30.3.09

Bem cozinhado e de avental

Dizia-se que Portugal era um país de doutores no tempo de Salazar. Hoje, em três decénios de bambochata demo(nio)crática abrileira passou a ser um país de professores-doutores.
Exemplo disso é o caso do Ilustríssimo Prof. Dr. José da Costa Pimenta, autor de Direito Maçónico e de "Salazar, o Maçon", a editar pela Bertrand, no qual acaba de revelar “algumas das provas, das muitas disponíveis e geralmente conhecidas mas ocultadas, de que Salazar” foi maçon na clandestinidade e na sua multifacetada personalidade.
São 240 páginas merecedoras do Prémio Nobel do… Riso e da Gargalhada!
É um livro fundamental para a saúde mental – deveria ser vendido nas farmácias! – dos portugueses que sofrem de estados depressivos e que ficarão prontamente curados com a leitura destas páginas hilariantes.
Este livro ainda não está à venda mas é merecedor de uma apresentação nos hospitais Júlio de Matos e Magalhães Lemos lamentando-se o atraso da sua publicação em relação às festividades carnavalescas.

***

A Maçonaria «tem por fim “ligar” os homens entre si, e, por este facto, é uma religião (de religare) na acepção mais lata e mais elevada do termo» - Ritual do Grau de Aprendiz, editado pelo Grande Oriente Lusitano.
Na verdade, a Maçonaria define-se a si mesma como a «religião natural», alegadamente liberta de dogmas, ou seja, os maçons professam «aquela religião em que todos os homens estão de acordo, deixando cada um para si as suas opiniões particulares» (artigo I das Constituições de Anderson).
Aos vinte e cinco anos (1914), Salazar deixou de se confessar e de comungar. Os seus Discursos mostram que Salazar rejeita os dogmas da Santíssima Trindade e da Divindade de Jesus. Quer dizer, Salazar mudou de religião, escolhendo a «religião natural». Salazar tornou-se não apenas crente, mas sacerdote e pregador da nova religião, que é também «um sistema universal de ensino e de governo. Este livro apresenta algumas das provas, das muitas disponíveis e geralmente conhecidas mas ocultadas, de que Salazar mudou de religião, aderindo à sua nova fé.
PVP – 16,90€.
N.º de Páginas – 240.

José da Costa Pimenta (n. 1955). É investigador do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa — projecto LanCog. «É um Jurista de elevada Craveira, um Magistrado distinto e um conceituado Autor, já com significativa audiência. Cumpre, em particular uma brilhante carreira profissional, onde sobressai inequívoca capacidade para atingir os maus altos voos. Dispõe duma preparação técnica de alto relevo, francamente destacada. Com ideias muito bem sedimentadas, [a] sua prática flúi, com elevação, acima e além de certa estreiteza por assim dizer corrente. Nota-se, de resto, a cada passo, a sua particular autoridade nos terrenos do Direito Adjectivo. Muito curioso, embrenha-se no limbo da investigação. Firmou, em consequência, um estilo próprio que, sem deixar de ser sintético e rectilíneo, beneficia de forte criatividade. É um juiz de magnífico porte. Merece, de todo o ponto, a notação de Muito Bom." - Conselho Superior da Magistratura, Relatório da Inspecção, Processo n.º 2/91.

28.3.09

Rodrigo Emílio: selecção poética

A melhor forma de recordar Rodrigo Emílio é ler, meditar e cantar a sua solar, vibrante, encantatória e musical poesia da qual deixo alguns exemplos nesta simples e curtíssima selecção que acaba por ser um renovado de manifesto de fidelidade.

«PREFA(S)CIO» — II

De entre todos os motivos
porque sulco os loucos trilhos
de extermínio
em que me abismo,

sobressaem, sempre vivos:

os meus livros,
os meus filhos
e o fascínio
do fascismo.


In Poemas de Braço ao Alto, 1982, p. 20.

«EDITAL DO POETA ÀS PORTAS DA MORTE
(PARA AFIXAR EM VOZ ALTA)»

Ao Walter Ventura — que é, a vários títulos,
o meu (w)alter-ego —. Com afectuosa cumplicidade.


É preciso que se saiba por que morro
É preciso que se saiba quem me mata
É preciso que se saiba que, no forro
Desta angústia, é da Pátria tão-somente que se trata.

Se se trata de pedir-Lhe algum socorro,
O Seu socorro vem — a estalos de chibata...
E não ata nem desata o nó-cego deste fogo,
Que tão à queima-roupa me arrebata,

A não ser com a forca a que recorro
— E que é barata...

(É preciso que se saiba por que morro,
Enforcado no nó d’uma gravata!)

Jazigo, deserto, morro,
Baldio ou bairro-da-lata:
Não importa, já, ao certo, saber onde...
Andar à cata de data...

