11.7.12

A história do Mein Kampf

«Mein Kampf de Adolf Hitler é sem sombra de dúvida um dos livros mais importantes e notáveis do século XX. Por diversas vezes se afirmou que este livro é a segunda obra mais lida em todo o mundo depois da Bíblia. Em Portugal, está presente nas estantes de muitas bibliotecas particulares ao lado dos Lusíadas de Luís de Camões como “literatura obrigatória”. Apesar de muitos intelectuais considerarem em geral de bom tom possuir obras fundamentais da literatura mundial, não é menos verdade que tais obras são pouco lidas e ainda menos estudadas. O mesmo acontece com Mein Kampf, talvez porque não foi até agora editada em Portugal uma tradução fidedigna do original. A presente edição pretende colmatar tal lacuna. No período do III Reich, Mein Kampf rompeu as fronteiras da Alemanha e foi traduzido para 16 idiomas, tendo atingido um total de mais de 13 milhões de exemplares.

1924-1926
Em 1924, quatro anos depois de ter transformado o Partido dos Trabalhadores Alemães, partido bávaro insignificante, em Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP), Hitler decidiu publicar em livro os fundamentos da doutrina nacional-socialista. Em 1 de Abril de 1924, Hitler era detido na fortaleza de Landsberg e condenado a 10 anos de prisão pelo malogrado putsch de Munique de 8 de Novembro do ano anterior. Com Hitler e outros dirigentes nacional-socialistas presos, os apoiantes dispersos e perseguidos e os poucos jornais proibidos, os inimigos do NSDAP acreditavam ter desferido um golpe mortal no movimento nacional-socialista. Sabemos, porém, que não foi assim. Em lugar de se resignar e abandonar a luta, Hitler decidiu transformar o revês numa vantagem aproveitando a inactividade forçada para escrever a história e esclarecer sobre os objectivos e os ideais do Movimento. Esforçou-se em manter coesos os dirigentes do Partido presos em Landsberg, usando de certa liberdade de movimentos que lhe for a permitida (considerava-se a tentativa do putsch uma acção nobre e patriótica). Os camaradas que consigo estavam presos verificavam que Hitler se retirava diariamente durante várias horas na companhia do seu camarada de luta e secretário particular, Rudolf Hess. Da sala do Führer chegava em tom calmo e compassado o som da sua voz que ditava. Ninguém sabia então que Hitler fazia o balanço do seu combate político e assentava com surpreendente clareza os fundamentos, o ideal e os objectivos do Movimento. Nascia então Mein Kampf, cujo primeiro título foi Quatro Anos e Meio de Luta contra a Mentira, a Estupidez e a Cobardia. Ajuste de Contas. A capa proposta para a primeira edição tinho sido já desenhada e representava o punho e a parte superior da lâmina de um gládio com a ponta virada para baixo dentro de um círculo com o interior ornamentado de forma mais ou menos abstracta. No topo, em caracteres góticos, lia-se o nome do autor, Adolf Hitler, e, imediatamente por baixo, o título do manuscrito. A data de lançamento do livro era incerta, já que parecia impossível de momento suportar os custos que tal lançamento implicava. Os problemas pareciam inultrapassáveis. No início de 1925 começaram a angariar-se fundos, acção que encontrou uma resposta surpreendente nos partidários e simpatizantes do Movimento. A 18 de Julho de 1925 apareceu a primeira edição e em 2 de Dezembro a segunda, num total de 18.000 exemplares. A primeira edição já se chamava Mein Kampf, eine Abrechnung (A minha luta, um ajuste de contas), subtítulo que figurou como título no primeiro tomo. A capa representava uma grande bandeira com a cruz suástica ondulando ao vento num campo de batalha. O título e o nome do autor figuravam mais abaixo. O segundo livro, que começou a ser escrito de igual modo durante a permanência em Landsberg, foi completado em 1926 no Obersalzberg (residência de Hitler nos Alpes bávaros) e apareceu a público em 11 de Dezembro do mesmo ano com o título Mein Kampf, die nationalsozialistische Bewegung (A minha luta, o movimento nacional-socialista). A primeira edição do segundo tomo completava uma obra em dois tomos, que mais tarde passou a um volume único dividido em duas partes.

