Acabo de ler a extraordinária narração "Antártida, 1947 - La guerra que nunca existió", editada pelas Ediciones Nowtilus (Doña Juana I de Castilla 44, 3.ºC, 28027 Madrid - España, 2007), da autoria de Felipe Botaya, que ao longo das 366 páginas nos prende inteiramente a atenção. Recomendamos ao leitor que consulte a bibliografia para compreender que tem nas mãos uma obra séria embora na forma de novela histórica.
O livro trata essencialmente da conhecida Operação Highjump de 1947 comandada pelo contra-almirante norte-americano Richard E. Byrd cujo intuito real era, contrariamente ao que se afirma repetidamente, atacar e neutralizar o território alemão da Antártida, Neuschwabenland, descoberto e demarcado em 1938-39 pela expedição alemã Deustche Antarktische Expedition, antes do início da II Guerra Mundial, portanto.
A operação pretensamente científica veio a redundar num fracasso militar sem precedentes, fracasso que ficou conhecido como "a batalha dos pinguins".
Tudo começou com o episódio do submarino alemão U-2193 comandado pelo capitão Lippsmacher da Kriegsmarine, que no final de Agosto de 1945 solicitou a um barco pesqueiro argentino que o escoltasse até à base naval do Mar de la Plata.
Era o terceiro submarino alemão que aparecia em águas argentinas depois de terminado o conflito mundial, o que obviamente não podia deixar de intrigar seriamente o establishment norte-americano: como explicar que submarinos alemães saídos da Alemanha e da Noruega uma semana antes do fim da guerra aparecessem três meses depois ao largo da Argentina? De onde vinham, que rota seguiam e qual o seu destino? A Antártida?...
Meses mais tarde, a Marinha dos Estados Unidos recebeu do presidente Truman, do almirante Chester Nimitz e de James Forrestal, secretário de Estado da Defesa com plena autoridade sobre o Exército, Marinha e Força Aérea, a missão de preparar a invasão do território antártico alemão com um exército de 5.000 homens apoiados por aviões e navios de guerra, entre os quais o portaviões Philippines Sea e o submarino U-2193, o mesmo que se rendeu às autoridades argentinas. O comando e as operações militares foram confiadas ao conhecido explorador polar norte-americano Richard E. Byrd.
O U-2193, agora comandado pelo capitão americano de submarinos Patrick Malone, devia entrar na Base 211 alemã como uma manobra de diversão do planeado ataque aéreo, terrestre e naval. Era de supor que o efeito surpresa iria favorecer as tropas americanas…
Chegado à Base 211, o U-2193 comunica que leva feridos a bordo que deverá deixar numa base alemã da Antártida e é recebido por dois Ovnis. O submarino tenta forçar a passagem e tomar de assalto a fortaleza, mas é detido pelo contra-ataque alemão e a tripulação acaba por se entregar. O exército alemão neutraliza igualmente a invasão aérea e terrestre e um dos Ovnis captura o contra-almirante Byrd.
O general SS Hans Kammler informa o capitão Malone que a tripulação do submarino e ele próprio irão imediatamente para Santiago do Chile a bordo de um Ovni que deverá aterrar a cinco quilómetros da capital chilena. Aí chegados, fazem paragem a um camião que os leva à Embaixada americana. Regressados aos Estados Unidos, são interrogados pelos serviços especializados do Pentágono e devidamente “normalizados”, isto é, intimados a não revelarem o que se passou. O contra-almirante Byrd é internado num hospital psiquiátrico imediatamente depois de regressar aos Estados Unidos e o mesmo sucede ao secretário de Estado da Defesa, James Forrestal.
Ignora-se qual foi o fim de Byrd, mas sabe-se que Forrestal foi internado no tristemente célebre Hospital Bethesda de Maryland e que morreu dias depois. A versão oficial pretende que se suicidou, mas há razões para supor que foi suprimido deliberadamente.
O livro trata essencialmente da conhecida Operação Highjump de 1947 comandada pelo contra-almirante norte-americano Richard E. Byrd cujo intuito real era, contrariamente ao que se afirma repetidamente, atacar e neutralizar o território alemão da Antártida, Neuschwabenland, descoberto e demarcado em 1938-39 pela expedição alemã Deustche Antarktische Expedition, antes do início da II Guerra Mundial, portanto.
A operação pretensamente científica veio a redundar num fracasso militar sem precedentes, fracasso que ficou conhecido como "a batalha dos pinguins".
Tudo começou com o episódio do submarino alemão U-2193 comandado pelo capitão Lippsmacher da Kriegsmarine, que no final de Agosto de 1945 solicitou a um barco pesqueiro argentino que o escoltasse até à base naval do Mar de la Plata.
Era o terceiro submarino alemão que aparecia em águas argentinas depois de terminado o conflito mundial, o que obviamente não podia deixar de intrigar seriamente o establishment norte-americano: como explicar que submarinos alemães saídos da Alemanha e da Noruega uma semana antes do fim da guerra aparecessem três meses depois ao largo da Argentina? De onde vinham, que rota seguiam e qual o seu destino? A Antártida?...