— É preciso que se saiba por que morro,
No meio deste monte de sucata!...

É preciso que se saiba por que morro
— E que és Tu, Pátria ingrata, quem me mata!

In Poemas de Braço ao Alto, 1982, p. 253.

POEMA ANTI-YANKEE

À Bolsa de Nova Iorque,
without love.
Ó idólatras
dos dólares,
energúmenos
dos números:

— Guardai as vossas
esmolas,
para a Europa
dos chulos...

... E ficai-vos com
os trocos;
ou cambiai-os
em rublos!...

In Poemas de Braço ao Alto, 1982, p. 264.

INDÍCIO (DE OURO...)

Não me digam que não ouvem,
Na pulsação da manhã,
Sinfonias de Beethoven
e Prelúdios de Chopin!?...
Não me digam que persiste,
Convosco, a música triste,
O aroma de pesar,
D’alguma ária de Liszt,
D’algum requiem de Mozart?!...

— Necessário é coroar,
só d’élans,
o coração,

E erguer, a prumo, no ar,
Manhãs
de Restauração!

In Poemas de Braço ao Alto, 1982, p.331.

Rodrigo Emílio a d(edic)ar o Mote para Motim

Rodrigo Emílio, presente! Sempre!

Rodrigo Emílio
16 de Fevereiro de 1944
28 de Março de 2004

25.3.09

Livro: A Demanda do Mestre de Isabel Ricardo

A Planeta Editora deu à estampa este volume de 650 páginas com ilustrações do Mestre Carlos Alberto Santos. Uma obra de fôlego a ler com paixão e atenção. P. V. P. 25€
Isabel Ricardo, na sequência deste volume, irá editar em Abril para celebrar a canonização do Condestável: "Nuno Álvares Pereira. A demanda do Mestre de Avis e a vida do Santo Condestável".

23.3.09

Mais uma...


Um túmulo coletivo datando do tempo da Segunda Grande Guerra expôs um crime de guerra cometido pelos Aliados contra civis alemães que ainda que fosse suspeitado de ter efetivamente acontecido, não conhecia até agora provas cabais da sua existência. A macabra descoberta feita na cidade polaca de Malbork de mais de 1800 corpos, incluindo corpos de mulheres e de crianças. No final da Segunda Grande Guerra, esta cidade era território alemão e o massacre terá sido cometido por tropas soviéticas quando entravam no território da Prússia Oriental, vindas da Polónia em 1945.
Alguns crâneos revelam sinais de balas e, logo, de execuções sumárias, sendo alguns destes crâneos pertencentes a mulheres e crianças. Havia de facto indicação do desaparecimento de milhares de civis alemães nessa região, em 1945, quando perante o avanço das forças soviéticas, o governo alemão ordenou a evacuação da cidade. Alguns civis recusaram fazê-lo, e pertencerão a estes os corpos agora encontrados. Não sobreviveu ninguém para contar a história, como sucedeu com os afundamentos dos navios Wilhelm Gustloff, General Steuben e Goya que também em 1945 foram afundados por seis submarinos soviéticos, naquele que foi o maior desastre naval da História com um total de 25 mil mortos (não, não foi o Titanic, com os seus 1500 mortos).
A macabra descoberta expõe uma faceta relativamente desconhecida da Segunda Grande Guerra: os massacres que as forças soviéticas realizaram sobre civis alemães nos últimos meses de guerra. Massacres que não foram nunca descritos nos livros de História, que não mereceram qualquer referência nos julgamentos de Nuremberga e que - sem excepção - sairam injustiçados. É possível compreender a raiva e o espírito de vingança de alguns soviéticos depois de todos os excessos cometidos pelas SS na Rússia (23 milhões de mortos), mas tal escala e e a impunidade absoluta dos mesmos indica uma aprovação ou mesmo uma orientação a partir do centro, de Moscovo. Outro ponto que raramente é mencionado é o estranho (e aparentemente vindicativo) detalhe de que o último soldado alemão foi libertado na década de sessenta…

Fontes:

Já ouviram e viram...


... o barulho que vai por causa de uma imperial ou príncipe?
Comam uns tremoços e/ou uns amendoins que isso passa.

20.3.09

Livro: Lusitanos no tempo de Viriato de João Vaz

A Ésquilo editou este mês o interessante trabalho "Lusitanos no tempo de Viriato" da autoria do Dr. João Vaz que, nas suas 240 páginas, nos dá uma imagem da forma de viver, combater e morrer dos Lusitanos.

19.3.09

Mestre Carlos Alberto Santos

A Pintura e as ilustrações do Mestre Carlos Alberto Santos na Mensagem de Fernando Pessoa, n`Os LUSÍADAS de Luis de Camões por Carlos Alberto Santos.

