28.10.07

Mestre Lima de Freitas - XXVI


D. Sebastião e o Encoberto.

Azulejo da Estação de Caminho de Ferro do Rossio. Lisboa.1996.

26.10.07

Leitura semanal

Linha Horizonte:
Outro anti-semita

Manlius:

Não resisto continuar a falar de Cinatti
O "Cravo Singular" e o "Timor-Amor"
Aqueles que me amam

Mneme:
Recordar François Duprat

As Benevolentes de Jonathan Littell

O Manlius no seu postal Degrelle visto por um americano alerta para um verdadeiro best-seller, As Benevolentes da autoria de um jovem escritor "americano", oriundo de família judaica da Polónia como o comprova a Wikipedia. De que trata esta opera magna? Nada mais nada menos da história de um nazi que vai para os Einsatzgruppen, homosexual, incestuoso (desflorando a mana gémea), assassino psicopata, que no final da guerra ainda tem um tempinho para assassinar um pobre organista que tocava uma das fugas de Bach. Um típico nazi, está-se mesmo a ver!
Em que se inspirou este genial autor "americano"? Em Leon Degrelle!
Já todos compreenderam a transpiração que brota de uma mente que só Freud conseguiria diagnosticar benevolentemente.
Vamos ter um filme made in Hollywood graças ao autor e a Spielberg. Quem aposta?

23.10.07

Mestre Lima de Freitas - XXV

Mestrado sobre o holocausto

Eis a solução para erradicar o desemprego e melhorar o nível de vida apesar de penarem dois anitos a marrar no holoconto! Nada mais e melhor do que um mestrado sobre o holocausto. O novo curso de mestrado denomina-se "Comunicação do Holocausto e Tolerância". É tiro e queda! Não faltarão conferências sobre o tema pagas a peso de ouro, livros a editar e filmes com base nesses livros, e podem "trabalhar, no futuro, em museus, meios de comunicação ou organizações para a memória do ocorrido." Acreditem, é uma mina! Já estou a ver alguns ex-camaradas a correrem para o mestrado.
Prémio: viagens à Polónia, ao Yad Vaschem e conhecem sobreviventes.
P.S. - A "universidade alemã" é uma delegação em Berlim da Touro College de New York conhecida pela venda de diplomas e alterações de grau.
O director do Instituto do Holocausto do colégio e promotor do dito curso, é o rabino Andreas Nachama, ex-presidente da comunidade judaica de Berlim e director da fundação "Topografia do Terror" (Topographie des Terrors).

19.10.07

Cangalheiros ouropeus

Os cangalheiros ouropeus conseguiram mais uma vitória do seu cozinhado. Desta feita, a Constituição "europeia", que eufemisticamente denominam de Tratado de Lisboa.
Podem e vão conseguir destruir as, já, poucas resistências europeias para que se cumpram os Protocolos dos Sábios de Sião através de um dos seus tentáculos mundialistas, o Grupo Bilderberg. Por essa razão se compreende o abraço eufórico de Barroso e Sócrates.
Mas, há algo que nunca irão conseguir: destruir o inconsciente colectivo da Europa e dos europeus! E, sabem-no perfeitamente, daí que tentem a aniquilação dum povo de quatrocentos milhões de europeus, através de guerras físicas e psicotrónicas, do aborto, da invasão afro/muçulmana/chinesa a que chamam "imigração".
Estão a matar a Europa e os europeus desde 1939 mas a lei do Eterno Retorno há-de fazer renascer a Europa e voltar a reerguer o Sacro-Império contra todos os protocolos judaico-maçónicos porque, acima desse poder, há um poder divino!

