23.2.13

Günter Deckert e Sylvia Stolz

Esta foto, tirada em 2 de Janeiro deste ano, mostra o ex-professor Günter Deckert a entrar de novo na prisão que orwelianamente se chama (conforme mostra o cartaz) "Instituição de execução de Justiça da cidade de Mannheim". Tendo sido condenado a 5 anos e meio de prisão por ter traduzido do inglês para a língua alemã o relatório científico escrito pelo técnico americano de construção de câmaras de gás, Leuchter, e cumprido a sentença na íntegra, acabou por ser agora de novo condenado por ter traduzido outro trabalho, desta vez de um técnico italiano, para a língua alemã. Desta vez para 6 meses de prisão que começou a cumprir instantes depois desta foto (e está a cumprir neste momento). Falta mencionar que foi expulso do ensino na RFA com anulação de direito a pensão por ter feito a tradução acima mencionada. Deckert está a despedir-se de uma senhora frente à prisão alemã.
Esta senhora é a ex-advogada, Sylvia Stolz. Ela era uma simples advogada que recebeu uma obrigação de uma defesa oficiosa de Ernst Zündel, um alemão residente no Canada onde deu conferências e publicou artigos pondo em causa a versão oficial acerca das câmaras de gás. Zündel foi sistematicamente perseguido pela "Anti-Defamation-League" judaica americana, mas ilibado no Canadá. Descontentes com este resultado mandaram-lhe uma bomba pelo correio que explodiu no exame levado à efeito pela polícia e incendiaram-lhe a casa que ardeu na sua totalidade. Refugiou-se nos USA onde acabou por ser preso e expulso para a RFA. Tendo chegado à RFA foi de novo acusado e julgado.
Deram-lhe esta senhora como advogada oficiosa. Ela meteu-se a fundo na questão das acusações que lhe fizeram e viu que tinham pernas de barro, pura prepotência estatal. Defendeu o seu constituinte apresentando todos os erros no processo e todas as faltas de provas nas acusações. Foi então presa na própria sala do julgamento e imediatamente metida na prisão por ter defendido seu constituinte demais. Foi acusada de não se ter distanciado o suficiente do ponto de vista intolerável do réu. Foi condenada a três anos e meio de prisão que cumpriu na íntegra. Quando saiu da prisão recebeu nova sentença, desta vez da expulsão da Ordem dos Advogados, não podendo exercer mais a sua profissão.
Dias depois foi à prisão de Mannheim para dar um aperto de mão de despedida solidária a Gunter Deckert, quando este teve de entrar de novo na prisão. Esta foto tanto demonstra a prepotência estatal baseada na manutenção de uma mentira como a inquebrável atitude dos defensores da verdade na Alemanha que se sujeitam a tudo, mas não arredam um milímetro da prioridade da verdade sobre a mentira!

2 comentários:

Anónimo disse...

Isto é inacreditável em pleno séc. XXI. Estas repressões equiparam-se ao estalinismo nos seus piores tempos. O que se está a passar nestes países é tirania elevada à máxima potência.
Maria

Carlos F. Menz disse...

Mas que 'democracia' de merda é essa que prende até os defensores de dissidentes???!!! Chegará um tempo --como afirmou alguém-- que faltarão postes para enforcar os culpados pela degradação moral e ética da humanidade. Oxalá!