O Público e o Primeiro de Janeiro foram os únicos jornais portugueses a noticiarem a morte do Abade Pierre. Símbolo da esquerda francesa, primeiro por ter feito parte da Resistência na segunda guerra mundial, depois como deputado logo a seguir à guerra e como o fundador da comunidade Emaús. Aí, torna-se conhecido como o protector dos pobres, dos desfavorecidos, dos excluídos e de todo o blá-blá esquerdóide. (Como se a esquerda fosse protectora de coisa alguma senão dela mesma e mal!).
Tudo ia muito bem até que por carta, datada de 15 de Abril de 1996, decide dar o seu inequívoco apoio ao seu amigo, ex-comunista, Roger Garaudy por ter publicado "Les Mythes Fondateurs de la Politique Israélienne", que acabava de ser alvo de um linchamento mediático na terra da "liberté, fraternité et égalité". Estava cometido o pecado!
A partir daí, toda a imprensa passa a ter não um alvo mas dois: Roger Garaudy e o Abade Pierre. Já não podiam tolerar - os campeões da tolerância, da liberdade de opinião, dos direitos do homem, da pessoa humana e outras aldrabices - que um ex-comunista e um "campeão" dos slogans esquerdelhos se pusessem contra o politicamente correcto e contra o pensamento único.
«... De pé, olhos bem abertos, face ao Inimigo, unidos em bloco firme, os dentes cerrados, resistir, combater até à morte, na defesa do Património sagrado que herdamos, para, ao menos, salvarmos a honra do nosso nome. Descer as pontes da fortaleza - jamais!» Alfredo Pimenta, in Em Defesa da Portugalidade, p. 29, 1947.
23.1.07
A morte de Abbé Pierre
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5 comentários:
Ò Nonas,pelo número de comentários,o que está a dar é pôr a careca à mostra dos Nogueira Pinto e quejandos.Continue.
post oportuno e sério.
O cavalheiro de indústria(e tráfico)que é hoje esse nogeira pinto permite-se perder a vergonha (se é que alguma vez a teve),julgando que os outros perderam a memória de tudo aquilo que ele fez e se fez à sombra do salazarismo.Ser crápula não impede ser-se imbecil e muito imbecil será quem despreze o testemunho dos outros.
Mais que salazarista,o nogeira foi director do semanário "Agora".
Caro Nonas,
Muito obrigado pela sua referência. Naturalmente concordo com tudo o que escreveu. Esse "Abbé" é a imagem da dissolução da jacobina França, da diluição das fronteiras ideológicas. No fundo um blasfemo que prestou um péssimo serviço à Igreja.
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