Capitalismo versus Nacional(social)ismo

São conhecidas as dificuldades da (in)Justiça alemã em proibir o NPD, muito principalmente devido às infiltrações de agentes policiais que tentaram com as suas acções provocatórias levar o "estado de direito alemão" à proibição e extinção do partido bem como à prisão dos seus dirigentes e militantes.
Como essa estratégia falhou ao longo destes anos, temos agora o estrangulamento financeiro/económico com o fecho das "contas bancárias neonazis". Isto é, a luta do capital contra o socialismo nacional, o que vem dar toda a razão a Hitler.
A notícia é do Novopress:
«Diversos bancos alemães encerraram ou estão prestes a encerrar contas do partido nacionalista NPD, depois da difusão de uma reportagem televisiva sobre “contas neo-nazis” na Alemanha. Como consequência, o NPD está a planear formar o seu próprio banco. O banco Postbank encerrou todas as contas do partido, ou ligadas ao NPD através de organizações satélite e “a maior parte dos bancos” decidiu fazer o mesmo, depois da emissão do programa “Raport Mainz”, difundido pela cadeia televisiva ARD no dia 8 de Outubro. A reportagem incidia particularmente sobre as contas do NPD e de organizações próximas do partido no banco Postbank.»

James Watson: a sanha continua!

James Watson, Prémio Nobel da Medicina em 1962, para além de ter visto cancelada - contra a sua vontade - a conferência no Museu de Ciência de Londres e no Bristol Festival of Ideas foi, agora, afastado das suas funções no Laboratório a que preside.
Eu não tinha apostado? E isto não fica por aqui!

18.10.07

Boicote a James Watson

Eis a primeira reacção às declarações de James Watson ao "Sunday Times":

«Cancelada palestra de cientista que advoga menor inteligência negros

O Museu de Ciência de Londres anunciou hoje o cancelamento de uma palestra de James Watson, cientista Prémio Nobel cujos comentários polémicos sobre a "inferior inteligência de negros" em relação a brancos causaram condenação geral.
Watson é presidente do laboratório nova-iorquino Cold Spring Harbor e também director científico da Fundação Champalimaud, cuja presidente, Leonor Beleza, disse hoje à Agência Lusa que "não comenta" as afirmações em causa.(...)»

Esta é a reacção da consciência universal (democrática, claro está), dos campeões da superioridade moral da democracia e de outras lérias!
Próximo passo: boicote económico/financeiro ao Laboratório Cold Spring Harbor e a demissão da presidência.
Vale uma aposta?

17.10.07

James Watson ao ataque

James Watson, Prémio Nobel da Medicina é racista e homófobo! Leiam o Público, que transcreve algumas declarações prestadas ao Sunday Times, e percebem logo porquê! Eu digo mais: "Elementar, caro Watson".

«James Watson, Nobel da Medicina em 1962, um dos homens responsáveis pela descoberta da estrutura molecular do ADN, a dupla hélice da vida, precursor da genética, acredita que os negros são menos inteligentes que os brancos. As suas declarações, publicadas num trabalho no “Sunday Times”, de domingo passado, estão a envolver o cientista, mais uma vez, numa acesa polémica.
Não é a primeira vez que James Watson, já com 79 anos e responsável pelo prestigiado laboratório de Cold Springs, suscita polémica com as suas declarações politicamente incorrectas. Em 1997 afirmou, também numa entrevista ao britânico “Telegraph”, que, se um dia se descobrisse que a homossexualidade está gravada nos genes, então que as mães de bebés com esses genes deveriam ter o direito de abortar: “Disse que deviam ter esse direito porque quase todas gostavam um dia de ter netos”, recordou agora na entrevista de domingo do “Sunday Times”.
Agora Watson, que se prepara para publicar mais um livro (“Avoid boring people: lessons from a life in Science”), e que anseia pelo dia em que os cientistas deixem a tarefa de falar politicamente correcto... para os políticos, defende que, geneticamente, os brancos são mais inteligentes que os negros. “Toda a nossa política social está baseada no facto da inteligência deles [dos africanos] ser a mesma que a nossa. Mas todas as experiências dizem que não é bem assim”, afirma, para depois acrescentar: “Quem tenha que lidar com empregados negros sabe que isto não é verdade”.(...)»

