Recebi do Prof. António José de Brito este seu último texto sobre o significado das datas de 6 de Fevereiro de 1934 e de 1945. Aqui fica o seu testemunho para que nunca se esqueça.
6 de Fevereiro de 1934 e de 1945
Em 6 de Fevereiro de 1934, uma imensa multidão de parisienses saiu para a rua, em protesto contra o chamado escândalo Stavisky, um burlão e aventureiro de origem russo-judaica que vira as suas manobras financeiras beneficiar de indulgências e cumplicidades de políticos altamente colocados e que apareceu, estranhamente “suicidado” quando a polícia enfim se dignou procurá-lo.
Agora, eventos desta ordem são o pão nosso das democracias, entre elas a que pontifica no rectângulo, sem que ninguém promova manifestações e os sábios governantes se vejam incomodados por gritos indignados que os impeçam de levar avante a insane tarefa de governar(-se). Escândalos análogos ocorrem e escorrem de todas as partes e são acompanhados com indulgência sorridente. E se alguém se choca é quando não surgem escândalos mencionados na imprensa e nas televisões, para entreter o público.
O 6 de Fevereiro de 1934 é assim, uma data quase esquecida; se aparece nas obras oficiais e politicamente correctas, é sob a forma de uma horrenda conspiração das forças reaccionárias para estrangular a inocente terceira república, conspiração muito bem reprimida, à custa de uns tantos mortos e centenas de feridos.
Por certo, houve reuniões, na maior parte informais e improvisadas de algumas Ligas, mas não resultou nenhum plano solidamente estruturado, sendo de sublinhar que a mais numerosa – os Croix de Feu – sempre manifestaram a sua moderação republicana e democrática e, no dia seis, não estiveram na Praça da Concórdia.
Robert Brasillach, fuzilado a 6 de Fevereiro de 1945, nunca esqueceu os que morreram frente ao parlamento dito francês.
Também nós, aqui, na nossa modéstia de vencidos, não olvidamos os caídos em 34 e, muito menos, a memória do autor de Les Sept Couleurs que, quando a sua condenação foi comentada por um assistente com as palavras “c`est une honte”, replicou, sereno, “C`est un honneur”.
Num dos seus mais interessante e comovente volumes – Notre Avant-Guerre –, Brasillach escreveu que não renega o 6 de Fevereiro de 1934. Todos os anos ia depor uma coroa de flores num túmulo de homenagem cada vez mais vazio porque os patriotas são por natureza esquecidos dos seus.
E, infelizmente, se se esquecem os caídos de 34, também tendem a esquecer a memória de Brasillach. Poucos somos os que se mantém fiéis à sua recordação. Perguntamos se não foi sadicamente intencional a coincidência dos dois seis de Fevereiro.
De qualquer forma na nossa recordação e no nosso espírito, Brasillach não desaparecerá. Outros continuarão com os seus festins, trocando soberanias pelos interesses. Nós continuamos inexoravelmente do lado da Honra e da Fidelidade, na nossa modesta obscuridade. Até à morte.
Agora, eventos desta ordem são o pão nosso das democracias, entre elas a que pontifica no rectângulo, sem que ninguém promova manifestações e os sábios governantes se vejam incomodados por gritos indignados que os impeçam de levar avante a insane tarefa de governar(-se). Escândalos análogos ocorrem e escorrem de todas as partes e são acompanhados com indulgência sorridente. E se alguém se choca é quando não surgem escândalos mencionados na imprensa e nas televisões, para entreter o público.
O 6 de Fevereiro de 1934 é assim, uma data quase esquecida; se aparece nas obras oficiais e politicamente correctas, é sob a forma de uma horrenda conspiração das forças reaccionárias para estrangular a inocente terceira república, conspiração muito bem reprimida, à custa de uns tantos mortos e centenas de feridos.
Por certo, houve reuniões, na maior parte informais e improvisadas de algumas Ligas, mas não resultou nenhum plano solidamente estruturado, sendo de sublinhar que a mais numerosa – os Croix de Feu – sempre manifestaram a sua moderação republicana e democrática e, no dia seis, não estiveram na Praça da Concórdia.
Robert Brasillach, fuzilado a 6 de Fevereiro de 1945, nunca esqueceu os que morreram frente ao parlamento dito francês.
Também nós, aqui, na nossa modéstia de vencidos, não olvidamos os caídos em 34 e, muito menos, a memória do autor de Les Sept Couleurs que, quando a sua condenação foi comentada por um assistente com as palavras “c`est une honte”, replicou, sereno, “C`est un honneur”.
Num dos seus mais interessante e comovente volumes – Notre Avant-Guerre –, Brasillach escreveu que não renega o 6 de Fevereiro de 1934. Todos os anos ia depor uma coroa de flores num túmulo de homenagem cada vez mais vazio porque os patriotas são por natureza esquecidos dos seus.
E, infelizmente, se se esquecem os caídos de 34, também tendem a esquecer a memória de Brasillach. Poucos somos os que se mantém fiéis à sua recordação. Perguntamos se não foi sadicamente intencional a coincidência dos dois seis de Fevereiro.
De qualquer forma na nossa recordação e no nosso espírito, Brasillach não desaparecerá. Outros continuarão com os seus festins, trocando soberanias pelos interesses. Nós continuamos inexoravelmente do lado da Honra e da Fidelidade, na nossa modesta obscuridade. Até à morte.
António José de Brito
2 comentários:
Pois. Eu estava a estranhar o Manlius e o Nonas não assinalarem o 6/2. Mas o Professor, sempre de pé no meio das ruínas, pontualmente levantou a nossa bandeira. Bem haja.
É sempre um enorme prazer ler os textos do nosso querido filósofo português António José de Brito.
Simão Salgado.
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