1927-1933
Os exemplares vendidos reflectem os difíceis anos de luta que se seguiram. Lenta mas paulatinamente, o número foi subindo até atingir no final de 1929 uns 23.000 exemplares do primeiro tomo e 13.000 do segundo. Em 1930 é finalmente editada uma edição popular (Volksausgabe), que permitiu levar o livro a todas as camadas sociais. O preço da obra total foi estabelecido em 8 Reichsmark; até então, tinha custado 24. Graças à nova apresentação e preço, o número de exemplares vendidos subiu de modo galopante. No final de 1930 tinham sido vendidos cerca de 62.000 novos exemplares e, em 1931, mais 50.000. O ano decisivo na luta pelo poder, 1932, elevou as vendas a um total de 215.000 exemplares.

1933-1939
A nomeação de Hitler em 30 de Janeiro de 1933 como Chanceler do Reich dinamizou enormemente as vendas do livro. Em poucos semanas venderam-se mais exemplares que em todos os anos precedentes, atingindo o número de um milhão em Outubro desse ano. Nos anos seguintes, a obra foi-se afirmando como verdadeira instituição, já que passou a ser definitivamente considerada o fundamento e a razão profunda da Weltanschauung nacional-socialista. Em meados de 1938, o total das edições somava já 4 milhões de exemplares. Entretanto, instituíu-se o costume em várias câmaras municipais de oferecer aos recém-casados como prenda de casamento um exemplar de Mein Kampf de encadernação particularmente cuidada e esteticamente agradável. Até fins de 1938 outras 20.000 câmaras, entre as quais as de Munique (cidade capital do Movimento), Aachen, Magdeburg, Stuttgart, Hallez, Hannover, etc., adoptaram o mesmo uso. A par das extraordinárias transformações políticas, sociais e económicas empreendidas e levadas a cabo pelo NSDAP, cresceu também o interesse do estrangeiro pelo Nacional-Socialismo e pela personalidade do seu chefe. Entre as primeiras editoras estrangeiras a interessarem-se pela obra, conta-se a Houghton, Mifflin & Co., de Boston e Nova-Iorque, que em 11 de Outubro de 1933 lançou no mercado My Battle, condensado e traduzido por E. T. S. Dugdale, ao preço de 3 dólares. Seguir-se-ia outra mais tarde por 2,5 dólares. Quase em simultâneo com a edição norte-americana, mais propriamente dois dias depois, Hurst & Blackett, Ltd., de Londres, editou uma tradução inglesa, My Struggle. Mais tarde, no advento da II Guerra Mundial, saiu uma edição popular cujo número de exemplares ultrapassou 50.000. No início de 1934 foram editadas as versões dinamarquesa e norueguesa, Min Kamp, por H. Hagerups Forlag, de Copenhague e Cammermeyers Boghandel, de Oslo. As traduções para estes idiomas, cujas edições conseguiriam igualmente uma tiragem respeitável a todos os títulos, foi feita pela professora Dra. Clara Hammerich. A edição sueca, Uppgorelse, ficou a cargo de Holger SchEldt Forlag, de Estocolmo, e teve dois tradutores: Andres Quiding no primeiro tomo e N. P. Sigvard Lind no segundo. Por razões óbvias, a Itália levou a cabo a tradução da obra-estandarte do movimento nacional socialista. Em Março de 1934, a editora Bompiani, de Milão, lançava no mercado o segundo tomo com o título La Mia Battaglia. Essa edição inclui algumas considerações do editor italiano, uma biografia do Führer e um prefácio que Adolf Hitler escreveu