«Os jovens intelectuais “não conformistas” dos anos trinta quiseram reagir contra o esgotamento conceptual e político da Action Française. (…) Apesar de agumas fórmulas retumbantes e das boas intenções, os “não conformistas” nunca foram capazes de se libertar de um misto de “porreirismo” de reminiscências maurrasianas e das vagas tentações de índole fascista. Tudo afogado na lamechice de um personalismo cristão que discursava até à exaustão sobre o Homem, essa abstracção insípida que o próprio Joseph de Maistre nunca tinha encontrado. Mais uma vez, as fraquezas conceptuais eram no entanto compensadas pelo talento de escritores excepcionais, León Daudet, Jacques Bainville, Paul Morand, Abel Bonnard, Céline, Drieu La Rochelle, Benoist-Méchin, Rebatet ou Brasillach.
Após 1945, as fraquezas do pensamento de direita foram ainda agravadas por duas depurações seguidas de uma persistente ostracização. O primeiro acto foi representado em 1944/1945, sob a égide do general De Gaulle, que enviou para o cadafalso e para a prisão uma plêiade de intelectuais, jornalistas, escritores e universitários de direita. A operação recomeçou a partir de 1960, no fim da guerra da Argélia, com menos ferocidade, mas sempre por iniciativa do mesmo personagem. Os beneficiários dela foram as diversas correntes do pensamento marxista. Depois disso passou a não ser admitido no debate público senão quem não incomodava.»
Após 1945, as fraquezas do pensamento de direita foram ainda agravadas por duas depurações seguidas de uma persistente ostracização. O primeiro acto foi representado em 1944/1945, sob a égide do general De Gaulle, que enviou para o cadafalso e para a prisão uma plêiade de intelectuais, jornalistas, escritores e universitários de direita. A operação recomeçou a partir de 1960, no fim da guerra da Argélia, com menos ferocidade, mas sempre por iniciativa do mesmo personagem. Os beneficiários dela foram as diversas correntes do pensamento marxista. Depois disso passou a não ser admitido no debate público senão quem não incomodava.»
In Dominique Venner, O Século de 1914 – Utopias, Guerras e Revoluções na Europa do Século XX, Civilização Editora, 2009, págs. 441/442.
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