3.9.08

Alfredo Pimenta e o julgamento/farsa de Nuremberga

«O que se tem passado e o que se está a passar em Nuremberga, com os chamados criminosos de guerra ofende louvar que nós fizéssemos uma afirmação de caridade católica e de dignidade humana? E se o governo português prestou serviços às Democracias, serviços de que até a Rússia Soviética beneficiou, não podia ele, em nome desses serviços estender a sua mão protectora sobre aqueles desgraçados que só têm culpa de terem sido vencidos?
É possível que, infelizmente, V. Ex.ª nada possa fazer. Mas estou certo de que me acompanha no sentimento de horror que Nuremberga desperta no meu coração.»(p. 270)
«Quotidianamente, na imprensa portuguesa, das grandes cidades e das terras mais pequenas, se atiram punhados de lama, injúrias sem nome, calúnias repugnantes, as maiores infâmias sobre as memórias de Hitler, e Mussolini, e os desgraçados supliciados de Nuremberga.»(p. 292)

In "Salazar e Alfredo Pimenta - Correspondência, 1931-1950". Editorial Verbo. Lisboa. 2008.

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