Meses mais tarde, a Marinha dos Estados Unidos recebeu do presidente Truman, do almirante Chester Nimitz e de James Forrestal, secretário de Estado da Defesa com plena autoridade sobre o Exército, Marinha e Força Aérea, a missão de preparar a invasão do território antártico alemão com um exército de 5.000 homens apoiados por aviões e navios de guerra, entre os quais o portaviões Philippines Sea e o submarino U-2193, o mesmo que se rendeu às autoridades argentinas. O comando e as operações militares foram confiadas ao conhecido explorador polar norte-americano Richard E. Byrd.
O U-2193, agora comandado pelo capitão americano de submarinos Patrick Malone, devia entrar na Base 211 alemã como uma manobra de diversão do planeado ataque aéreo, terrestre e naval. Era de supor que o efeito surpresa iria favorecer as tropas americanas…
Chegado à Base 211, o U-2193 comunica que leva feridos a bordo que deverá deixar numa base alemã da Antártida e é recebido por dois Ovnis. O submarino tenta forçar a passagem e tomar de assalto a fortaleza, mas é detido pelo contra-ataque alemão e a tripulação acaba por se entregar. O exército alemão neutraliza igualmente a invasão aérea e terrestre e um dos Ovnis captura o contra-almirante Byrd.
O general SS Hans Kammler informa o capitão Malone que a tripulação do submarino e ele próprio irão imediatamente para Santiago do Chile a bordo de um Ovni que deverá aterrar a cinco quilómetros da capital chilena. Aí chegados, fazem paragem a um camião que os leva à Embaixada americana. Regressados aos Estados Unidos, são interrogados pelos serviços especializados do Pentágono e devidamente “normalizados”, isto é, intimados a não revelarem o que se passou. O contra-almirante Byrd é internado num hospital psiquiátrico imediatamente depois de regressar aos Estados Unidos e o mesmo sucede ao secretário de Estado da Defesa, James Forrestal.
Ignora-se qual foi o fim de Byrd, mas sabe-se que Forrestal foi internado no tristemente célebre Hospital Bethesda de Maryland e que morreu dias depois. A versão oficial pretende que se suicidou, mas há razões para supor que foi suprimido deliberadamente.
9 comentários:
Camarada Nonas
Excelente resumo.
Saudações Nacionalistas
Sempre tiveste um fraquinho por...ovnis!
Ó Nonas mas que raio de "estória" mais fantástica. dava um filme extraordinário. Infelizmente não acredito nem numa palavra.
Já agora os nazis ainda estão na Antártida?
Caro Incrédulo:
este livro e outros davam para filmes extraordinários e sucessos de bilheteira.
Se quiser fazer uma pesquisa séria sobre o tema comece por comprar e ler o livro e a partir daí consultar as fontes do mesmo.
Uma pesquisa pelo Google não ajudaria muito - porque muitas vezes entra-se no campo surreal - mas palavras-chave como UFO, Neuschwabenland, Byrd, U-Boat, Nazi secret polar expedition, Deustch Antarktisch Expedition ajudariam a encontrar algumas referências.
Pois é, Nonas, dê o flanco e depois queixe-se...
Já o Zundel (um indivíduo admirável sobre todos os pontos de vista, mas com a compreensível tendência de se agarrar a causas excessivamente perdidas), em tempos, teve a mania dos UFOs, a propósito desse singelo facto histórico que é a tentativa dos alemães, em 1939, de se apropriarem -- à semelhança do que faziam todas as nações -- de uma parte do continente polar. E o Daenhardt então, nem se fala...
A expedição americana do pós-guerra com o propósito de "showing the flag" é autêntica, mas 99% do material englobante não é mais verídico que a "Etoile Mysterieuse" do Hergé...
Dito isto, apresso-me a informar que não li o livro e portanto não me estou a pronunciar sobre o mesmo. Apenas o faço a propósito da mitologia circundante.
Caro Pedro Botelho,
Começo por desconhecer o que são causas excessivamente perdidas? Para mim, as causas perdidas são as mais difíceis e as mais nobres e fica-nos a consciência limpa como diz o Alfredo Pimenta.
Aceito que este assunto traz à luz da discussão temas como a Terra Oca, Energia Alternativa, Tecnologia avançada e outras que à vista do comum podem parecer "fantásticas" ou "delirantes".
A verdade é que aquele que não dedicar uns dias da sua vida a estas temáticas sem tirar as suas - as suas, não as de outros - conclusões ficando-se apenas pela rama ou pelo preconceito.
Relativamente a Rainer Daenhardt, conheço o 1.º volume da obra " Dos Açores à Antártida", editado em 1998 pelas Publicações Quipu. Curiosamente, soube que Rainer Daenhardt não iria publicar o 2.º volume - conforme o anuncia no livro - porque fora "desaconselhado" disso mesmo.
Se considera e sabe que a expedição (prefiro chamar-lhe invasão), norte-americana sucedeu o que o leva a concluir que 99% do que é dito é mentira?
Chama-lhe mitologia. Tenho as minhas dúvidas que seja apenas e só mito. Ou se quiser filosoficamente, onde há mito há rito...
Antártida: O segredo melhor guardado da Humanidade?
Velho e caro camarada e amigo.
Após leitura do teu excelente resumo fico a salivar pela leitura deste Antártida, 1947 que, como te disse, espero que muito em breve alguém tenha a boa ideia de publicar entre nós para não ter que o devorar em castelhano.
Um forte abraço
Um abraço.
Também gostava de ler o livro.
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