No próximo Sábado, dia 15, vai ser apresentado no Salão Nobre da SHIP, - Largo de São Domingos, 11, Lisboa - às 17h, pelo Sr. Ten.-Coronel Brandão Ferreira, o livro memorialístico da autoria de Rogéria Gillemans que "narra a vida de uma família de Luanda, que desde os anos quarenta até Outubro de 1975", e que é uma declaração de amor pela ex-província ultramarina de Angola, recordando e descrevendo vivências que fizeram História.
É, também, um real e violento testemunho denunciador dos acontecimentos que culminaram na trágica, vil e traidora "descolonização exemplar" ou "descolonização possível" que vitimou Portugal a 25 de Abril de 1974 às ordens do Club Bilderberg.
O livro, de 168 páginas, tem no seu apêndice uma lista dos traidores bem como dezenas de fotografias a cores e a preto/branco.
É, também, um real e violento testemunho denunciador dos acontecimentos que culminaram na trágica, vil e traidora "descolonização exemplar" ou "descolonização possível" que vitimou Portugal a 25 de Abril de 1974 às ordens do Club Bilderberg.
O livro, de 168 páginas, tem no seu apêndice uma lista dos traidores bem como dezenas de fotografias a cores e a preto/branco.
6 comentários:
Bonita fotografia, vou comprar este livro,
Sou um mais dos chamados retornados de África, as legendas prometem.
Efectivamente, quem por África viveu, não deixa de recordar estas imagens, pois não havia nem "nascer do sol" nem "pôr do sol" como os de África,(já estive no Nordeste Brasileiro e embora aquela zona seja parecida com África , não se compara aos seus pores do sol) e muito em particular, os de Moçambique,pois lembro-me de esperarmos pelo entardecer e vermos aquela bola vermelha desaparecer no horizonte, com todos os sons inerentes ao terminar do dia, e ao começar da noite, sons que jamais sairão das nossas memórias, pois apreciámo-las em criança e nunca sairão dos nosos pensamentos e das nossas almas.
Fui viver para a Beira em 1950, altura em que Salazar negocio com os ingleses a passagem dos Caminhos de Ferro para Portugal,e o meu pai foi para l´
a como director do CFM e tive o privilégio de viver a África primitiva, tal como sempre foi durante seculos e ver o desenvolvimento que toda aquela zona sofreu, debaixo da administrçáo de Portugal.
Na Beira, o novo Aeroporto Internacional era lindíssimo, para não falar no prédio dos Caminhso de Ferro, com os seus repuchos, escritórios, restaurantes e tudo o mais. e no seu desenvolvimento que pulsava por todo o lado, desde a construção de novas estradas, pontes, Fábricas de Cana de Açúcar, produção do algodão, citrinos, castanha de cajú,e marisco que era numa abundancia extraordinária, e demais produtos que a partir do porto da Beira eram exportados para todo o mundo.
Sim obterei este livro que mais uma vez nos vai recordar e ferir a nossa alma e os nossos sentimentos.
Esquecí-me do principal, a árore que se vê é um "embondeiro", não sei se assim era conhecida em Angola também e muitas vezes, em miúdo, com 15 , 16 anos trepei estas árvores, bem largas e difíceis, para apanhar, filhotes de piriquitos africanos, que procuravam este tipo de´´arvore para nidificar. Claro, sempre acompanhado de rapzes negros que me ajudavam a mim e a outros como eu da minha idade que nos atrevímos a andar no mato sem nunca, mas nunca termos medo das populações locais, pelo contrário, eram os primeiros a virem-nos chamar para irmos á caça..........
Na zona da Beira com na linha de Mutarara, até Tete, a tribo que predominava era a xi-sena, muito amiga dos portugueses, pois sempre viram em nós uma grande diferença dos ingleses...que quando por ali dominaram metiam-se nos seus clubs e nãs tinham o mínimo contacto com as populações locais.
Bons tempos, que nunca mais voltarão, mas é bom recordar, pois recordar é viver......
.
O meu pai esteve no lançamento deste livro, apresentado pelo ten-coronel Brandão Ferreira, que segundo o meu pai durante a apresentação teve a voz entrecortada pela emoção e fez referência a esse facto,de que ao ler o livro emocionou-se várias vezes, o meu pai comprou dois livros no dia da apresentação já o leu, eu que me lembre nunca vi o meu pai com lágrimas nos olhos, o meu pai ao ler este livro tinha lágrimas nos olhos, o livro é muito forte, é uma acusação séria, real e uma vida emotiva denunciada pela traição.
Segundo ainda a sua autora da qual o meu pai faz grande publicidade aqui em casa a toda as pessoas de família ou amigos, não se cansa de falar da senhora (pela sua classe e figura, foi aplaudida durante muito tempo pela sua intervenção na apresentação do seu livro, fiquei com muita pena de não poder estar presente, foi tocado o Hino Angola é Nossa e um Hino a um corpo do exército português, segundo o meu pai dos fusileiros, ou da força aérea.
Este livro ainda agora lançado já consta no Prof2000 pelouro de cultura de Aveiro, como o livro do mês, os meus tios e primos de Angola, vão comprar este livro, sabemos que se encontra há venda em todas as livrarias da Fnac, Bertrand.
O sofrimento dos portugueses em Angola está retratado de uma forma forte e corajosa.
Eu confesso que desconhecia estes factos e esta realidade,em casa tanto o meu pai como familiares, sempre se recusaram em falar desta tremenda traição, vivemos na ignorância dos acontecimentos há mais de trinta e quarto anos.
Vai ser-me muito útil para a minha tese de doutoramento, o problema será se os esquerdistas que existem no ensino aceitam esta realidade como tese.
É que o comunismo existe a ditadura e a repressão.
Portugal precisa de mais pessoas com a coragem e inteligência desta senhora autora deste livro, que espero seja um forte abanão nas consciências daqueles que fabricaram as mentiras e deturpações falseando convenientemente a seu favor e fazem prevalecer contra a realidade dos acontecimentos.
Este livro retrata a vida da minha família durante a guerra colonial.
É de facto um livro muito duro que me ajudou a conhecer um pouco mais sobre a vida da minha família naquela que chamavam de sua terra. Também eu me emocionei ao lê-lo porque recordei-me de histórias contadas na minha infância e imaginei o horror vivido por tantos. Sinto não só pela minha família, como por todos os que perderam a vida que tinham como garantida e passaram pelo inferno de uma guerra feita com pretextos ocultos alimentada pela ganância da apropriação de uma terra rica e próspera. Estou certa que directa ou indirectamente, os sobreviventes ainda lidam com os seus fantasmas.
Daniela Rodrigues
filha da autora
Enviar um comentário