2.10.07

As desventuras fascistas do Dr. Júdice

Diz o meu amigo e camarada Walter Ventura - no postal anterior - que o Rodrigo Emílio tinha acertado ao dizer que o Dr. Júdice (Zé Miguel para os amigos e camaradas) "jamais poria os pés no nosso antro". Julgo que o Rodrigo quereria referir-se ao MAP pois o Dr. Júdice - defensor de Aristides de Sousa Mendes no concurso "Grandes Portugueses" - teve um devaneio militante e diletante pela Cooperativa Cidadela coimbrã onde faria editar, em 1972, na "Colecção Antologias Cidadela" - sob a sábia e sabedora direcção de Goulart Nogueira - este livro, de 268 páginas, sobre os pensamentos de José António Primo de Rivera e que lhe valeu uma estadia "reeducacional" de um mês em Caxias.
Felizmente, dirá o ex-bastonário da Ordem dos Advogados e militante laranjinha do PSD, pois entrou fascista e saiu democrata. É um verdadeiro case study para a reabilitação prisional portuguesa. Um sucesso único e ímpar!
Há, também, a não esquecer a polémica que teve com Rodrigo Emílio na revista "Política" sobre a "Proto-História da Guerra de Espanha", em finais de 1973 e inícios de 1974, onde levou uma grande, paciente e apostolada ensaboadela doutrinária do Rodrigo Emílio.

1 comentário:

Anónimo disse...

Reparem bem com quem o Júdice se associou no seu luxuoso gabinete de advocacia e compreenderão o porquê da defesa do vendedor de vistos.