expressamente para tal edição. O primeiro tomo saíu em 1938 igualmente através da editora Bompiani, com o título La Mia Vita. Na Espanha nacionalista, Mein Kampf conheceu também uma vasta divulgação. A primeira edição espanhola, Mi Lucha, saiu em 1935, em Barcelona, sob a responsabilidade da editora Ramón de S. N. Araluce, a que se seguiu outra publicada em Avila. Também esta última contém um prefácio especial em que Hitler, Mussolini e Franco são descritos como os chefes políticos da nova Europa. Destinado a Portugal e ao Brasil, a Livraria do Globo, Porto Alegre, editou A Minha Luta, traduzido pelo major J. de Matos Ibiapina, professor de língua alemã na Escola Militar do Rio de Janeiro. Em 1935 foi editada em Budapeste uma versão húngara, Harcom, prefaciada pelo Dr. Istvan von Szakats. Em 1934, o jornal O Mundo Árabe, de Bagdad, editou a obra em árabe e por capítulos. Chegou a ser publicada ilegalmente nos Estados Unidos uma versão russa com o título Moja Borba. Em 1936 apareceu Muj Boj na Checoeslováquia, e em Nanquin era editada no mesmo ano a primeira versão chinesa. Relativamente às edições estrangeiras autorizadas pelo NSDAP, algumas foram publicadas ilegalmente. Além da já referida versão russa publicada nos Estados Unidos, apareceu em 1934 a versão francesa Mon Combat a cargo de Nouvelles Editions Latines, que, segundo a opinião do escritor e historiador francês Jean Daluces, é a que em língua francesa mais fielmente corresponde ao original. Mais tarde, apareceu uma outra na mesma língua com o título Ma Doctrine. Segundo o viajante alemão Bittrich, existia num bazar persa uma versão iraniana de Mein Kampf editada por um persa anónimo e por sua própria conta que ele próprio viu exposta. Na segunda metade de 1938 foi publicada na Alemanha a história de Mein Kampf numa pequena brochura de 17 páginas intitulada Das Buch der Deutschen, Ausslage 4 Millionen (O livro dos alemães, tiragem 4 milhões) que contém representações das capas de edições já publicadas. Em 1939, por ocasião do cinquentenário do Führer, foi publicada uma edição especial encadernada em couro azul escuro e gravada a ouro com um gládio na capa e uma suástica em forma de roda solar na contracapa. Nessa edição foi incluído um anexo especial com alguns dos cartazes mais significativos do Partido desde a data da sua fundação. Existia ainda uma edição especial cuja venda não era autorizada ao público destinada exclusivamente a chefes de Estado de outras nações. Era oferecida aos representantes de governos estrangeiros por ocasião de encontros oficiais ou a altas personalidades se existia alguma afinidade especial. De encadernação luxuosa em couro natural castanho-dourado, de grande formato, teve uma tiragem inferior a dez exemplares. É pouco provável que Oliveira Salazar ou o marechal Carmona tenham recebido um exemplar desta versão, embora se saiba que a obra foi de facto oferecida ao primeiro em 1935 (?) por intermédio do Grémio Luso-Alemão.

1939-1945
Durante a guerra, a tiragem continuou a subir sem cessar, atingindo 10 milhões de exemplares em 1942-1943. As edições de 1944 fizeram elevar o número bastante mais e é lícito supor que tenham sido editados vários milhões mais de exemplares até Maio de 1945, fim da II Guerra Mundial.

