil e bem acolhido porque consente todas as interpretações e, por isso, a todos serve. Mas tem um grave efeito redutor porque os portugueses ficam sem saber como estão e para onde os levam. Têm hoje uma visão que não passa do dia seguinte.
Os consequentes custos políticos são enormes, porque se cuida sempre e só da conjuntura, omite-se as análises e as indispensáveis soluções estruturais.
Trata-se de uma prática que explica, em grande parte, o afundamento incessante do nosso País. Com ela não ocorrerá qualquer mudança, de fundo e indispensável, porque as verdadeiras soluções são sempre desconhecidas. Temos os factos a demonstrá-lo: entram e saem governos, partidos e políticos, anos sucedem-se a outros anos, mas o agravamento da economia, das finanças e do ‘social’ é uma constante.
Baseados nestas análises, meramente conjunturais e com falta de entendimento das tendências da globalização, há os que pensam num destino português sempre ‘pendurado’ em alguém (África, Índia, Brasil e União Europeia): e assim se escusam de quaisquer preocupações, embora nunca identifiquem quem e por que estará disposto a ‘carregar’ connosco, já em 2015-2020.
"O optimismo é hoje uma pura mistificação" (como bem sublinha Vasco Pulido Valente) mas, mesmo assim, ainda há ‘optimistas’ por aí! Do outro lado estão os chamados ‘pessimistas’: aqueles que tentam ver mais longe e mais fundo, defendem a dignidade do País, exigem responsabilidades e não crêem que tenhamos o direito de transformá-lo no mendigo da Europa.
Os nossos graves e visíveis desequilíbrios financeiros com inevitáveis efeitos sociais só podem ser enfrentados pela drástica redução das despesas e/ou pelo rápido crescimento da economia.
O ataque às despesas públicas é, de há muito, um completo fracasso, tentado por todos os governos. Estes saem e tudo fica pior.
Duas razões o explicam: a primeira é a quase estagnação da nossa economia (0,8% anuais, entre 2000 e 2008); a segunda é a natureza das despesas que mais pesam nas contas públicas e que são as do ‘pessoal’ e as das ‘prestações sociais’. Muito rígidas, correspondiam já a cerca de 78% da despesa primária (total menos juros), em 2008.
Quem é beneficiário destes pagamentos?
São 700 000 funcionários, cerca de 3 400 000 reformados, perto de 350 000 titulares do RSI, uns 300 000 desempregados e outros centos de milhares de subsidiados diversos, num total superior a 6 milhões de indivíduos.
Isto é: temos estes 60 a 70% de eleitores inscritos, que são militantes atentos e empenhados do ‘Partido do Estado’!
Quem vai ‘tocar-lhes’, num prazo que ainda possa ser útil?
É muito pequeno o mercado interno português e, por isso, só através das exportações e da substituição de importações poderemos registar crescimentos significativos da economia e do emprego. Ocorre que o contributo das exportações para a nossa economia tem sido muito pequeno: 32-33% do PIB, em média, desde há muitos anos.
Temos, portanto, uma decisiva prioridade: alargar, suficiente, urgente e competitivamente, o nosso tecido produtivo.
Não exportaremos muito mais desde que não produzamos competitivamente.
Porque só agora se dá, preocupadamente, por isso?
Com o escudo, disfarçámos facilmente esta nossa tradicional debilidade porque, quando se perdia, perigosamente, competitividade, desvalorizava-se a moeda e, em alguns meses, restabelecia-se um certo equilíbrio.
Agora, com o euro, nada disso é possível.
O quadro é este: competimos mal e exportamos pouco; não temos moeda própria e não podemos corrigir facilmente a situação; a economia cresce devagar, o desemprego sobe, os défices externos são dos mais altos do mundo e o endividamento é insustentável.
Numa palavra: estamos ‘encurralados’.
O panorama dos últimos dez anos é muito sombrio e, sobre ele, os partidos não se pronunciam, clara e autonomamente, não analisam com rigor os factos e não alvitram quaisquer soluções à altura das necessidades.
Não se compreende este alheamento, mas é um facto.
E, porque estamos no domínio da política, tem de perguntar-se o que tem o Estado a fazer, sendo certo que há matérias em que só ele pode e deve fazer.
Duas coisas, a meu ver: primeiro, averiguar com cuidado por que há investidores interessados na Hungria, na Polónia, na República Checa, na Eslovénia ou na Eslováquia, e não querem vir para Portugal, havendo mesmo os que daqui se ‘deslocalizam’; segundo, com base nessa análise, apresentar ao País uma proposta das reformas necessárias para criar vantagens comparativas nas opções respeitantes aos investimentos para as exportações/substituição de importações.
