Amnistia Internacional fala em crime de guerra
A investigadora que a Amnistia Internacional tem em Gaza não hesita em usar o termo "crime de guerra" quanto ao uso de fósforo branco por parte de Israel. Donatella Rovera considera que "o extenso uso desta arma em bairros densamente povoados de Gaza é por inerência indiscriminado", lê-se num relatório sobre o fósforo branco. "O seu uso repetido desta maneira, apesar de provas dos seus efeitos indiscriminados e do seu peso em civis, é um crime de guerra."
As queimaduras de fósforo branco, que continuam, tecido a tecido, enquanto encontram oxigénio, não podem ser tratadas como as queimaduras normais. Para salvarem os feridos, os médicos têm de saber o que têm em mãos. O que aconteceu nos hospitais de Gaza, incluindo o maior, Al Shifa, foi que muitos feridos morreram por terem sido tratados como queimados normais.
O facto de as forças israelitas terem negado que usaram fósforo branco fez perder mais vidas, aponta a Amnistia. "Responsáveis israelitas disseram repetidamente que a sua operação militar era contra o Hamas, não contra as pessoas de Gaza", lembrou Donatella Rovera. "Não pode haver desculpa para continuar a subtrair informação vital para o tratamento eficaz de pessoas feridas pelos ataques. A falta de cooperação de Israel está a levar a mortes e sofrimento desnecessários."
Quando conseguiu entrar em Gaza, depois do fim da guerra, a Amnistia ainda encontrou bombas de fósforo a arder em diversos pontos.
E além de fósforo branco, "o exército israelita usou uma variedade de outras armas em áreas densamente povoadas", diz a organização. Um dos exemplos é o das flechas de 4 centímetros. Um obus de 120 mm pode conter 5000 a 8000 destas flechas. Quando o obus explode no ar, espalha as flechas num raio de 300 por 100 metros. Estas armas, que Israel usa há anos, diz a Amnistia, "nunca deveriam ser usadas em áreas civis". A.L.C.
A bomba incendiária é lançada de uma unidade de artilharia ou de um avião: quando o míssil lançado atinge a zona alvo, ainda no ar, ejecta os projécteis de fósforo branco, que caem no chão num padrão elíptico. Cada projéctil começa então a lançar fumo, o que faz durante cinco a dez minutos. O uso destas munições é permitido pela lei humanitária internacional, mas nunca em zonas residenciais, como aquela em que Sabah Abu Halima foi atingida e ficou queimada.
As queimaduras de fósforo branco, que continuam, tecido a tecido, enquanto encontram oxigénio, não podem ser tratadas como as queimaduras normais. Para salvarem os feridos, os médicos têm de saber o que têm em mãos. O que aconteceu nos hospitais de Gaza, incluindo o maior, Al Shifa, foi que muitos feridos morreram por terem sido tratados como queimados normais.
O facto de as forças israelitas terem negado que usaram fósforo branco fez perder mais vidas, aponta a Amnistia. "Responsáveis israelitas disseram repetidamente que a sua operação militar era contra o Hamas, não contra as pessoas de Gaza", lembrou Donatella Rovera. "Não pode haver desculpa para continuar a subtrair informação vital para o tratamento eficaz de pessoas feridas pelos ataques. A falta de cooperação de Israel está a levar a mortes e sofrimento desnecessários."
Quando conseguiu entrar em Gaza, depois do fim da guerra, a Amnistia ainda encontrou bombas de fósforo a arder em diversos pontos.
E além de fósforo branco, "o exército israelita usou uma variedade de outras armas em áreas densamente povoadas", diz a organização. Um dos exemplos é o das flechas de 4 centímetros. Um obus de 120 mm pode conter 5000 a 8000 destas flechas. Quando o obus explode no ar, espalha as flechas num raio de 300 por 100 metros. Estas armas, que Israel usa há anos, diz a Amnistia, "nunca deveriam ser usadas em áreas civis". A.L.C.
A bomba incendiária é lançada de uma unidade de artilharia ou de um avião: quando o míssil lançado atinge a zona alvo, ainda no ar, ejecta os projécteis de fósforo branco, que caem no chão num padrão elíptico. Cada projéctil começa então a lançar fumo, o que faz durante cinco a dez minutos. O uso destas munições é permitido pela lei humanitária internacional, mas nunca em zonas residenciais, como aquela em que Sabah Abu Halima foi atingida e ficou queimada.
Público, 28.01.2009.
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