10.11.12

Ad interim I: a maldição jota. Por L. C.

A MALDIÇÃO JOTA


A execração ou maldição Jota refere-se, evidentemente, á oligarquia de medíocres que se assenhoreou deste país, uma espécie de danação perigosíssima que corta transversalmente o universo político. E já outra geração se perfila para lhes suceder.


São indivíduos que não têm, nunca tiveram, uma carreira profissional consistente e meritória. Nunca um deles ergueu um edifício, tratou de um doente, defendeu a lei, escreveu um tratado, combateu uma batalha, ou criou uma indústria.


Nas raras vezes em que se aproximaram do Povo, em vésperas de eleições, tudo prometeram desatinadamente e foram a correr lavar as mãos e passar desodorizante.


O sofrimento dos pais que não têm com que criar os filhos, dos velhos que não podem pagar os medicamentos ou talvez nem sequer comer, dos que esperam por Justiça, dos que perderam a casa no vórtice dum súbito desemprego, dos que partiram chorando, dos que vêm a morte chegar por falta de um tratamento, de todo, não lhes respeita.


Por que não concebem nem compreendem. Nos casos mais graves de autismo social, nem sequer acreditam que tais situações sejam possíveis. Subsistindo numa torre dourada de tecnocracia (que mal entendem), de carros de luxo com motorista, de restaurantes caros, de reforma aos cinco anos de trabalho(?), de lugares chorudos à espera nas empresas públicas, de imunidades e mordomias na mais total irresponsabilidade, porventura de um exílio dourado, a vida corre-lhes de feição.


Parafraseando (é, aliás, uma falsidade histórica) Maria Antonieta, qualquer um deles poderia alvitrar. “Não têm dinheiro? Paguem com o cartão…”


Estes JOTAS – todos eles – foram criados no nepotismo, no compadrio e na corrupção. A sua carreira foi-lhes programada pela máquina do partido.


A sua escolaridade foi obtida a colar cartazes, a bramir slogans nos comícios, a lamber as botas da hierarquia partidária.


Daí o seu à-vontade a lamber o traseiro da Merkelina ou dos Lehman Brothers.


Quosque tandem…?

L.C.

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