A Minoria Ruidosa

Chegou hoje a Minoria Ruidosa pela mão do Miguel Vaz e já faz parte da extensa lista de ligações aconselhadas. Bem vinda seja esta Minoria porque da maioria silenciosa ou lá o que era, temos uma triste, vil e apagada memória.

Túmulo de Dom Afonso Henriques

Túmulo de Dom Afonso Henriques. Séc. XVI.
Igreja de Santa Cruz. Coimbra.

18.3.09

Por negar o holocausto

A Terra Portuguesa anuncia:
«O advogado alemão Horst Mahler, de 73 anos, foi condenado pelo Tribunal de Potsdam a uma sentença de 5 anos de prisão por "negação do holocausto", depois de já ter sido condenado a 6 anos de prisão, em Munique, por outro crime idêntico. Horst Mahler foi co-fundador da RAF, nos anos 70, tendo aderido ao partido nacionalista alemão NPD nos anos 90. A partir dessa altura têm sido frequentes os processos em que é acusado de "delito de opinião", normalmente relacionados com opiniões sobre a Segunda Guerra Mundial, que lembram a época medieval em que se encarcerava quem apresentava uma visão diferente da História. Se não está de acordo com esta atitude persecutória no seio da União Europeia, e defende a liberdade de expressão, poderá enviar o seu protesto (enquanto não for igualmente crime) para a Embaixada da Alemanha em Lisboa.
Pode também escrever directamente para o próprio Horst Mahler, actualmente detido em Munique, para a seguinte morada:
Horst Mahler
JVA München-Stadelheim
Postfach.900 655
(D) 81500 München»

Mais uma vergonha por razões eleiçoeiras

Escultura de Francisco Franco: Dom João III

Dom João III
Escultura de Francisco Franco

16.3.09

Livro: Autos das Barcas de Gil Vicente

Editadas pela Oficina do Livro com exclusivo para os hipermercados Continente e Modelo na colecção "Biblioteca Essencial", as obras clássicas da literatura portuguesa como Os Maias de Eça de Queirós, Viagens na minha Terra de Almeida Garrett, As Pupilas do Senhor Reitor de Júlio Dinis, Amor de Perdição de Camilo Castelo Branco, Eurico, o Presbítero de Alexandre Herculano pelo preço de 5€.
Desta magnífica obra da literatura portuguesa saliento estes diálogos que se fossem escritos nos dias de hoje condenariam Gil Vicente por incitação ao ódio racial, anti-semitismo, crime contra a humanidade e sei lá que mais...

Veio um Judeu, com um bode às costas, e, chegando ao batel dos danados, diz:

Que vai cá? Hou marinheiro!
Diabo: Oh! Que má-hora vieste!
Judeu: Cuja é esta barca que preste?
Diabo: Esta barca é do barqueiro.
Judeu: Passai-ma por meu dinheiro.
Diabo: E esse bode há cá de vir?
Judeu: Pois também o bode há-de ir.
Diabo: Que escusado passageiro!
Judeu: Sem bode, como irei lá?(1)
Diabo: Nem eu passo cabrões.
Judeu: Eis aqui quatro testões,
e mais se vos pagará.(2)
Por vida de Sema Fará,
que ma passais o cabrão!
Diabo: Nenhum bode há-de vir cá.

(...)

Joa: Furtaste a chiba, cabrão?
Parecês-me vós a mim
gafanhoto de Almeirim
chacinado em um seirão(3)
Diabo:Judeu, lá te passarão
porque vão mais despejados.
Joane: E ele mijou nos finados
na ergueja de São Gião!(4)
E comia carne da panela
no dia de Nosso Senhor!(5)
E aperta o salvanor,
e mija na caravela!
Diabo: Sus, sus! Demos à vela!
Vós, Judeu, irês à toa,
que sois mui ruim pessoa.
Levai o cabrão na trela!

Gil Vicente, Auto da Barca do Inferno, cena VIII.

Comentários elucidativos da temática do Auto:
1) - Trata-se do bode expiatório sobre o qual o Judeu pretendia fazer recair todos os seus pecados, um dos dois bodes que entram no ritual da Festa de Expiação dos Judeus (Levítico, cap. 16). Será preciso recordar que o bode faz parte dos sacrifícios rituais do judaísmo?
2) - No seu clássico espírito vigarista, o Judeu tenta subornar o Diabo, sem se ter apercebido de quem era o barqueiro...
3) - Os insultos são dirigidos por Joane ao Judeu.
4) - Nessa época, os defuntos eram enterrados no chão das igrejas. As leis de saúde só datam de 1846.
5) - O judeu comia deliberadamente carne em dia-santo para demonstrar toda a sua falta de respeito pela religião católica e todo o seu ódio pelos que não perfilham do judaísmo (e que eles intitulam de goim).