Sondagem sobre o Nacional-Socialismo

O Diário Digital anuncia hoje o resultado de uma sondagem a ser publicada amanhã no semanário Stern.
Pelos resultados assustadores, terríficos, aterradores é de prever uma nova desnazificação em solo alemão.
Então, não é que 62 anos depois do fim da II Guerra Mundial, da desnazificação e da depuração ainda há gente que vê aspectos positivos no Nacional-Socialismo?
Para além desta nova desnazificação, proponho a realização de novas excursões a Auschwitz, novos filmes e livros em quantidades mega-industriais porque a propaganda ainda não fez o efeito total.
E depois admirem-se daquelas criancinhas da Margem Sul, em pleno deserto, andaram a espalhar o terror nazi-fascista com t-shirts do Hitler nem digam que a culpa é dele!
«Alemanha: 25% dos alemães vêem aspectos positivos no nazismo

Cerca de 25% dos alemães consideram que o nacional-socialismo tinha aspectos positivos, revela uma sondagem que será publicada na edição de quinta-feira do semanário Stern.
Apesar de 70% dos entrevistados terem respondido «não» ao serem questionados sobre se consideravam que o nacional-socialismo teve algo de positivo, como, por exemplo, a construção de estradas ou a promoção da família, outros 25% responderam que «sim».
A aprovação do nazismo é mais elevada entre os mais velhos, ou seja, aqueles que viveram o regime. Entre os maiores de 60 anos, 37% disseram ver coisas positivas no Governo de Adolph Hitler.
Aquele apoio cai para 15% entre as pessoas entre 45 e 59 anos e para 5% entre os menores de 45 anos.
A sondagem foi realizada entre 12 e 13 de Outubro com 1.003 pessoas.»

Adolf Hitler: Discursos 1939-45

Adolf Hitler
Discursos 1939-1945
Tomo I
466 págs., 16x24 cms, P.V.P.: 30 €
Tomo II
236 págs., 16x24 cms, P.V.P.: 20 €

Livro: Hitler, mi amigo de juventud de August Kubizek

1ª edição, 415 págs, 15x21 cms., Barcelona.
PVP: 25 euros

14.10.07

Mestre Lima de Freitas - XXIII

Estudo para D. Sebastião

Acrílico sobre madeira, 1987.
Museu Grão-Vasco, Viseu.

O Julgamento: a mentira em exibição

Aí está a versão tuga e abrileira da manipulação e da propaganda do cinema - foleiro, rasca, mentiroso e falso. Em exibição está "O Julgamento" que "mostra" as torturas da Pide e, logo por azar, não é que dois grandes resistentes anti-fascistas como Saldanha Sanches (ex-PCP e ex-MRPP) e Edmundo Pedro (ex-LUAR) comentaram que: “as cenas de tortura são exageradas”; "nunca ouvi relatos de espancamentos em tipos nus”, ou “nos anos 70, a PIDE já não queria matar. Nem deixar vestígios físicos da violência."
Quem pagou e financiou esta falsificação, esta mentira - não é barata! - este filme da treta?
"O filme tem um orçamento de cerca de um milhão de euros, conta com a participação financeira do Instituto do Cinema e Audiovisual e tem co-produção da TVI, que irá exibir o filme no próximo ano, num formato de mini-série de três episódios e também na versão em longa-metragem."
Depois do filmezeco "Julgamento", vai transitar em julgado um filme sobre o Tarrafal, esse tenebroso campo de concentração salazarista/fascista?
Já agora, que tal um filme sobre as sevícias praticadas pelo Copcon durante o PREC e as prisões com os mandatos de captura em branco feitas sob as ordens de Otelo Saraiva Carvalho?

Leitura semanal

Alma Pátria - Pátria Alma:
A verdade por trás do problema da Birmânia

A Voz Portalegrense:
SLB/Boião de cultura

Dragoscópio:
Sem direito nem avesso
Delitos inexpiáveis


Horizonte:
Na morte de João Coito

Manlius:
Eu procuro, tu procuras, ela procura(dora)
A Ténia
Os impolutos

Mote para Motim:
O Presidente do Irão e os Judeus Ortodoxos

11.10.07

Sousa Mendes: e insistem, insistem...