É certo haver áreas públicas relevantes e que pesam nas opções dos investidores: leis do trabalho, impostos e taxas, tribunais, especialização da mão-de-obra, burocracia, nível da corrupção, mercado do arrendamento, custos energéticos e das telecomunicações, secretismo dos PIN, benefícios atribuídos casuisticamente e sem controlo, etc.
Hoje, porém, ninguém sabe em que medida, de modo seguro, sistemático e inequívoco, se foge, cada vez mais, de investir em Portugal para se investir no Leste europeu.
Podemos todos ‘achar’ que sabemos – como é usual entre nós! – mas sem as indispensáveis certezas que fundamentem políticas eficazes.
Vale a pena recordar que o melhor período da nossa economia, no século passado, se deveu, em especial, à entrada para a EFTA e ao estatuto privilegiado contido no Anexo G. As vantagens comparativas então conseguidas atraíram para Portugal numerosas e decisivas indústrias, hoje em incontida debandada.
Em função das novas circunstâncias, impõe-se-nos agora criar vantagens comparativas, afeiçoadas às realidades internacionais presentes.
Se o eleitorado aprovasse as propostas apresentadas para o efeito, qualquer Governo teria legitimidade democrática para executá-las.
Se as rejeitasse, assumiria democraticamente a responsabilidade pelas consequências do marasmo económico, isto é, o elevado desemprego, os baixos salários, as prestações sociais exíguas, a pobreza crescente, as desigualdades, o endividamento e o temor do futuro.
Na verdade, é legítimo que um povo opte pela pobreza, desde que compreenda bem o sentido e as consequências do que vota.
Não como nos encontramos hoje: com uma caricatura de democracia, baseada no engano das gentes e na estreiteza das competências, os portugueses arrastam-se ‘às cegas’ para um desastre, que não é desejado, nem pressentido.
É que não basta aos governos realizar algumas coisas positivas, o que com todos sempre acontece: porque, se faltar ‘a’ obra essencial, tudo será em vão.
Há momentos históricos dependentes, decisivamente, de um só ‘pormenor’
O Estado Novo naufragou por falta de solução para as guerras coloniais; sem resposta eficaz para o presente afundamento económico, a actual democracia mergulhará o nosso País numa confusão financeira e social, de efeitos dificilmente previsíveis, e acabará por ser substituída. Provavelmente, entre 2015 e 2020.
As eleições que estão à vista serão decisivas, neste contexto de acelerada decadência: o ataque frontal às fragilidades da economia é hoje ‘o’ verdadeiro problema de Portugal, o que importa relevar vivamente.
Porque, se não houver uma proposta política que o contemple, nem a identificação prévia da gente, competente e séria, que irá concretizá-la, não teremos cura que chegue para a questão económica.
Mostram-se o PS e o PSD à altura destas necessidades prementes do País?
Se forem o mesmo PS, que leva agora onze em catorze anos de Governo, e o mesmo PSD, que soma três, as minhas preocupações atingirão o grau do ‘pavor’.
Pede-se-lhes, por isso, três coisas apenas: primeira, um pequeno programa, claro e curto, e não, como usualmente, uma ‘apólice’ de seguro para enganar os eleitores, que contemple só as medidas indispensáveis para atingir os objectivos económicos enunciados; segundo, a indicação dos nomes previstos para as Finanças, a Economia, a Justiça, a Educação e a Segurança Social, garantes da sua execução, já que os ‘partidos’, em si mesmos, não gozam da confiança da maioria dos portugueses; e, terceiro, que restaurem a ética na política.
Só assim me parece que haverá condições para iniciar um processo de reconstrução, porque legitimado pelo voto esclarecido e responsável de uma maioria.
Qualquer maioria?
Absoluta de um partido, não: os estragos irreparáveis já produzidos em Portugal, nestes quatro anos, dos quais Sócrates nem sequer tem consciência, constituem uma duríssima e inesquecível lição.
Maioria relativa, sim, se apoiada no tal programa, em tais personalidades e em nome de valores éticos.
O que verdadeiramente espero?
Que o PS e o PSD se compenetrem de que vivemos num tempo histórico, muito arriscado, incerto e ameaçador: se falharem, mais uma vez em quase duas décadas, acabará por ser varrida a partidocracia que ergueram e comandam em Portugal.
Medina Carreira, Ex-ministro das Finanças"