12.3.09

D. Nuno Álvares Pereira - Um Português de Excepção pelo T. Cor. Piloto Aviador, Brandão Ferreira

D. Nuno Álvares Pereira - Um Português de Excepção


Frei Nuno recebeu o embaixador de Castela, em sua cela, amortalhado no hábito.
- “Nunca mais despireis essa mortalha?” - Perguntou-lhe o castelhano.
- “Só se el-rei de Castela, outra vez, movesse guerra a Portugal...”, e, erguendo-se:
- “Em tal caso enquanto não estiver sepultado, servirei ao mesmo tempo a religião que professo e a terra que me deu o ser”.
Por baixo do escapulário, tinha o arnês vestido. O castelhano curvando a cabeça, saiu.

Finalmente, ao fim de uma espera de séculos, a canonização do Beato Nuno de Santa Maria está marcada: Será no dia 26 de Abril e terá como companheiros quatro cidadãos da península Itálica.
Este reconhecimento da Igreja deve ser considerado com grande júbilo pela nação dos portugueses. As comemorações devem ter realce idêntico.
Não vai ser fácil, todavia, que tal venha a acontecer, mas já lá iremos.
De facto a figura e a acção do Condestável é absolutamente singular na História de Portugal e, a ele, mais do que a qualquer outro, devem os portugueses o facto de continuarem a ser livres e independentes.
Não vamos percorrer a vida do grande vencedor de Aljubarrota – fausto luminoso das nossas glórias militares – nem os seus actos do dia a dia, que são referencias incontornáveis de moralidade pública, virtudes humanas e devoção cristã, que balizaram a vida do herói e santo, mas tão só afirmar dois notabilíssimos factos: ser Nuno Álvares o nosso único chefe militar que nunca perdeu uma batalha ou um simples combate (e pelejou muito!); e sendo já numa altura madura do seu peregrinar pela terra, um dos homens mais ricos do Reino – senão o mais rico – se ter despojado de tudo, distribuindo os seus bens pelos familiares, amigos, companheiros de armas e ordens religiosas. Queria apenas passar a viver de esmolas e foi preciso uma ordem real para impedir que tal viesse a suceder.
Não existe outro exemplo em toda a gesta nacional, desde que Afonso Henriques individualizou o Condado Portucalense, que se lhe possa igualar.
Como, possivelmente, não haverá muitos no mundo inteiro.
É, pois, diante desta figura gigantesca de carácter, competência, humildade e Fé, que os portugueses se devem curvar e em cujo exemplo deveriam meditar.
Ora os portugueses deste início do século XXI desconhecem e ignoram, na sua maioria – com os poderes públicos à cabeça – o ganhador dos Atoleiros, de Trancoso e Valverde, o grande comandante que nunca vacilou nos transes mais dolorosos e incertos.
É este, então, o momento ideal para arrepiarmos caminho e dar graças à Providencia Divina pelo facto do Santo Condestável ser um dos nossos e lembrarmos aos nossos filhos e netos que nunca o deverão esquecer.
Porém, não se pode amar o que se desconhece.
Numa época em que os nossos brios patrióticos tão necessitados estão de alimento que os retirem da soturna decadência em que sucessivas opções de estouvado e ignaro mau senso, os colocaram, surge esta luminosa oportunidade de retemperar a alma dos bons portugueses. Será um crime de lesa Pátria, desperdiçá-la!
Deste modo julgamos que se deve actuar rapidamente em três âmbitos: o religioso, o militar e o cívico.
É por demais evidente que a cerimónia de canonização deve ser seguida pelo país inteiro – não há aqui azo a divisionismos – e não se deve esgotar na cerimónia em Roma a qual deve ter a presença de muitos portugueses e de bandeiras de Portugal. É preciso mobilizar o maior número de pessoas a deslocarem-se ao Vaticano.
A imagem de Nuno de Santa Maria (o nosso décimo primeiro santo), deve ser transportada em avião da Força Aérea ou da TAP, para Lisboa e ser escoltada por aviões de combate assim que entrar no espaço aéreo nacional – as asas dos aviões da FA ostentam a cruz de Cristo, ela não está lá por acaso.
No aeroporto a imagem deverá receber honras militares e ser levada para o Convento do Carmo – a sua última morada – e ficar à guarda de forças da GNR.O percurso deverá ter alas de militares.
Em data próxima realizar-se-á um “Te Deum”nos Jerónimos em honra do novo santo, com a presença de todas as irmandades e institutos religiosos. No dia seguinte a imagem deverá seguir para S. Margarida, passando pela Escola Prática de Infantaria – arma de que D. Nuno é o patrono. Em S. Margarida, na unidade herdeira das tradições da 3ª Divisão de Infantaria – a Divisão N’ Álvares – será feita uma velada de armas à maneira medieval, para seguidamente se prestar as honras militares na Batalha antecedidas pela passagem nos campos de S. Jorge.
Em todos os itinerários o povo e todas as autoridades devem sair às ruas para aclamar tão distinto e valoroso antepassado.
Em frente à sua estátua equestre na vila da Batalha serão prestadas honras militares pelo maior contingente de tropas apeadas que se possa reunir a que se seguirá missa solene militar, com a presença dos estandartes de todas as unidades militares, no mosteiro de Santa Maria da Vitória.
O corpo diplomático deve ser convidado a assistir.
As cerimónias deslocar-se-ão, então, para o concelho da terra natal de D. Nuno, Cernache do Bonjardim, cujas “forças vivas” já se preparam para a justa homenagem.
Em simultâneo deverão realizar-se palestras, homilias, conferencias, colóquios, etc., em todas as paróquias, unidades militares (incluindo as destacadas), escolas e instituições de cultura e patrióticas um pouco por todo o país. Tais comemorações deverão inspirar o aparecimento de obras de arte, literatura, medalha, emissão filatélica, etc., alusivas ao evento.
É urgente “reaporteguesar” Portugal.
Para tudo se levar a bom termo, deverá ser constituído um grupo director e coordenador que não pode dispensar o alto patrocínio do Presidente da República (e deverá até ser liderado pela presidência).
Aos eventos devem ser agregadas o maior número de instituições representativas da sociedade.
Infelizmente haverá que contar com a acção de forças antinacionais que tudo farão para menorizar tão importante acontecimento.
Há que as enfrentar com serenidade, determinação e firmeza.
Como D. Nuno nos ensinou.
Que o grande Fronteiro Mor do “Além-Tejo”, Condestável de Portugal, alma pura e bela, agora Santo Nuno, continue a interceder pela terra de Santa Maria.
Acreditem que bem precisamos.

