Macau, eu conheci-a
Numa mesa redonda,
Juntando o Oriente ao Ocidente
Lidavam, par a par, em cada dia;
Ambas afeitas à onda
Fecunda e activa do presente.
Cansou a História
De as ver entrelaçar raízes
E sem ignorar-lhe um passado de glória
Sonhou-lhes futuros mais felizes.
Afastaram-se os dois da mesa.
O Ocidente, a chorar, disse adeus à cidade.
Levava uma bandeira portuguesa
Junto ao peito, a escutar o pulsar da saudade.
António Manuel Couto Viana
In O Poeta no Oriente do Oriente, pág. 42, 2008.
1 comentário:
Excelente texto.
Macau é uma terra maravilhosa.
Helder Fráguas
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