28.8.09

Vai uma pensão vitalícia?

Correio da Manhã de hoje
"O número de ex-titulares de cargos políticos com pensões mensais vitalícias ascende já a 379 pessoas. E tudo indica que este universo subirá em breve para 385 beneficiários, dado que a Assembleia da República está a organizar os processos de seis antigos eurodeputados. Para já, em 2009, foram dadas reformas para toda a vida a três ex-deputados: Melchior Moreira e Mário Albuquerque, do PSD, e Nelson Baltazar, do PS. As subvenções vitalícias deverão custar este ano, segundo o Orçamento do Estado, 8,35 milhões de euros."

Livro: Viriato Trágico de Brás Garcia de Mascarenhas

A Sá da Costa Editora editou em Abril deste ano o clássico da literatura portuguesa, o poema Viriato Trágico da autoria de Brás Garcia de Mascarenhas adaptado em prosa por João de Barros. Na sua Nota Introdutória, página 7:

«A adaptação em prosa do Viriato Trágico, - obra que foi e será sempre magnífica lição de civismo - é talvez um pouco livre demais. Não o estranhem os leitores. Assim o impunham, não só as dimensões do vasto poema heróico de Brás Garcia de Mascarenhas - dois volumes contendo vinte cantos, na edição de 1846 -, mas ainda a conveniência de aligeirar a extensa narrativa, aliviando-a dalguns episódios não indispensáveis ao desenvolvimento do assunto.
Tal como se apresenta, é uma síntese vibrante da vida e feitos de Viriato, na interpretação lírica e épica do nosso autor. Não se enfraqueceu nem desvirtuou a convicção patriótica e nobilíssima que a anima a evocadora epopeia de Brás Garcia de Mascarenhas, nem se diminuiu o alcance. A figura e a presença de Viriato - devoção eterna dos corações portugueses - surge nestas páginas dentro dos moldes amplos e com a energia lusíada, que o seu panegirista do século XVII entusiasticamente fixou.»

26.8.09

Quer ganhar 76€ num dia?

Nada mais fácil!
Disponibilize-se como membro de mesa de voto a fim fiscalizar o processo eleitoral e a contagem dos votos, evitando assim maior batota.
Não faça uma cara de enterro apesar de estar de olho na urna. Com uma remuneração destas não é razão para isso!

Santiago, mata-mouros

25.8.09

Diário de Notícias: Knut Hamsun: queimar a obra ou homenagear a sua arte?