Desgostosos com o vergonhoso terceiro lugar do concurso "Grandes Portugueses", uma data de fabianos persistem e insistem na farsa Sousa Mendes.
Primeiro, foi o livro, "A Injustiça - O caso Sousa Mendes". Agora, é a peça de teatro "
A Desobediência". Mas a coisa não fica por aí, vai ser criado um blogue e será levado a efeito um ciclo de conferências sobre o vendedor de passaportes mais conhecido neste país onde um dos conferentes fará a sua profissão de fé no holocausto, como será o caso do seu "defensor", o Dr. Júdice.
Toda esta encenação terá como palco o Teatro da Trindade, em Lisboa.
Sugestão: para garantir um êxito rotundo e tremendo peçam o patrocínio da Mac Donalds e assim despejam os alunos das nossas escolas no teatro, com bilhetes à borla, livro à borla e debaixo do braço, coca-cola e batatas fritas à borla.
Lembrem-se que andam pela Margem Sul uns rapazinhos em idade escolar com umas t-shirts com a imagem de Hitler e assim fazem "pedagogia democrática".

P.S. - Aqui estão os postais editados sobre este negociador de passaportes:

Mestre Lima de Freitas - XXII

Até a fim do mundo

Água-forte a duas cores. 1986.

Livro: Português Suave - Arquitecturas do Estado Novo

Procurava na loja da Torre de Belém um livro sobre a Torre de Belém. Pura e simplesmente não há! Um dos monumentos portugueses mais emblemáticos não tem "direito" a um livro, a um trabalho sério sobre essa extraordinária obra de arte manuelina.
Encontrei na dita loja este livro, de 243 páginas, editado em 2003, pelo IPPAR, com o preço de 18€, e da autoria do arquitecto José Manuel Fernandes que me surpreendeu pelo seu conteúdo documental e fotográfico.
Deixo aqui o Breve Introito (página 9):

«A arquitectura portuguesa desempenhou um papel importante e significativo ao longo do século XX, no quadro da sociedade nacional, nela participando activamente e ajudando a caracterizar o país no seu processo de afirmação, de crescente urbanização e de procurada modernização.
Contrastantes nos conteúdos e desiguais na qualidade, mas sempre expressivas e intensas, as várias fases da arquitectura portuguesa que atravessaram estes cem anos foram do ecletismo ao modernismo, do neotradicional ao moderno militante, da pós-modernidade à dimensão internacional dos seus autores.
Uma das mais polémicas, complexas e importantes destas fases históricas – situada cronològicamente bem no coração do século – foi sem dúvida a da chamada Arquitectura do Estado Novo, popularizada pela expressão de arquitectura do «Português Suave», que se desenvolveu por todo o país – e seus prolongamentos coloniais de então – sobretudo pelas décadas de 1940 e de 1950. Sucedendo a uma dinâmica época de modernismo internacionalista, a qual se afirmara no arranque do novo regime político instaurado em 1926, foi essencialmente um fruto desse novo processo político, social e cultural, espelhando muitos dos seus defeitos e virtudes.
Representou de algum modo – como a arte dominantemente social e colectiva que é a arquitectura sempre espelha – as aspirações, os limites, os temas e as necessidades desse período, e é essa uma das facetas que a torna interessante para nós, hoje, passado meio século desde a sua criação e desenvolvimento.
Vamos pois aqui ensaiar a análise destas Arquitecturas do Estado Novo (ainda plurais), no vulgo do «Português Suave», nos seus vários aspectos. Começaremos por as enquadrar introdutoriamente, e ao seu tempo histórico, no contexto mais geral e panorâmico da arquitectura portuguesa do século XX; de seguida, iremos apresentar as suas imagens arquetípicas e fulcrais, e mais significativas; depois, desenvolveremos o seu processo de criação, com as referências aos antecedentes mais próximos, à formação de modelos, à sua própria «invenção» formal e espacial, e finalmente à sua estruturação em tipos e funções.»

9.10.07

Petição por S.A.R. Rei D. Carlos I e Príncipe D. Luís Filipe

«A 1 de Fevereiro de 1908, pelas 17:20 horas, no Terreiro do Paço junto à esquina com a Rua do Arsenal, foram assassinados o Rei Dom Carlos I e o Príncipe Real Dom Luís Filipe.
Este acontecimento trágico, geralmente reconhecido como um dos mais marcantes da História de Portugal, merece bem ser evocado com a imparcialidade e a clarividência que a distância de um século já permitem.
Sem menosprezo das legítimas opiniões pessoais de cada um dos Portugueses acerca do regime actualmente vigente, consideramos importante e oportuno assinalar o centenário do Regicídio.

