18.2.07

Selecção poética e de combate de Rodrigo Emílio

PREFA(S)CIO — II

De entre todos os motivos
porque sulco os loucos trilhos
de extermínio
em que me abismo,

sobressaem, sempre vivos:

os meus livros,
os meus filhos
e o fascínio
do fascismo.
MANIFESTO DE FIDELIDADE

Salazar
— e quanto à memória removo,
— quanto cá dentro amotino!

(Horas e horas sem par
Na História de um Povo
A pino!)

Salazar
— por entre a sombra a rasgar
todo o luar de um destino!...

Tempo que ao tempo futura
continuidade há-de dar
(Mesmo apesar da moldura
Que configura
O lugar)

— Salazar
avulta, fulgura,

Estátua a toda a estatura,
Incessantemente a vibrar

A sua assinatura
— A sua assinatura
Solar!...
S. O. HESS

Começa a haver nos teus desenhos
de prisão
— como calculas, tenho-os
aqui à mão —
a prece
de quem padece,
cada vez mais em maior grau...;
e uma espécie de S.O.S.
que me não parece
mau
enquanto dure e não cesse
o martírio que conhece
`inda agora Rudolf Hess,
nas masmorras de Spandau.
PELO SINAL DA CRUZ
SUÁSTICA
Não sei se a distância toda
que, desde ontem, nos separa
é mais longa ou menos longa,
é mais larga ou menos larga,
do que foi
até à data.

Sei que a tua clara sombra
cada vez é mais clara,
abandonada que foi
essa torre blindada.

Por isso, estamos de ronda
— de ronda, e também de guarda... —

E não pára a nossa ronda;
a nossa ronda não pára:

Cara al sol, ombros em onda,
continuaremos de ronda
à tua camisa parda.

(Penso nela, preso a ela...
e há um solo de trompete
que atravessa, de repente, a cela
7,
onde, à luz do teu conselho,
— ou não fosses tu espelho
de tudo o que permanece... —
a pés juntos me ajoelho,
velho
Hess...)

Mas as mil e umas noites alemãs
gerarão um novo dia.
E voltarás às manhãs
de Alexandria.

E o horizonte azul do céu
será uma passadeira sem limite,
à passagem do teu
Messerschmitt.

E não haverá, não, mais destroços
de avião.
E os ossos de todos os nossos
exércitos vencerão.

E uma catedral de luz
entusiástica
traçará o sinal da cruz
suástica.

À vista dos teutónicos titãs
que te fazem companhia,
juventudes lusíadas, alemãs,
guindarão a guião o mesmo guia.

(De resto, nos braços da brisa, que sopra,
e do sol que galopa nas rampas da brisa,
já, de novo, a nova Europa
forma em mangas de camisa).

Há-de ser outro o desfecho
que o novo futuro alberga.
— No eixo de tudo: o Eixo!
(Jamais, jamais Nuremberga).

Até que o teu exemplo nos comande,
considera-te saudado,
— oh grande, grande
isolado!

Já, contra ti, nada podem
e ninguém há que te anule.
(Da raça dos que não morrem
é feita a Ordem
de Thule!)
***
A todos quantos se armaram em meus desnazificadores:

Au
revoir et merci
Continuo nazi.

16 comentários:

Anónimo disse...

Camarada, tens alguma informação sobre este livro?
'SOLDADOS JUDEUS DE HITLER - RIGG, BRYAN MARK

Saudações Nacionalistas!

Anónimo disse...

Há também um poema muito giro do Emílio em homenagem aos "skinheads", aquando do processo do MAN (ou talvez tenha sido publicado no jornal "Ofensiva"). Não o consegui encontrar na Net, mas lembro-me que era em homenagem a um camarado preso e acusado de assassínio rácico.

nonas disse...

Caro Viriato,
não conheço o livro e a informação que me deram é que é um livro interessante.
Não posso nem sei dizer mais nada.

nonas disse...

Caro anónimo,
é verdade que o Rodrigo Emílio fez esse poema embora eu ainda não tenha tido acesso a ele.

Flávio Gonçalves disse...

"Os Soldados Judeus de Hitler" pode ser comprado aqui:

http://www.webboom.pt/ficha.asp?ID=105369

Foi uma boa compra, mas convém saber ler as entrelinhas.

Anónimo disse...

Camaradas Nonas e Flávio Gonçalvaes, obrigado.

Saudações Nacionalistas!

Anónimo disse...

Até entre nós há censura?assim realmente não vamos a lado nenhum...
É necessário ´defender: um só pensamento, uma só raça e uma só Patria!

PORTUGAL SEMPRE!

Anónimo disse...