"Não podemos entender que os noruegueses possam homenagear alguém que foi um criminoso e incitou crimes", dizia há pouco Baruch Tenembaum, fundador da Fundação Internacional Raoul Wallenberg, de defesa dos judeus. No início do mês, ergueu-se finalmente o Centro Hamsun, em Hamaroey, 320 quilómetros a norte do Círculo Ártico. E reergueram-se as vozes de protesto contra os ideais nazis de Knut Hamsun.
Após 15 anos aos sacões, entre a insuspeita qualidade da obra do Nobel da Literatura de 1920 e a sua confirmada ligação ao nazismo no seu ocupado país natal, abriu finalmente o Centro Hamsun, pólo das homenagens com que a Noruega lembra os 150 anos do nascimento do autor. Por entre gritos de protestos judaicos.
Knut Hamsun (Noruega, 4 Agosto 1859-19 Fevereiro 1952) foi prémio Nobel da Literatura em 1920, depois de Fome (1890), depois de Os Filhos da Terra (1917). "É o melhor escritor de sempre", disparou Thomas Mann (1875-1955, Alemanha), Nobel em 1929. "Não podemos entender que os noruegueses possam homenagear alguém que foi um criminoso e incitou crimes", dizia há pouco Baruch Tenembaum, fundador da Fundação Internacional Raoul Wallenberg, de defesa dos judeus. No início do mês, ergueu-se finalmente o Centro Hamsun, em Hamaroey, 320 quilómetros a norte do Círculo Ártico. E reergueram-se as vozes de protesto contra os ideais nazis de Knut Hamsun. A discussão é longa, extensa, antiga. Pode separar-se a obra do criador? As autoridades norueguesas acreditam que sim, ou melhor, acreditam que essa ligação pode ser útil: mantendo vivas as memórias do legado literário e as ideias sórdidas nazis, a Noruega mostra-se aberta, transparente, lúcida. "É também uma forma de não deixar esquecer", defende Bodil Børset, directora do Centro Hamsun que a Princesa Mette-Marit inaugurou no dia 4 de Agosto, 150 anos exactos sobre o nascimento de Knut Pedersen - Hamsun, assinatura artística, deriva de Hamsund, localidade que o escritor habitou na infância. A Noruega foi mais longe: há uma moeda e um selo comemorativos do século e meio de Knut Hamsun - o último de três Nobel da literatura noruegueses a receber a distinção.

O projecto 'Hamsun 2009', ou seja, a inauguração de um museu projectado há 15 anos (e, pelas polémicas, sucessivamente adiado), de homenagem à obra do escritor, levantou ondas de choque por todo o lado. "O aniversário de Hamsun não sanciona de maneira alguma o apoio que ele dava ao regime nazi. Ele foi largamente condenado por isso depois da guerra e as suas actividades pró-nazis devem continuar a ser condenadas", justificou-se o ministro dos Negócios Estrangeiros da Noruega, Jonas Gahr Stoere.
De facto, Hamsun, depois do fim da II Guerra Mundial, acabou preso por ter colaborado com as forças nazis que ocuparam a Noruega. E nunca pestanejou, até ao fim dos seus dias, na defesa de Hitler e do nacional-socialismo. "Ele era um guerreiro, um guerreiro pela humanidade e um profeta da verdade e da justiça para todas as nações", escreveu no obituário do ditador nas páginas do mais importante jornal do país, o Aftenposten (Correio da Noite).

21.8.09

Funeral de Tó Zé de Almeida

Terá lugar amanhã de manhã, às 10 horas, na Igreja de Nossa Senhora de Lurdes, sita na Rua António José de Almeida, em Coimbra, o funeral do nosso amigo e camarada Tó Zé de Almeida.
No final da missa de corpo presente, um dos seus amigos, José Campos e Sousa cantará "Avé Maria", "Pai Nosso" e a "Ceia".

Tó Zé de Almeida pela caneta de Nuno Rogeiro

Revista Sábado, 20.08.2008, p.51.