Na verdade, trata-se de condenar um acto de terrorismo contra um Chefe de Estado legitimamente empossado e contra o seu sucessor constitucionalmente consagrado, acto planeado e perpetrado sem manifestação de vontade ou participação da esmagadora maioria de um Povo de índole pacífica e tolerante.
Assim, ao abrigo do artigo 52º da Constituição da República Portuguesa e nos termos da Lei n.º43/90, de 10 de Agosto, vêm os signatários solicitar a V.ª Ex.ª o seguinte:
1 - que o dia 1 de Fevereiro de 2008, centenário do Regicídio, seja decretado dia de Luto Nacional;
2 - que às 17:20 horas desse dia seja cumprido um minuto de silêncio, em homenagem a um dos maiores Chefes de Estado de Portugal e ao seu sucessor constitucionalmente consagrado.»


El-Rei D. Carlos com o Seu Estado-Maior
Pintura do Mestre Carlos Reis

P.S. Recebido por email.

Mestre Lima de Freitas - XXI

Cegadas nas ruínas do Carmo

Acrílico sobre madeira. 1986.

Alameda Digital n.º 9



Já está online o n.º9 sobre o tema "Ideologias: passado, presente e futuro."
Eu já li e recomendo. Façam o mesmo!

7.10.07

Mestre Lima de Freitas - XX

Jardim das Hespérides

Acrílico sobre tela. 1986.

Leitura semanal

A Voz Portalegrense:
Revisonismo

Dragoscópio:
Dos pigmeus aos homúnculos
República da bandalheira
Não são contas do nosso rosário


Linha do Horizonte:
Israel e os terroristas
As ajudas dos EUA a Israel

Manlius:
Brasillach e a sua obra - 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8.
Documento para a História
Erros nossos, má fortuna

Mneme:
História

Alerta do SOS Racismo sobre o terror nazi-fascista

O SOS Racismo alertou para o perigo de miúdos (não são jovens!) em idade escolar entre os 14 e 15 anos de idade andarem a espalhar o terror nas escolas da Margem Sul - o tal deserto descoberto pelo ministro das Obras Públicas, Mário Lino - com t-shirt`s com a imagem de Hitler.
Gostava de conhecer essa t-shirt para analisar a imagem do Führer a ver se a imagem é simpática ou antipática. Passo a explicar, a questão da imagem é importante porque se mostrar um Hitler histérico, com cara de anormal ou coisa do género, a abrir as portas das câmaras de gás ou os fornos crematórios com uma lata de Ziklon B nas mãos, julgo que essa t-shirt poderá ser vendida sem qualquer problema e até ser promovida em larga escala a sua venda.
Agora se a imagem for simpática, isto é, mostrar momentos com a HitlerJugend ou com a BDM aí, sim, deverá ser proibida e apreendida.
Sugiro que o SOS Racismo promova uma campanha de oferta de uma t-shirt vermelha com a estrela comunista e a imagem do Che Guevara a fumar um puro habano.
Realmente, é falta de gosto que alunos em idade escolar façam demonstrações de terror no deserto linesco e que com este frio vistam t-shirts nazis. É urgente uma campanha desnazificadora junto desses rapazinhos bastando para isso umas sessões da Lista de Schindler, do Shoah e outros grandes filmes desnazificadores!
P.S. - Será que o SOS Racismo pensou em oferecer camisinhas em vez das t-shirts?

4.10.07

Tratado Europeu: o embuste ocultado

O meu amigo e camarada Humberto Nuno Oliveira dará uma conferência no próximo sábado sobre a Eurolândia que está a ser "cozinhada" pelos eurocratas. A não perder!

3.10.07

Mestre Lima de Freitas - XIX

O milagre das rosas.
Acrílico sobre madeira. 1987.

A PROPÓSITO DE «A PROTO-HISTÓRIA DA GUERRA DE ESPANHA

Recebi cerca de duas dezenas de mensagens via e-mail perguntando-me pela polémica de Rodrigo Emílio com o Dr. Júdice, pois tinham lido os links referentes à "Proto-História da Guerra de Espanha" e a crítica do ex-nacional-revolucionário e defensor de Sousa Mendes. Perguntavam-me se havia alguma resposta de Rodrigo Emílio a essa crítica e onde a podiam ler.
Pois, meus caros amigos leitores, aqui fica a réplica do Rodrigo ao seu jovem e radical primo.

