Após duas projectadas e falhadas edições em Portugal no decénio passado, veio a lume este extraordinário “Salazar e a Revolução em Portugal”, sob a chancela da Esfera do Caos, de Mircea Eliade, reconhecido militante da Guarda de Ferro, referência maior da História das Religiões, romancista, novelista e adido cultural da Embaixada romena em Lisboa entre 1941-1945, tendo escrito durante essa permanência o Diário Português editado pela Guerra e Paz Editores, em 2008.
O livro é uma resenha histórica e documentada desde o regicídio até 1940 e de leitura obrigatória para todos – especialmente para os mais novos – já que percorre historicamente os primeiros quatro decénios da História de Portugal do séc. XX. Lamentáveis são as páginas de Apresentação e do Estudo Introdutório.
Logo, no primeiro parágrafo desta edição, o professor universitário nas universidades de Amesterdão e de Bucareste, Sorin Alexandrescu, escreve isto: «Para Lisboa é nomeado pelo marechal Antonescu, que tinha destronado o rei em Setembro de 1940 e esmagado, em Janeiro de 1941, uma revolta armada da Legião de Ferro, os nacionalistas de extrema-direita, admiradores de Hitler». Sorin Alexandrescu, Apresentação, p.9.
Não sabe o autor destas linhas que a Legião de Ferro nunca existiu! O que existiu foi a Legião do Arcanjo S. Miguel, criada a 24 de Junho de 1927, e a Guarda de Ferro, braço político-militar da Legião, criada a 20 de Abril de 1930.
«Deve-se também mencionar a distinção clara entre o Governo autoritário de Salazar e o partido extremista de direita, Os Camisas Azuis, chefiado por Rolão Preto…», p. 15.
Senhor Professor Alexandrescu nunca houve um partido chamado Os Camisas Azuis.
O que houve foi o Movimento Nacional-Sindicalista que usavam como uniforme a camisa azul. Aliás, Rolão Preto definia, no opúsculo “Nacional Sindicalismo” como “movimento nacional dos trabalhadores portugueses”.
O livro é uma resenha histórica e documentada desde o regicídio até 1940 e de leitura obrigatória para todos – especialmente para os mais novos – já que percorre historicamente os primeiros quatro decénios da História de Portugal do séc. XX. Lamentáveis são as páginas de Apresentação e do Estudo Introdutório.
Logo, no primeiro parágrafo desta edição, o professor universitário nas universidades de Amesterdão e de Bucareste, Sorin Alexandrescu, escreve isto: «Para Lisboa é nomeado pelo marechal Antonescu, que tinha destronado o rei em Setembro de 1940 e esmagado, em Janeiro de 1941, uma revolta armada da Legião de Ferro, os nacionalistas de extrema-direita, admiradores de Hitler». Sorin Alexandrescu, Apresentação, p.9.
Não sabe o autor destas linhas que a Legião de Ferro nunca existiu! O que existiu foi a Legião do Arcanjo S. Miguel, criada a 24 de Junho de 1927, e a Guarda de Ferro, braço político-militar da Legião, criada a 20 de Abril de 1930.
«Deve-se também mencionar a distinção clara entre o Governo autoritário de Salazar e o partido extremista de direita, Os Camisas Azuis, chefiado por Rolão Preto…», p. 15.
Senhor Professor Alexandrescu nunca houve um partido chamado Os Camisas Azuis.
O que houve foi o Movimento Nacional-Sindicalista que usavam como uniforme a camisa azul. Aliás, Rolão Preto definia, no opúsculo “Nacional Sindicalismo” como “movimento nacional dos trabalhadores portugueses”.
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3 comentários:
Caríssimo:
Ainda bem que temos o Amigo para corrigir erros e inexactidões!
Forte abraço.
Embora com algumas falhas, continuo a consultar a Wikipedia e foi lá que li isto: "Camisas Azuis foi a designação dada aos militantes do Movimento Nacional Sindicalista em Portugal no período de 1932 a 1934, que utilizavam um uniforme composto por uma camisa azul e calças ou calções condizentes."
Já está operacional...
Afinal não há nada de proibitivo nos comentários:-)
Quanto ao livro, tenho que imperiosamente adquiri-lo.
Maria
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