16.8.09

A morte de um Amigo e Camarada

A notícia circula desde quarta-feira na imprensa mas quase ninguém lhe deu importância.
A notícia do naufrágio dum barco a sete milhas náuticas da praia de Pedrogão não chama a atenção a ninguém até que se lê o "António José de Almeida, 59 anos, antigo professor de natação e proprietário da embarcação, registada na Figueira da Foz" e o alerta é dado junto dos amigos.
Hoje, ao final da manhã, recebi um telefonema do Manlius a perguntar se eu sabia algo do Tó Zé de Almeida tendo-lhe respondido negativamente e inquirindo-o, de imediato, da razão da pergunta. Então, o Manlius dispara: "recebi um e-mail com a notícia da agência Lusa sobre o naufrágio em Pedrogão e pelos dados só pode ser o Tó Zé".
Telefonemas e sms para amigos a perguntar se sabiam de alguma coisa mas a angustiosa dúvida persistia entre todos até que ao fim da tarde, o José Carlos, de novo, telefona-me e confirma que o náufrago era o Tó Zé! Ambos desligámos o telemóvel desolados.
Conheci o Tó Zé de Almeida na primeira sessão de homenagem ao nosso comum Amigo e Camarada Rodrigo Emílio, realizada no Salão Nobre da SHIP. Tinha sido "convocado" para declamar, juntamente, com mais três camaradas, Alberto Corrêa de Barros, Luís António Serra e Vítor Luís, poesia do Rodrigo Emílio a que acedeu com satisfação pela honra e porque o Rodrigo tudo merecia.
Voltei a revê-lo na segunda homenagem ao Rodrigo, novamente na SHIP, e durante o jantar conversamos sobre as suas aventuras e desventuras como combatente por Portugal e o exílio madrileno de Campamento.
Entre nós tinha nascido uma amizade - daquelas que parece que nos conheciamos desde sempre - e muita conversa telefónica, horas de conversa telefónica que enriqueceram a Portugal Telecom e a minha pessoa.
António José, como gostava que o tratassem, era um conversador extraordinário e de uma simpatia natural. Era a personificação da Simpatia.
Ficaram interrompidas as nossas conversas telefónicas até ao dia e a hora em que nos reencontrarmos todos. Tu, o Rodrigo e muitos mais. Nessa altura, reataremos a conversa.
Até breve!
P.S. - Será celebrada uma missa de 7.º dia por intenção, na Igreja de S. Bartolomeu, sita na Praça do Comércio, em Coimbra, terça-feira, dia 18, às 17 horas.

11.8.09

Chegou a vez de Josef Scheungraber

Um tribunal alemão condenou hoje o ex-oficial nazi, Josef Scheungraber, de 91 anos, a uma pena de prisão perpétua.
Israel não perdoa! Condenar um ancião de 91 anos a prisão perpétua é mais uma prova da fraternidade, da tolerância, da liberdade, dos direitos do homem.
Sessenta e cinco (65) anos depois é condenado!

Reportagem da homenagem a Couto Viana na SHIP


Reportagem da homenagem a António Manuel Couto Viana publicada nas páginas centrais do n.º 272/273 (Ano XXV, Agosto/Setembro de 2009) do Boletim Informativo da Sociedade Histórica da Independência de Portugal.

Apresentação do livro: Nuno Álvares Pereira, a demanda do Mestre de Avis e a vida do Santo Condestável de Isabel Ricardo

Depois do lançamento na FNAC do Chiado, em Lisboa, vai ser apresentado na Feira do Livro da Nazaré, no dia 14 de Agosto de 2009, às 22:00 horas, o livro Nuno Álvares Pereira, a demanda do Mestre de Avis e a vida do Santo Condestável de Isabel Ricardo com a apresentação a cargo do Dr. Alexandre Patrício Gouveia, Presidente da Fundação Batalha de Aljubarrota.