1945-1996
Depois da guerra, os direitos de autor de Hitler passaram para o Estado bávaro, e não para Paula Hitler, único familiar vivo até 1960. Ainda hoje, é o Estado bávaro que decide e autoriza novas edições na Alemanha e no mundo; pelo menos teoricamente, dado que tem sido sistematicamente proibida toda e qualquer reedição. Razões económicas ou ideológicas, porém, têm levado muitos editores, em especial os que na devida altura receberam autorização do NSDAP, a ignorar tal proibição. Nos anos imediatamente posteriores ao conflito bélico, o livro continuou a ser vendido nos países que permaneceram neutrais durante a guerra. Entretanto, em Março de 1951 foram feitas novas edições em alemão, inglês e espanhol. Todas as edições alemãs do pós-guerra foram e continuam a ser feitas no estrangeiro e introduzidas ilegalmente em território alemão; desde os anos 70, é dos Estados Unidos e da Dinamarca que provém o maior fluxo. Em 1952 apareceu uma edição no Líbano. Em 1961 foi publicada uma versão grega pela editora Zarbanos de Atenas e uma japonesa publicada em Nagoya, Japão. Em 1962 seguiu-se nova edição norte-americana da Sentinel Books de Boston e uma brasileira publicada pela Mestre Jou Edições, de São Paulo. No mesmo ano, as edições Diana do México publicaram uma outra versão, depois da lztaccihuatl ter editado uma anteriormente no mesmo país. As edições sucederam-se um pouco em todos os países do mundo com particular incidência nos países anglófonos. Em 1967, o volume de vendas despertou o interesse do governo dos Estados Unidos, que pretendeu arrecadar os lucros das vendas que haviam sido congelados depois da guerra e que ascendiam a vários milhões. O número permite fazer uma ideia — ainda que vaga — dos exemplares que foram postos a circular depois da guerra. Uma fonte menciona que mais de 80.000 exemplares foram vendidos só nos EUA entre 1943 e 1973. No final de 1976 a obra fui publicada em Portugal pelas Edições Afrodite e em 1987 foi posta à venda uma outra da editorial brasileira Pensamento. Ambas tomaram como base a versão brasileira da Livraria do Globo, cuja tradução apresenta infelizmente certas divergências e inexactidões, e são praticamente cópias daquela. Em 1991 apareceu uma nova edição russa com êxito notável na ainda existente União Soviética. Entre as edições mais recentes contam-se também uma polaca (Moja Walka) e até uma hebraica, depois que se publicaram em Israel as partes alusivas à questão judaica. Finalmente, foi feita uma edição em castelhano no Chile pelo escritor e filósofo, ex-embaixador na Áustria, Jugoslávia e Índia, Miguel Serrano, distribuída profusamente em toda a Espanha. Nos casos em que obteve informações sobre edições pós-1945, a Baviera tentou impedir a produção e distribuição da obra, mas o sucesso foi praticamente nulo uma vez que existem leis muito distintas sobre a matéria e a dificuldade de fazer vigorar as leis do governo alemão fora de fronteiras. Há alguns anos, a organização espanhola Cedade lançou uma edição facsimile, idêntica ao original em todos os detalhes, inclusive na encadernação, que se ocupou também da sua venda e distribuição. Seguiu-se uma notificação do consulado alemão de Barcelona a recordar a proibição existente sobre a obra. Em cerca de uma dúzia de casos, a Baviera interveio e fez apreender os exemplares. Em 1995, os conflitos jurídicos encetados pelo governo bávaro assumiram outras proporções políticas. Desta vez, tratou-se de uma edição sueca. A apreensão dos exemplares originou um violento protesto do Grémio Literário Sueco que viu ameaçada a liberdade de imprensa e o “debate livre” ao subtrair-se à avaliação “um documento histórico que foi decisivo na nossa história europeia”. Por seu lado, uma parte da imprensa invocou liberdade de expressão e classificou as pretensões bávaras como “pura sujeira burocrática”, comentando que “…é como se o Egipto viesse reivindicar os direitos de autor dos livros de Moisés”. O Expressen, jornal de grande difusão, questionou: “É a Alemanha quem manda?”. Em Março de 1995, a questão foi levada a tribunal, mas desconhece-se o desenlace. Na Alemanha, a obra de Adolf Hitler, Mein Kampf, é um dos muitos títulos da literatura nacional-socialista considerados tabu pelo governo democrático. Nenhum dos institutos estatais, mesmo os mais insuspeitos, como o Instituto de História Contemporânea de Munique, foi autorizado a incluir um exemplar da obra nas suas edições críticas. O resultado é um enorme mercado negro em que concorrem impressoras clandestinas, alfarrabistas especializados, empresas de venda por correspondência, etc., que especulam e fazem subir os preços. Hoje em dia, os Estados Unidos e a Dinamarca lideram os países produtores de versões alemãs. Em 1989, a título de comemoração do centenário do nascimento do Führer, foi publicada na Dinamarca uma edição em tecido encarnado com o título e a águia com suástica gravados a ouro. Um dos historiadores oficiais alemães, Eberhard Jackel, da Universidade de Stuttgart, admitindo que a aquisição de Mein Kampf não constitui problema de maior, lamenta o facto do Estado praticar tal censura e defende uma edição “crítica” da obra, que “…põe à luz o carácter criminoso de Hitler de forma mais convincente que muitos comentários”, acrescenta. Compreendemos que um historiador que não quer correr o risco de se ver incluído entre os dissidentes se sinta na obrigação de usar tal argumentação, mas deixamos a cargo do leitor a avaliação da obra que agora lhe apresentamos.» 

