24.2.13

Quem fala assim...

“Jaime Neves não era um político, mas acabou por ter uma grande influência política…

Libertou as forças democráticas que acabaram, infelizmente, por nos trazer ao lamaçal actual. Chamar democracia a isto?! O que acontece é que milhões de portugueses são forçados a votar em um de dois fabianos, que, por sua vez, foram escolhidos por umas dezenas de milhar de militantes do PS e do PSD. É consabido que estes militantes, regra geral, são gente medíocre. Tirando a intriga, a bajulação e o repetir a tal “tabuada” partidária, pouco sabem fazer. Mas, neste tempo estranho em que o socialismo é para os ricos e o capitalismo para os pobres, o primeiro-ministro também não passa de uma espécie de capataz do Grande Dinheiro, da manada de financeiros, da matilha de banqueiros.”

Entrevista de Rui de Azevedo Teixeira ao jornal O Diabo, p. 8, 12.02.2013.

23.2.13

Günter Deckert e Sylvia Stolz

Esta foto, tirada em 2 de Janeiro deste ano, mostra o ex-professor Günter Deckert a entrar de novo na prisão que orwelianamente se chama (conforme mostra o cartaz) "Instituição de execução de Justiça da cidade de Mannheim". Tendo sido condenado a 5 anos e meio de prisão por ter traduzido do inglês para a língua alemã o relatório científico escrito pelo técnico americano de construção de câmaras de gás, Leuchter, e cumprido a sentença na íntegra, acabou por ser agora de novo condenado por ter traduzido outro trabalho, desta vez de um técnico italiano, para a língua alemã. Desta vez para 6 meses de prisão que começou a cumprir instantes depois desta foto (e está a cumprir neste momento). Falta mencionar que foi expulso do ensino na RFA com anulação de direito a pensão por ter feito a tradução acima mencionada. Deckert está a despedir-se de uma senhora frente à prisão alemã.
Esta senhora é a ex-advogada, Sylvia Stolz. Ela era uma simples advogada que recebeu uma obrigação de uma defesa oficiosa de Ernst Zündel, um alemão residente no Canada onde deu conferências e publicou artigos pondo em causa a versão oficial acerca das câmaras de gás. Zündel foi sistematicamente perseguido pela "Anti-Defamation-League" judaica americana, mas ilibado no Canadá. Descontentes com este resultado mandaram-lhe uma bomba pelo correio que explodiu no exame levado à efeito pela polícia e incendiaram-lhe a casa que ardeu na sua totalidade. Refugiou-se nos USA onde acabou por ser preso e expulso para a RFA. Tendo chegado à RFA foi de novo acusado e julgado.
Deram-lhe esta senhora como advogada oficiosa. Ela meteu-se a fundo na questão das acusações que lhe fizeram e viu que tinham pernas de barro, pura prepotência estatal. Defendeu o seu constituinte apresentando todos os erros no processo e todas as faltas de provas nas acusações. Foi então presa na própria sala do julgamento e imediatamente metida na prisão por ter defendido seu constituinte demais. Foi acusada de não se ter distanciado o suficiente do ponto de vista intolerável do réu. Foi condenada a três anos e meio de prisão que cumpriu na íntegra. Quando saiu da prisão recebeu nova sentença, desta vez da expulsão da Ordem dos Advogados, não podendo exercer mais a sua profissão.
Dias depois foi à prisão de Mannheim para dar um aperto de mão de despedida solidária a Gunter Deckert, quando este teve de entrar de novo na prisão. Esta foto tanto demonstra a prepotência estatal baseada na manutenção de uma mentira como a inquebrável atitude dos defensores da verdade na Alemanha que se sujeitam a tudo, mas não arredam um milímetro da prioridade da verdade sobre a mentira!

3.2.13

Os "manos" abriram nova loja

Chama-se Loja George Washington e surge, no seio da maçonaria, como a substituta e sucessora da polémica Loja Mozart 49 – que chegou a ser das mais influentes lojas maçónicas do pais e que integrava, entre outros, elementos dos serviços secretos, do grupo Ongoing e da política.
Esta nova loja foi criada na terça-feira e tem como venerável (líder) António Saraiva, presidente da CIP - Confederação Empresarial de Portugal, que integrava a Mozart.
«Fez-se finalmente a consagração da nova loja», explicou ao SOL fonte da Grande Loja Legal de Portugal (GLLP), obediência dos maçons regulares e que integra estas duas lojas. A consagração realizou-se na nova sede da GLLP, em Telheiras.
Desde que veio a público o escândalo sobre uma teia de ligações perigosas na Mozart – entre os serviços secretos, a Ongoing, e políticos, nomeadamente do PSD – que a direcção da GLLP planeava criar uma nova loja para esvaziar a outra. Aliás, numa carta enviada no ano passado a todos os maçons, o grão-mestre, José Moreno, convidou alguns «irmãos» da Loja Mozart a sair, apelando ao seu «bom senso» para que tomassem a melhor decisão que protegesse o bom nome da maçonaria.
«Entretanto, muitos afastaram-se ou saíram da Mozart para outras lojas, nomeadamente para a Brasília e a Abade Correia. Só alguns ficaram», nota a mesma fonte, sublinhando que agora, com a criação da George Washington e o esvaziamento da Mozart, podem estar criadas as condições para que a «GLLP possa abater colunas» a esta última (termo maçónico que significa encerrar a loja).
Para a Loja George Washington, refere a mesma fonte, não transitaram elementos da Ongoing nem dos serviços secretos, mas sim diplomatas, empresários e pessoas com ligações à política: «Será poderosa, uma vez que o venerável é um homem com poder». Além disso, serão deslocados irmãos de outras lojas e recrutados novos membros. Entre os ‘irmãos’ que mudaram da Mozart, estará Nuno Manalvo, ex-chefe de gabinete de Isaltino Morais.

Silva Carvalho de regresso

No entanto, um maçon que pertence à Mozart garantiu ao SOL que esta loja ainda «está bem activa», tendo 17 dos 42 membros que existiam quando há um ano rebentou a polémica. Mas outra fonte garante que há o risco da «Mozart ficar sem quorum» para reunir.
Um dos elementos activos na Mozart será Jorge Silva Carvalho. Segundo um ‘irmão’, o antigo director do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) – que se afastou depois de ser acusado de usar a Mozart para um projecto de ambição pessoal – já terá regressado à maçonaria, tendo participado em cinco sessões maçónicas. Neste momento, o venerável da Mozart é Rogério Tavares, um advogado, e Silva Carvalho ocupará a função de guarda interno.
Na Mozart, permanecem o coronel Francisco Rodrigues, que foi director de um departamento das ‘secretas’, e Neto da Silva, ex-deputado do PSD. E em Novembro passado entrou Alcides Guimarães, ex-candidato a grão-mestre. Já o líder da Ongoing, Nuno Vasconcelos, não tem aparecido nas sessões maçónica, vivendo actualmente a maior parte do tempo no Brasil.
Longe das sessões maçónicas da Mozart estão os políticos que viram os seus nomes envolvidos na polémica – como o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, e Paulo Miguel Santos, deputado do mesmo partido.

Fonte: Sol

Blogue de interesse: Tertúlia Invisível

O Prof. Dr. António Leite da Costa chegou à blogosgera com Tertúlia Invisível.