6.8.09

Mais um passo e outro passo

...o cerco em nome da liberdade e da segurança dos cidadãos!
Face à nova lei 32/2008 "A conservação e a transmissão dos dados (...) têm por finalidade exclusiva a investigação, detecção e repressão de crimes graves por parte das autoridades competentes", somos a partir de ontem "protegidos" pela vigilância nos telefones fixos, telemóveis (sms e mms), nas ligações à internet, na consulta das páginas que visitamos, o tempo que duram as comunicações. Ao que parece (?!), o conteúdos das comunicações telefónicas e dos e-mails não ficam abrangidos por esta norma jurídica, policial e judicial.
A pergunta é que deixo é esta: se o conteúdo de um e-mail, de uma conversa telefónica não ficam guardados, então, para que serve esta lei, que é nada mais do que a transposição de uma directiva da federasta União Europeia de 2006? Não será que nos estão a enganar?
A lenta e disfarçada escravização da sociedade vai, inexoravelmente, passo a passo e a compasso!

Livro: Os Druídas e os deuses celtas de Henri d`Arbois de Jubainville


A Zéfiro publicou um clássico da literatura celta. Os Druídas e os Deuses Celtas sob a forma de Animais são dois textos de Henri d`Arbois de Jubainville. São 156 páginas. Preço: 14,90€.

Urgente

É urgente, urgentíssimo, extirpar o cancro da mentalidade e do espírito burguês que vem atingindo o meio nacionalista.
Aqueles que se escudam em mentiras, em comodidades, em pretensas ameaças, em cobardias, são o espelho dessa mentalidadezinha e desse espíritozeco contrário ao do Militante, àquele que tem um Ideal, que tem uma Fé, que tem uma Certeza, - e que vai na sua defesa até ao fim do seu fim - porque prefere a via do Herói, do Combatente e do Guerreiro.
Prefere ser leão durante um dia a ser um cordeiro toda a vida.
Vamos declarar guerra ao burguesismo, já!!!

4.8.09

Livro: D. Nuno, Santo e Cavaleiro de Pedro Picoito


D. Nuno, Santo e Cavaleiro, é o título do livro infanto-juvenil do historiador Dr. Pedro Picoito com ilustrações de Sandra Bartolomeu editado pela Diel. São 22 páginas pelo preço 9€.
Os pedidos podem ser feitos a:
DIEL - Distribuidores e Livreiros, Lda
Av. Almirante Reis, 142 - 1º Dto
1150-023 LISBOA
Telef: 213 522 083
info@diel.pt

2.8.09

Leitura semanal

Área Nacional
Ciberpolítica

Odisseia
Os traidores sempre à espreita
A "Espanha eterna"

Um Homem das Cidades
Sabão humano - uma nódoa difícil de remover na história do holocausto judeu

