O secretário-geral da ONUM, Ban Ki-moon, disse, hoje, em Nova Iorque (EUA), que transmitiu ao primeiro-ministro de Israel a sua desilusão por não ter sido acatado a resolução do Conselho de Segurança para um cessar-fogo em Gaza. As Nações Unidas revelaram, ainda, que o exército israelita matou, num bombardeamento no passado dia 5, 30 civis que faziam parte de um grupo de 110 palestinianos que se reefugiou numa casa de Gaza.
"De acordo com várias testemunhas, a 4 de Janeiro os soldados colocaram 110 palestinianos numa só casa em Zeitoun (metade deles eram crianças) ordenando-lhes que aí permanecessem. Vinte e quatro horas depois, as forças israelitas bombardearam várias vezes a casa, matando cerca de 30", afirmou um comunicado do Serviço da ONU para a coordenação humanitária (OCHA).
Os ataques israelitas na Faixa de Gaza e os tiros de foguetes contra Israel prosseguiram, hoje, apesar da resolução do Conselho Segurança da ONU que apelou ao fim imediato dos combates, segundo testemunhas e fontes militares.
A aviação israelita efectuou vários raids no território palestiniano após os ataques nocturnos que provocaram 12 mortos, segundo testemunhas e fontes médicas palestinas.
O exército israelita assinalou o disparo de seis foguetes contra o Sul de Israel, a partir da Faixa de Gaza, num ataque que provocou um ferido ligeiro.
Adoptada durante a noite por 14 dos 15 membros do Conselho de Segurança (os Estados Unidos abstiveram-se), a resolução 1860 "apela a um cessar-fogo imediato, duradouro e plenamente respeitado, com a retirada completa das forças israelitas de Gaza".
A resolução "condena qualquer violência e hostilidade dirigidas contra civis e qualquer acto de terrorismo", sem designar explicitamente os tiros de foguetes do Hamas contra o Sul do Israel.
O Conselho de Segurança apela "ao fornecimento sem obstruções (...) da ajuda humanitária".
O texto apela também aos Estados que favoreçam a criação em Gaza de dispositivos que garantam que o cessar-fogo é aplicado, nomeadamente "impedindo o contrabando" de armas e "assegurando a reabertura dos pontos de passagem" para Gaza.
Ban Ki-moon telefonou a Ehud Olmert para lhe dar conta da desilusão face à posição do governo israelita de prosseguir a ofensiva. "Exprimiu desilusão por a violência continuar no terreno em desrespeito pela resolução do Conselho de Segurança", disse a porta-voz Michele Montas, citando o comunicado do secretário-geral.
«... De pé, olhos bem abertos, face ao Inimigo, unidos em bloco firme, os dentes cerrados, resistir, combater até à morte, na defesa do Património sagrado que herdamos, para, ao menos, salvarmos a honra do nosso nome. Descer as pontes da fortaleza - jamais!» Alfredo Pimenta, in Em Defesa da Portugalidade, p. 29, 1947.
10.1.09
ONU está desiludida com Israel e critica ataque a refúgio civil
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