João J. Brandão Ferreira
- T. Cor. Piloto Aviador (Ref.) - Cmdt. Linha Aérea.
Nota:
Texto recebido por email cuja fonte desconheço mas que não quero deixar de o publicar.

9.3.09

Eleições Europeias: entrevista de Humberto Nuno Oliveira

Se o Rodrigo Emílio fosse vivo qualificaria o prof. dr. Humberto Nuno de Oliveira como uma pessoa de valor e de fé nos seus valores e princípios apesar de umas impurezas em depósito que é melhor não investigar nem analisar. Os amigos e camaradas - nos quais tenho a honra de ser incluído - sabem que essas impurezas são lampiónicas e eram do desagrado leonino do Rodrigo.
Faço minhas as palavras do poeta do império, subscrevendo-as logo em seguida.
Esta entrevista do candidato do PNR é mais uma prova - o HNO não precisa de provar nada a ninguém - na fé e na certeza dos seus princípios e valores para além de ser uma simples que não simplista e excelente entrevista de respostas concisas, inteligentes, esclarecedoras e esclarecidas não deixando por aí à solta e à mão de semear a confusão e/ou ignorância de conceitos como se nota na pergunta pretendida e propositadamente incómoda sobre o anti-semitismo onde o entrevistador confunde anti-semitismo com anti-sionismo. O candidato nacionalista do PNR põe os pontos nos iiis e desmonta a pergunta-armadilha em dois tempos - talvez em tempo e meio - esclarecendo o jornalista sobre a confusão e/ou ignorância dos conceitos em causa.

6.3.09

A/C do Humberto Nuno Oliveira

Caro Humberto,
apoio a tua candidatura ao Par(a)lamento europeu. Caso sejas eleito, espera-te um simpático salário eurocrático e umas agradáveis ajudas do "subsídio de estadia".

5.3.09

Público: Gastão de Freitas Ferraz, um espião português ao serviço da Alemanha nazi