O Rodrigo Emilio é, sem dúvida, coerente e defende os seus ideais. O problema é que os seus ideais são incoerentes.
É monarquico e admirador de D.Duarte Pio. Ora D.Duarte Pio foi um opositor a Guerra Colonial e apoiou, em 1974, o programa do MFA.
Rodrigo Emilio considera-se um português mas, no poema que está neste blog, diz-nos "Au revoir et merci/Continuo nazi", esquecendo-se que para os nazis nós, os portugueses, somos uma raça inferior(não somos arianos).
Apesar de ter excelentes poemas penso que Rodrigo Emilio foi um homem que para além do amor à Pátria que sentia, tinha também um grande sentimento de Ódio que lhe toldava a razão ao ponto de ele ser tudo o que de há de reaccionário...Basta ir ao site lêr alguns dos seus poemas e é ve-lo a criticar a homoxessualidade do Eugénio de Andrade, os pretos do Harlem, enfim...Se algum dia foi um verdaderio Monárquico ou Nacionalista morreu sem o ser.Paz à sua alma.

nonas disse...

Para quem assina em nome da «liberdade, fraternidade e igualdade» que teve a pachorra de consultar alguma necrologia que vinha nos jornais referente aos anos que viu, lembro-lhe que do lado "nazi-fascista" as vítimas da liberdade começam logo na Revolução francesa e vão até aos dias de hoje, passando pelos vários regimes comunistas como o paraíso soviético, chinês até pelos exércitos que tentam à bomba instalar a democracia em todo o lado! São rios e rios de sangue! Um verdadeiro oceano de sangue.
Tomo a liberdade de apagar toda a propaganda democrato-comunista como essa lista que pôs nos comentários.

nonas disse...

O sr. Araújo Sampaio passa vários atestados de incoerência.
Diz que o Rodrigo Emílio não é português porque é nazi. Gostava que o sr. Sampaio provasse com documentação em que documento oficial do governo alemão e do NSDAP leu e viu que os portugueses são "uma raça inferior(não somos arianos)".
Gostava de saber se conheceu pessoalmente Rodrigo Emílio para lhe diagnosticar "um grande sentimento de Ódio que lhe toldava a razão ao ponto de ele ser tudo o que de há de reaccionário...". Fazer diagnósticos desses é muito arriscado e perigoso. Ora, diga lá onde lhe dói e magoa o Rodrigo Emílio.
Arroga-se em catalogador de verdadeiros monárquicos e nacionalistas. Presunção e água benta não lhe falta.

Anónimo disse...

ó nonas,
as mortes dos franceses e dos russos e dos chineses e dos vietnamitas e dos alemães e dos ruandeses e de todos os que quiseres arranjar não justificam as directa ou indirectamente vinculáveis ao regime e à policia politica de salazar.
podes apagar todas as listas e nomes que quiseres, não consegues apagar a memória. por muito que isso te incomode.

Anónimo disse...

Caro Nonas,

1- Folgo em saber que me deu razão no que diz respeito a D.Duarte Pio visto que não me contestou
2- Excerto de um texto ideológico do NSDAP: (...) A lei mais geral e maos impiedosa deste mundo é a luta pela vida e pelo seu desenvolvimento, a luta de raças pelo seu espaço vital(...) A raça mais importante é a raça nordica, que conquistou mais de metade do globo graças à sua capaciadade de trabalho e à sua combatividade (...)Destas raças a maior de todas é a raça alemã"- Partindo do princípio que os portugueses não são nórdicos e muito menos alemães, penso que não é necessário dizer mais nada.
3- Não conheci pessoalmente Rodrigo Emilio. Apenas me limitei a tirar conclusões daquilo que li no seu site. Para lhe ser sincero Rodrigo Emilio magoa-me na medida em que com a leitura de poemas como este que o Sr. tem aqui no seu site toda aquela aura nacionalista que o envolvia se esbate...Tenho pena que Rodrigo Emilio tenha sido apoiante de um regime(NAZI) que silenciou Gotffried Benn...
Para terminar digo-lhe que se quiser mais esclarecimentos (eu sei que isto é presunção) sobre o Nacional Socialismo está a vontade porque graças à sua pergunta sobre o eventual "arianismo português" já encontrei o Mein Kampf, o Dossier do Nacinal Socialismo, volumes do Reichsgesetzblatt,etc

Cumprimentos,
Pedro Araújo Sampaio

nonas disse...

Aqui está o poema de homenagem ao skins e que me foi enviado por email.

«Hoje mais do que nunca este poema serve de dedicatória a todos aqueles que não se deixaram corromper pelos vícios do sistema demo(nio)crático:

Skinfellow(s)

Tu, que nem dás por mim
mas que me segues
com afã e a fé sem fim
dos Skinheads;

Tu que, brandindo o braço como um mastro,
conjuras tanto gringo, tanto gang,
sem que o aço compassado do teu passo
de milícia
se exalte e se zangue,

ou se negue á carícia
de um rasto
de sangue...;

tu, que és já motivo de motim
porque não cedes nem te excedes,
tu, sim
heróico Skin:

Mereces este toque de clarim,
que vai, d´aqui , assim,
saudar por mim
os Skinheads.»

Rodrigo Emilio

Anónimo disse...

Excelente caro Nonas.

Anónimo disse...

Que pena tenho não ter conhecido este Grande Português.

HT disse...

Tive a honra de poder privar com o Rodrigo Emílio, infelizmente sem que na altura tivesse a mais pequena noção da dimensão do homem e do camarada. Descanse em paz. Saudações