«... O meu conceito de Democracia e a minha repugnância por este sistema absurdo de orgânica política, obrigam-me, por coerência mental e compreensão histórica, a desejar que o meu País não se deixe seduzir pelas fantasmagorias transparentemente interesseiras dos srs. Jorge Botelho Moniz e Marcelo Caetano, arautos da renovação democrática e da reconciliação na Democracia, e tenha sempre presentes os conceitos fundamentais expostos pelo sr. Presidente do Conselho no seu já famoso discurso de 7 de Janeiro deste ano, no Palácio da Bolsa, no Porto.»(1)
«... A Democracia não é o que este ou aquele inventam: é o que é: regime de opinião, regime de partidos, regime de guerra civil. Os Povos querem ideias claras, e não artifícios nebulosos: ou a Democracia, ou a Autoridade. Na hora trágica, pela dor, pelo sangue e pelas ruínas que estamos a atravessar, tomei posição: sou pela Autoridade que represente a tradição histórica dos Povos, contra a Democracia que conduz à sua dissolução; sou pela Ordem que consolida, fortalece e prestigia as Nações, contra a Desordem que as corrompe, anemia e pulveriza.»(2)
«... a consequência lógica dos regimes democráticos, dos regimes de opinião é a complicação, a barafunda, o ninguém se entende, o sarilho, o caos.»(3)
«... Dêem-lhe as voltas que quiserem; cubram-na com o manto que entenderem; escondam-na sob as máscaras que lhes apetecer; mergulhem-na em pias de água benta, ou lambuzem-na de excrescências de esgotos — a Democracia foi a praga que caiu sobre o mundo trazida no coração do Anti-Cristo, e é a lepra que está a corroer o mundo.
Oiço falar muitas vezes, com susto e arrepio, no Totalitarismo, em regimes totalitários, a pessoas a quem não repugna a Democracia.
Santo Deus! Mas onde está, onde se esconde, onde vive, Totalitarismo mais completo do que a Democracia?
A Lei é igual para todos? Totalitarismo.
Sufrágio universal? Totalitarismo.
Instrução universal obrigatória? Totalitarismo.
Toda a nação em armas? Totalitarismo.
O Governo do Povo pelo Povo? Totalitarismo.
Liberdade de consciência? Totalitarismo.
Direitos do Homem? Totalitarismo.
Paz universal? Totalitarismo.
Igualdade? Totalitarismo.
Que há de mais totalitário que a Democracia?»(4)
«... A Democracia não é o que este ou aquele inventam: é o que é: regime de opinião, regime de partidos, regime de guerra civil. Os Povos querem ideias claras, e não artifícios nebulosos: ou a Democracia, ou a Autoridade. Na hora trágica, pela dor, pelo sangue e pelas ruínas que estamos a atravessar, tomei posição: sou pela Autoridade que represente a tradição histórica dos Povos, contra a Democracia que conduz à sua dissolução; sou pela Ordem que consolida, fortalece e prestigia as Nações, contra a Desordem que as corrompe, anemia e pulveriza.»(2)
«... a consequência lógica dos regimes democráticos, dos regimes de opinião é a complicação, a barafunda, o ninguém se entende, o sarilho, o caos.»(3)
«... Dêem-lhe as voltas que quiserem; cubram-na com o manto que entenderem; escondam-na sob as máscaras que lhes apetecer; mergulhem-na em pias de água benta, ou lambuzem-na de excrescências de esgotos — a Democracia foi a praga que caiu sobre o mundo trazida no coração do Anti-Cristo, e é a lepra que está a corroer o mundo.
Oiço falar muitas vezes, com susto e arrepio, no Totalitarismo, em regimes totalitários, a pessoas a quem não repugna a Democracia.
Santo Deus! Mas onde está, onde se esconde, onde vive, Totalitarismo mais completo do que a Democracia?
A Lei é igual para todos? Totalitarismo.
Sufrágio universal? Totalitarismo.
Instrução universal obrigatória? Totalitarismo.
Toda a nação em armas? Totalitarismo.
O Governo do Povo pelo Povo? Totalitarismo.
Liberdade de consciência? Totalitarismo.
Direitos do Homem? Totalitarismo.
Paz universal? Totalitarismo.
Igualdade? Totalitarismo.
Que há de mais totalitário que a Democracia?»(4)
Notas:
(1) - In Contra a Democracia, pp. 6/7, Amigos do Agora!, 1949.
(2) - In A Velha Democracia Nova, in «Esfera», n.º 112, p. 8. 1945.
(3) - In Num Beco Sem Saída, in «A Época», n.º 2435, p. 1, 25.05.1926.
(4) - In As Lições dos Factos, in «A Voz», n.º 5180, p. 1, 04.08.1941.
(2) - In A Velha Democracia Nova, in «Esfera», n.º 112, p. 8. 1945.
(3) - In Num Beco Sem Saída, in «A Época», n.º 2435, p. 1, 25.05.1926.
(4) - In As Lições dos Factos, in «A Voz», n.º 5180, p. 1, 04.08.1941.
1 comentário:
Mais umas quantas palavras cheias de brilhantismo e de verdade e particularmente de impressionante actualidade. É como se A.P. estivesse a escrever sobre os gravíssimos problemas que as "democracias" atravessam nos dias que correm, com predominância para a portuguesa. Podemos comprová-lo à exaustão portas adentro desde há 36 anos - dia a dia, hora a hora, minuto a minuto.
Os meus parabéns uma vez mais.
Maria
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