Condestável
Inconformista
Pt No Media
Pt NovoPress
Revisionismo em Linha

António Sardinha e o iberismo maçónico

«... O internacionalismo maçónico contaminara-nos já desde atrás, com os soldados que serviram a fortuna de Napoleão e que no regresso nos empurravam francamente para a União Ibérica, saudada e propagada nas Lojas Peninsulares como o triunfo maior da causa da Liberdade. Só numa história escrita ao contrário, como a nossa anda, é que Gomes Freire pode figurar de mártir da Pátria. O militar valente, mas desnacionalizado, da epopeia napoleónica não era o único, porém. Os seus irmãos do triângulo simbólico enraizaram-se farta e fortemente no solo português, mal o senhor Intendente deixou de farejar por toda a Lisboa do começo do século findo os agentes perniciosos da grande conspiração universal que foi, na verdade, a Revolução. Pois da Maçonaria descende o nosso liberalismo, como da Maçonaria surgiu esta república, já adivinhada e procurada com entusiasmo de sentimento e oratória pelos homens de 1820...»(1)
«... Ontem o Liberalismo, agora a Democracia, não são senão as fachadas dum poder oculto que, no subsolo da política, a manobra a seu bel-prazer. Tal poder é o da Maçonaria, inimiga desde sempre de tudo quanto seja para Portugal o renascimento das suas velhas qualidades de fé e de disciplina. Maçónica na sua origem, é um engano supor-se que a revolução do Porto obedeceu a indignadas iras patrióticas contra a residência inglesa de Beresford e contra a demora da obstinada Corte no Rio de Janeiro. A demora da Corte no Rio de Janeiro, levando a uma acção de consciente imperialismo na América, como se deduz da campanha de Montevideu e como o demonstra abundantemente o notável historiador brasileiro Oliveira Lima no seu esplêndido estudo sobre D. João VI — a demora da Corte no Rio de Janeiro impôs-nos à Europa, disposta a abandonar-nos, e à nossa Corte, sem que por isso se molestasse a nossa aliada da véspera, — a Inglaterra. Se D. João VI não pesasse de além do atlântico com o seu vasto império colonial, nós teríamos sido miseravelmente retalhados pela Espanha e pela Grã-Bretanha nas decisões do Congresso de Viena. Ninguém mais do que Inglaterra, desejava pôr cobro à assistência do rei no Brasil, que nos estava valorizando internacionalmente. Tanto assim que se deve à Inglaterra o golpe decisivo na ruptura das duas partes do Reino Unido, colaborando activamente na emancipação do Brasil, igualado à Metrópole pela política sábia de D. João VI.
Por outro lado, as iras patrióticas flamejadas sobre a residência Inglesa são um efeito de pura retórica. A Regência combateu sempre Beresford, com D. Miguel Pereira Forjaz à frente, — D. Miguel Pereira Forjaz que organizara o país contra os franceses e que se mostrava um esteio seguro da influência contra-revolucionária da Santa-Aliança.
A Maçonaria serviu-se dessa capa, fácil de envergar pelo espírito indómito dos nossos soldados, a quem as Lutas Peninsulares haviam restituído muito da antiga fereza da raça. A prova está na circunstância dos clubes secretos pensarem primeiro em aliciar Beresford por intermédio da Viscondessa de Juromenha. Convencidos de que o marechal «era adverso à liberdade», só então é que resolveram maquinar a conjura, destinada à destruição da nossa ordem católica e monárquica, sob o pretexto duma insurreição de carácter nacionalista.
Não digo que as condições económicas fossem sorridentes. Saíramos duma guerra exaustiva, vítimas de três invasões que nos tinham custado o melhor da nossa força, tanto em população como em riqueza. Devagar nos íamos ressarcindo de tão longos e persistentes males. Não olharam a nada os nossos Regeneradores! Levantam uma bela manhãzinha no Porto o pendão de revolta, com vivas a uma «constituição mais liberal que a de Espanha», metendo-se ao caminho para Lisboa, onde o terreno se achava já preparado pela teimosia habilidosa das várias irmandades do triângulo-e-avental.
A solidariedade cosmopolita dos princípios da Revolução não é só do tempo presente. Vem de atrás e muito de atrás! Por semelhante a nossa Maçonaria facilitou a entrada de Junot em Lisboa, mandando mensageiros a Napoleão e dispondo-se a entregar-lhe com a dinastia o único penhor da independência pátria. A mesma solidariedade, jurada sobre as insígnias triangulares, debaixo do olho simbólico do Supremo Arquitecto do Universo, obriga Gomes Freire, traidor desde que espontaneamente se dedicou à fortuna de Bonaparte, a preparar a queda da dinastia de 1817, de acordo com conspiradores espanhóis, a cuja testa se encontrava o general Cabanes.
Esta é a genealogia da famosa Harmonia-Ibérica, que, no fundo, não é mais do que a República Federal da Ibéria, anunciada para depois da insurreição, agora malograda em Espanha, pelo Doutor Simarro, no convénio maçónico realizado em Paris a 2 de Julho passado (1917): declarou-se aí que, a triunfarem os revoltosos, a bandeira verde-vermelha seria imediatamente reconhecida como sendo a bandeira da Ibéria. Não se tratava senão da execução testamentária de Gomes Freire! Procuraram efectivá-la os homens de 1820. De facto é um maçon, D. José Pando, ministro da Espanha em Portugal, quem coadjuva e acoberta as cabalas dos conjurados. Conta-se até, que dois meses antes, chegara ao Porto o coronel Barreros com o fim de promover uma revolução em Portugal e prometendo auxílios do governo de Madrid. Parece que Fernandes Tomás não aceitou as propostas de Barreros. No entanto, ao rebentar o movimento do Porto, um corpo de exército espanhol avizinhou-se da nossa fronteira de Trás-os-Montes.
O mais interessante é que os jornais da época afirmaram (Diário do Governo, do Rio de Janeiro, de 22 de Abril de 1823) que Manuel Fernandes Tomás recebera de D. José Pancho cinco milhões de reais para levar a cabo a revolução, pondo-se depois em prática o plano traçado na Sociedade dos Regeneradores do Género Humano, fundada em Cadiz, à roda de 1812. Consistia esse plano na confederação ibérica, em que Portugal e Espanha se repartiriam em várias repúblicas inter-dependentes, da maneira seguinte: Bética-Ulterior, Bética Citerior, Galega, Navarra, Asturiana, Lusitânia-Ulterior e Lusitânia-Citerior, com a expressa condição de que os Algarves pertenciam à Bética Citerior. Passa singularmente, como vêem, no programa político dos Regeneradores do Género Humano, o programa daqueles que há umas dezenas de anos se foram de juntar até Badajoz. É o mesmo espírito que anima o livro do Senhor Magalhães Lima, La Fédération Ibérique. E para prova, no seu curioso livro Mi Missión en Portugal, Fernandez de los Rios assegura que nos arquivos secretos de Fernando VII, no Palácio de Madrid, existiam documentos comprovativos das aspirações unitaristas da Espanha durante o período vintistas».(2)