Gastão de Freitas Ferraz, um espião português ao serviço da Alemanha nazi

O ficheiro pertence à categoria Agentes secretos alemães e suspeitos, ostenta o código KV 2/2946 - 2947 e foi transferido ontem dos arquivos do MI5, os serviços britânicos de segurança interna, para os Arquivos Nacionais do Reino Unido. Até aqui nada de novo. Até porque a desclassificação de documentos do MI5 contabiliza já mais de quatro mil registos. Contudo, desta vez, ao lado do código surge um nome português - Gastão de Freitas Ferraz, um operador de comunicações da Marinha portuguesa que, notava ontem a imprensa mundial, mudou o rumo da II Guerra Mundial. Ou melhor, a captura e prisão deste homem que fez trabalhos de espionagem ao serviço da Alemanha nazi terão contribuído para apanhar desprevenidas as tropas alemãs e francesas estacionadas no Norte de África. Nos primeiros dias de Novembro de 1942, e uma semana depois de ter sido detido pela Marinha britânica durante uma operação em alto mar, a bordo do navio Gil Eannes, onde trabalhava, as tropas britânicas e norte-americanas desembarcaram em Marrocos e na Argélia, dando início a longos combates que só terminaram em 1943, com a derrota do exército nazi.
A agência Associated Press citava ontem o historiador Cristopher Andrew, professor na Universidade de Cambridge e autor convidado para escrever a história do MI5, para sublinhar a importância da detenção de Freitas Ferraz. Apontando que as forças lideradas pelo general alemão Erwin Rommel (recorte) estavam longe de imaginar que o ataque dos Aliados seria feito no Norte de África (julgavam que estes apontavam o alvo para França e Noruega), Andrew salientou que a crença alemã não teria acontecido, "se Freitas Ferraz não tivesse sido capturado": "Ele estava no encalço das tropas do [general George] Patton e teria informado os alemães sobre o rumo dos norte-americanos."

Capturado em alto mar
Gastão de Freitas Ferraz entrou ontem na constelação dos espiões mais famosos que operaram durante a II Guerra Mundial. Mas a história deste agente que informava os serviços secretos alemães sobre os movimentos dos navios Aliados no Atlântico, a troco de uns valiosos (para a época) 15 mil escudos, não é nova. Rui Araújo, jornalista e ex-provedor do leitor do PÚBLICO, escreveu abundantemente sobre este caso no livro O Diário Secreto Que Salazar não Leu (Oficina do Livro), publicado em Outubro do ano passado. Nesta obra, Araújo, que vasculhou arquivos nacionais e estrangeiros, conta a história detalhada do Gil Eannes e persegue o trajecto biográfico de Freitas Ferraz. Este, pode ler-se no livro, transmitia as suas informações para uma rádio clandestina localizada na zona do Estoril e mantida por dois operacionais alemães. Estes dados não constam, porém, do documento disponibilizado nos Arquivos Nacionais britânicos, em cujo site se pode ler que os documentos agora abertos ao domínio público não se encontram em bom estado e a sua leitura é difícil.
A abertura da ficha do espião permite aceder a um depoimento biográfico escrito na primeira pessoa e a uma confissão sobre os seus trabalhos de espionagem - depois de ter sido detido, foi levado para Gibraltar e depois para o Campo 020, um estabelecimento dos serviços secretos britânicos, situado nos arredores de Londres. Freitas Ferraz ficou ali prisioneiro até Setembro de 1945 e foi deportado no mesmo ano. Só em 1953 o seu nome foi rasurado de uma lista de deportados até então impedidos de viajar para a Grã-Bretanha. E dois anos depois o MI5 arquivou o seu ficheiro.
No Arquivo da PIDE/DGS, na Torre do Tombo, há uma ficha com o seu nome. Contudo, ao que o PÚBLICO apurou, não existem ali informações relevantes sobre Freitas Ferraz - apenas que estava colocado no "posto emissor CT3 A.U." e que morava na Rua do Til, no Funchal. Rui Araújo nota, porém, que o operador de rádio tinha também habitação em Lisboa.
Na ficha do MI5 pode ler-se que o espião foi recrutado (o ano não é confirmado) pela Abwehr, um serviço de espionagem germânico criado em 1921 e aparentemente extinto em 1944. Em Julho de 1942, contudo, as suas comunicações foram interceptadas pelo ULTRA, um órgão dos serviços secretos britânicos responsável pela interpretação de mensagens encriptadas, emitidas via rádio. Apanhado pelo ULTRA, o português esteve prestes a ser preso no Canadá, a bordo do Gil Eannes.
Mas a captura só aconteceu em alto mar, quando o navio britânico Duke of York apresou o barco português e prendeu o radiotelegrafista.

Gil Eannes não foi o nome de baptismo do barco em que foi preso Gastão de Freitas Ferraz. O nome original do navio era Lahneck e a sua origem era alemã. Nos primeiros anos da I Guerra Mundial estava fundeado no Tejo. E foi essa circunstância que ditou o seu destino. Em Fevereiro de 1916, a neutralidade portuguesa foi quebrada em nome da aliança luso-britânica: com uma frota de navios cada vez mais reduzida devido aos ataques dos submarinos alemães, a Grã-Bretanha pediu a Portugal a requisição dos navios germânicos ancorados em portos nacionais. À anuência da então jovem República, presidida por Bernardino Machado, a Alemanha respondeu com a declaração de guerra a Portugal, a 9 de Março de 1916. Nesta sequência, o Lahneck foi rebaptizado com o nome Gil Eannes. E, a partir de então, teve diversas funções: transporte de tropas, cruzador, marinha mercante e navio-hospital. Freitas Ferraz trabalhava no Gil Eannes quando este prestava apoio aos pesqueiros de bacalhau. Quase dez anos após o fim da II Guerra Mundial, em 1954, o navio fez a sua última viagem. Foi vendido em Itália e dois anos depois foi desmantelado e deposto numa sucata.