In Mein Kampf - A Minha Luta, Hugin Editores, 1998, págs. 553 a 561.

11 comentários:

Anónimo disse...

Pormenorizada e excelente análise crítica sobre as várias edições de Mein Kampf. Gostei imenso de ler. Também tenho uma não muito antiga, infelizmente é a única. Bem gostaria de possuir algumas destas antigas edições de que o texto fala.
Por mim agradeço-lhe a transcrição deste texto.
Maria

Anónimo disse...

Estou quase a adquirir a edição da Editora Afrodite, mas depois de ler o seu texto fiquei com um pé atrás. Entretanto também surgiu esta:

http://images02.olx.pt/ui/15/79/73/1319981290_269817673_1-A-minha-Luta-Mein-Kampt-Alcantara-Mar.jpg

Edições Berlim??? Nunca ouvi tal coisa, por favor responda que é muito importante para mim adquirir esta obra em português.

l88@sapo.pt

nonas disse...

Não conheço essa edição das "Edições Berlim" que julgo tratar-se de mais uma edição "pirateada". Em todo o caso, arriscar não custa.

Anónimo disse...

Aconselha alguma edição portuguesa para poder este livro?
Ou nenhuma delas é suficientemente "Boa"?

nonas disse...

Sim, a edição raríssima da Hugin Editores!

Anónimo disse...

Destinado a Portugal e ao Brasil, a Livraria do Globo, Porto Alegre, editou A Minha Luta, traduzido pelo major J. de Matos Ibiapina, professor de língua alemã na Escola Militar do Rio de Janeiro.

Tenho um exemplar desta edição. alguem interessado?

Anónimo disse...

Olá, tenho uma edição deste livro de 1934, mas quando comparo a capa com os livros cadastrados no site na estande virtual, ela não bate.

Posso dizer que é um livro de capa dura da editora globo de 1934 edição nº 561.

Segue a foto:
http://pt-br.tinypic.com/view.php?pic=9pufk8&s=8#.VEk0gfnF-N0

Alguma ideia do porque da capa diferenciada?

Grato.

nonas disse...

Desconheço em absoluto essa capa mas também não sou especialista no caso.

Anónimo disse...

Sabe onde se pode comprar essa edição da Hugin Editores ou é algo que apenas se adquire tendo muita sorte? Outra coisa, aconselha comprar o livro da Editora Afrodite?

nonas disse...

Julgo que a edição da Hugin e da Afrodite só em alfarrabistas ou nos sítios de venda na internet.

nonas disse...

Julgo que a edição da Hugin e da Afrodite só em alfarrabistas ou nos sítios de venda na internet.