Notas:
1 – Na Feira dos Mitos, cap. " A «Carta»", pág. 85, 2,ª ed., Edições Gama, 1942.
2 – Ao Ritmo da Ampulheta, cap. "1820", pág. 50 e segts, Lvmen, Lisboa, Porto, Coimbra, Rio de Janeiro, 1925.

Bancocracia apátrida

O Público de 28.07.2009 noticia que o banqueiro-mór do BES defende a criação da Ibéria para defesa dos interesses, da cobiça, da gula desenfreada dos banksters.
Ainda diz que Portugal não pode continuar à beira-mar plantado. A verdade é que Portugal já não existe como país soberano e independente. Com a traição da descolonização racista desfizeram um império para cumprirem os desejos hegemónicos e imperialistas da ex-União Soviética e dos Estados Unidos. Reduziram-no a este rectângulo mais a Madeira e os Açores e ainda insatisfeitos "integraram-no", na Europa contra a vontade do povo português, prometendo fundos e rios de dinheiros, de felicidade, de prosperidade, de desenvolvimento económico nunca visto. O resultado está à vista!
Mas os objectivos mundialistas e maçónicos ainda não foram todos cumpridos. Falta a regionalização a que se seguirá a cereja no topo do bolo, o desejo desde 1820 - há dois séculos - da criação da República Federal da Ibéria que António Sardinha, o Mestre integralista, já denunciava em "Ao Ritmo da Ampulheta" e "Na Feira dos Mitos".

Eis a notícia:

1.8.09

Revista Sábado: As mentiras do caça-nazis por Rita Garcia


A Sábado publica no seu n.º 274 de 30 de Julho de 2009, nas páginas 62 e 64, este interessante texto, assinado por Rita Garcia, sobre a lenda negra do caça-nazis Simon Wiesenthal.
Embora não tenha revelações bombásticas, só reforça tudo o que se diz e sabe sobre o farsante "herói judeu", é uma uma recensão ao livro Hunting Evil de Guy Walters recentemente editado no Reino Unido.
Assim se desmonta e desmascara mais uma pretensa peça do holoconto.