Maria José Oliveira

Público, p.4, 04.03.2009

Consultar na internet.

Boletim Evoliano n.º 5 - Cavalgar o Tigre

A ler aqui.

Homenageando Fernando Tavares Rodrigues


3.3.09

Rodrigo Emílio em duas linhas por José Campos e Sousa

Do meu bom amigo, José Campos e Sousa recebi estas palavras - de protesto face ao fracasso da organização do jantar de 14 de Março - enviadas para o meu e-mail privado.
Pedido e concedido de imediato o ok para publicação dada a sua importância no que se refere ao nosso comum amigo, Rodrigo Emílio.
Caro Zé, não há razão para desânimos. O sucedido foi um contra-tempo que iremos superar noutra altura e de outra forma. Tu, reeditando o maravilhoso Rodrigamente Cantando. Eu, contribuindo - com a preciosa ajuda de vários e bons amigos do Rodrigo - para mais uma edição de um livro de poesia do Rodrigo.
***

Não é por causa desta batalha perdida que vamos perder uma guerra. Francamente o que falta a todos nós, é ter espírito de esquerda, trabalhar em rede.
Começo por mim que sou um individualista mas se não o fosse ainda estava agora a começar o Rodrigamente Cantando e quanto à Mensagem à Beira-Mágoa seria para o próximo decénio.
O problema é sempre o mesmo. Não existe uma direita existem 256 direitas cada uma com a sua verdade mais verdadeira que as outras 255 .
Vou fazer uma reedição do Rodrigamente Cantando. Já só tenho 15 CD`s que são da reserva dos meus netos.
Cá está o individual!
O que me motiva, não é a direita na qual nem sempre me revejo.
Sou Católico.
Sou Monárquico.
Sou Português.
O Rodrigo era tudo isto e muito mais.
Aquilo que eu não era, ele sabia e sentia que eu não era!
Tal como o meu Pai.
Nunca me tentou vender peixe algum!
E nunca foi por causa de algumas dessas diferenças indiferentes que deixámos de nos entender porque para nós o essencial estava lá. O Rodrigo era um Príncipe. Um Príncipe pode-se dar ao luxo de ter os sapatos gastos as camisas velhas, os fatos amarrotados as gravatas muito antigas. Andar à chuva e por vezes não ter onde dormir.
O Rodrigo enchia uma sala. Estamos a falar de ALMA e não de perfumes e de Armanis. E o que me move é a amizade por ele. Sei que entre vocês os dois havia mais uma ou outra faceta em comum mas acima de tudo sei que eras também muito seu amigo.
Nonas,
Nada de desânimos.
A luta continua.
Zé Campos e Sousa

Medalha de Mérito Cultural para Couto Viana

O Município de Ponte de Lima decidiu atribuir a Medalha de Mérito Cultural ao escritor António Manuel Couto Viana, nome cimeiro da Literatura Portuguesa cujo mais recente título, “Os despautérios do Padre Libório e outros contos pícaros”, é uma edição da Opera Omnia, edição comemorativa dos 60 Anos de Vida Literária do Autor. A cerimónia de entrega da Medalha está marcada para amanhã, dia 4 de Março – Dia de Ponte de Lima.


