20.6.08

Fala quem sabe: Rosa Coutinho em 1975

«Numa entrevista do Almirante Rosa Coutinho ao Diário de Notícias de 10 de Novembro de 1975, diz-se: "Uma das dificuldades que se apresentou para a descolonização de Angola foi o facto de militarmente a guerra colonial não apresentar ali, em 25 de Abril, as mesmas condições que se verificavam em Moçambique ou na Guiné. Assim, em Angola, as forças portuguesas dominavam praticamente quase todo o território. Os movimentos, de certo modo, estavam a ser batidos, excepto na região de Cabinda, e o movimento que mais sofreu com isso foi exactamente o MPLA.
Dada a acção das guerras coloniais portuguesas, o MPLA, no 25 de Abril, estava praticamente destroçado, sob o ponto de vista militar. Naturalmente que esta situação veio depois a complicar o problema da descolonização, já que o movimento com maior implantação política era, na altura, o militarmente mais fraco".
Não sabemos, no que se refere a Cabinda, em que se fundamenta a afirmação feita de que "os movimentos, de certo modo, estavam a ser batidos, excepto na região de Cabinda...", pois no 1.º trimestre de 1974, bem como em 25 de Abril, a actividade contra essa parcela do território de Angola era exercida apenas pelo MPLA e consistia em incursões de pequena profundidade e duração ou em acções de fogo, a partir da República Popular do Congo, que nunca chegaram a constituir perigo grave.»
General Joaquim da Luz Cunha

In "África - a vitória traída", Editorial Intervenção, 1977, págs. 182/183.

2 comentários:

Anónimo disse...

Kaulza podia ter-nos salvo.
É uma referência para a MINHA DIREITA

RS

Anónimo disse...

O que mais choca nestas análises e opiniões após 25 Abril, são as atitudes das FORÇAS ARMADAS como um todo, em preservar e elogiar OS TRAIDORES. Quando fui militar tive que fazer um JURAMENTO Á PATRIA, TUDO PELA PÁTRIA. E militar nunca foi nem deveria ser político. SUA OBRIGAÇÃO ASSIM COMO DA JUSTIÇA É PRESERVAR E DEFENDER A PÁTRIA. Tudo o resto é lixo e na maioria dos casos fuzilamento como TRAIÇão