«Contos. Um cáustico e divertido conjunto de histórias em que não deixa de transparecer uma ferida nostalgia.
Felizmente ainda vai havendo casos em que as celebrações literárias dispensam mediatismos, discursos de encomenda ou booktrailers não poucas vezes ridículos. De facto, dificilmente poderia ser mais discreta a "edição comemorativa de 60 anos de vida literária" de António Manuel Couto Viana. Em formato de bolso e com um grafismo sóbrio, "Os Despautérios do Padre Libório e Outros Contos Pícaros" constitui a segunda incursão do autor, mais conhecido como poeta e memorialista, na arte do conto (a primeira intitulou-se "Meias de Seda Vermelha e Sapatos de Verniz com Fivela de Prata", Prefácio, 2004). E é, de novo, com enorme destreza que Couto Viana nos relata estes episódios pícaros, por vezes na fronteira com o escatológico. Veja-se a ironia de um título como 'Um Amor Húmido', que, defraudando banais expectativas, remete afinal para um acidente urinário que trocou as voltas a Eros. Há momentos que chegam a ser hilariantes, em particular o delicioso remate do último conto. Entre derrames amorosos e fezes clericais, a escrita vigorosa de Couto Viana observa sempre uma tensão, um rigor vocabular e um humor atento que a colocam muito acima da boçalidade em que incorrem tantos prosadores contemporâneos. Sirva de exemplo de estilo (creio que o autor não desdenharia o termo) o seguinte trecho: "Levava com ele, como impedido, o Ezequiel, um mancebo frágil, de carnação tenra, rostozinho de anjo barroco, um sorriso doce de virgem, cujas complacências enchiam de satisfação as camaratas e a gula erótica de alguns monhés sem fácil acesso às fêmeas da casta." Outro aspecto a destacar é o facto de estes contos nunca cederem à redundância do mero ornamento ou do pormenor inútil, demonstrando antes uma notável economia narrativa. Talvez haja locuções que soarão, a ouvidos mais castos, politicamente incorrectas, como a referência à "pretalhada rebelde, armada pela cobiça dos grandes impérios coloniais", ou a defesa de uma ditadura que fez dispersar "a chusma de varinas, operários, fadistas, marujos e magalas". Mas não confundamos essa voz com a do autor deste comovente livro de contos. Se afastarmos com cuidado a cortina do humor, talvez consigamos ver um palco de terna nostalgia, os restos desse "país perdido" que é a infância.
Manuel de Freitas»
Jornal Expresso – Revista Única – 17/1/2009

2.3.09

Miguel Serrano

No passado sábado deu entrada no Walhalla o escritor e diplomata chileno, Miguel Serrano.
Poeta-guerreiro nasceu em 1917, em Santiago de Chile e deixou este mundo aos 92 anos para se juntar às fileiras do Último Batalhão.
O seu combate prossegue na Eternidade porque a sua Honra chama-se Fidelidade!

Vaticano, Israel e o Bispo Richard Williamson

Jornal Público, pág. 13, 28.02.2009.

Por causa de Israel, Estados Unidos vão boicotar conferência da ONU sobre racismo


Israel felicitou-se hoje pela decisão dos Estados Unidos de boicotarem a Conferência Durban II das Nações Unidas sobre racismo, descrevendo o encontro como “anti-semita”. Um responsável do Departamento de Estado confirmou ao jornal “Washington Post” que os EUA decidiram não participar por se oporem ao documento que estará em discussão.
No início de Fevereiro, uma delegação norte-americana esteve em Genebra, onde decorrerá o fórum de Abril, para participar nas negociações preliminares da conferência. Os EUA discordaram com o conteúdo previsto, considerando que o texto individualiza injustamente Israel como alvo de críticas.
“Infelizmente, o documento que está a ser negociado foi de mal a pior”, disse ao “Post” o responsável do Departamento de Estado. “Como resultado, os EUA não vão participar nas negociações futuras ao texto nem numa conferência que se baseie neste texto.”
“A coberto da luta contra o racismo, esta conferência é anti-semita e anti-israelita. A decisão dos EUA deve servir de exemplo a outros países que partilhem os nossos valores”, declarou a ministra israelita dos Negócios Estrangeiros, Tzipi Livni, num comunicado, citado pela agência AFP. “Felicito os EUA por esta decisão, que prova que a Administração americana é fiel aos seus compromissos com Israel. É uma prova suplementar dos laços estreitos que unem os nossos dois países”, comentou também em comunicado Sylvan Shalom, deputado do partido Likud.
O encontro marcado para Abril tem como objectivo rever os progressos da declaração da Cimeira Mundial Contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância, de 2001, realizada em Durban, na África do Sul. EUA e Israel abandonaram essa conferência a meio, em protesto contra o que disseram ser os preconceitos contra os israelitas. Desta vez, pelo menos EUA, Israel e Canadá não vão participar.»

Leitura semanal

Nova Frente
O «Pedrinho» do século XXI
Comparação

O Sexo dos Anjos
Eternas Saudades do Futuro

Reverentia
As minhas respostas n`"O DIABO" desta semana

Um Homem das Cidades
Uma maternidade em Auschwitz

Inconformista
Pt No Media
Pt NovoPress
Revisionismo em Linha

Cancelado o jantar/concerto de homenagem a Rodrigo Emílio

Dado o pequeno número de inscritos que não chega nem de perto ao número considerado razoável e justificativo para a realização do jantar na Quinta de São José no Marco, na Castanheira do Ribatejo, é com tristeza que anuncio o seu cancelamento.
Pena foi que as pessoas contactadas como o José Campos e Sousa, o António Tinoco, o António Moreira da Silva e a Sr.ª D. Mariana Bobone Mira tenham alterado os seus planos para tornarem possível a realização deste jantar/sarau cultural onde cantariam o José Campos e Sousa, António Moreira da Silva e António Tinoco declamaria vários poemas do Rodrigo.
A eles, renovo o meu pedido de desculpas por este fracasso.