«A PROPÓSITO DE "A PROTO-HISTÓRIA DA GUERRA DE ESPANHA"
— Réplica a José Miguel Júdice —

Meu caro José Miguel Júdice:

Só mesmo o José Miguel — a quem me ligam estreitos lagos de camaradagem ideológica, e até de sangue, para já não falar do apreço intelectual em que o tenho — me determinaria a alinhar este dialogal acerto de razões por carta aberta. De contrário, declinaria a solicitação; e decliná-la-ia, porque sempre me repugnou afinar por figurinos de expressão, que eu reputo apanágio das esquerdas, e mormente das esquerdas tecnocráticas, que deles se apossaram em primeira mão, fazendo jus, ao seu exclusivo. Cartas abertas (ou entreabertas), mesas-redondas —, mais — ou — menos redundantes, colóquios-em-círculo-vicioso-e-viciado, são exteriorizações que se prendem com um mundanismo bem-pensante, de patente, ou matriz, eminentemente esquerdista. Ora eu — até utilizar aqui uma expressão felicíssima do José Rebordão — não quero ser apanhado a copiar as esquerdas, absolutamente em nada. O José Miguel veja nisto um fenómeno de rejeição, e nada mais. De resto, não atino porque razão havemos de andar permanentemente a reboque do que fazem (ou não fazem) as esquerdas!. . .
Movido por uma boa-fé invulgarmente sadia nos dias que correm, e por uma transparência de espírito, cujo grau de candura chega a meter-me inveja, o meu bom amigo, logo no dealbar da carta, trata de basear — em termos que pedem exorcismo mediato — a necessidade, e até mesmo a importância, de também nós, nacionais-revolucionários, nos passarmos a entender em muita coisa, através de diálogo-por-carta-aberta. Diz, textualmente, o José Miguel: "...escrevo porque não tenho dúvidas sobre as vantagens de nos debruçarmos criticamente sobre os textos de pessoas com as quais ideologicamente temos muitos pontos de contacto". E, logo a seguir, adita, ao modo de quem brande argumento edificante, de proveito e bom exemplo: "A intelectualidade marxista nisso — como em muitas outras coisas — até aí a revelar bem a importância do diálogo — que exige uma plataforma comum."
Ora bem. As dúvidas que o José Miguel não tem (sobre a vantagem de nos entregarmos a exercícios-de-cotejo–crítico-à-moda-dos-marxistas) tenho-as eu. Ou por outra: as dúvidas que tenho, valem por certezas, quanto à inanidade das receitas aviadas ao balcão da fancaria intelectual do comunismo (e não só!) Decididamente, não me está na massa do sangue aceitar, e acatar, como decisiva, imprescindível ou palpitante, a ideia de navegar nas mesmas turvas águas da tripulação marxista!... Porque não se iluda, meu caro: razões há — e muitíssimo corticais — para que todo o intelectual da esquerda goste assim tanto de chegar à fala, por via de tudo e de nada, com os seus correligionários. Creia-me: não é lá pelo desejo exemplar de funcionarem, ideologicamente, uns com os outros, no mesmo comprimento de onda: por outras palavras, não é com o louvável desígnio de afeiçoarem entre si pequenos pontos de discordância, e de catarem a doutrina até ao último pormenor — que os marxistas se avistam por escrito com tanta frequência. O caso é bem outro. Suas excelências pelam-se, muito simplesmente, por fazer grand état de ses connaissances, a pretexto disto ou daquilo. Como diria o Pessoa, concita-os a necessidade de serem inteligentes para entre a família. E, para o efeito, tudo Ihes serve. É esta a verdadeira motivação das manifestações dialogais a que temos tido ensejo de assistir. E o que já hoje mais há por aí (— Viva a carta-aberta!), é quem vá tirando cursos de formação ideológica por correspondência!...
Em face do que fica exposto, já se deixa ver que é, pois, com inteira relutância, que eu me presto a tomar parte neste jogo epistolar, a que o José Miguel me desafiou. Mas, por vir de quem vem, não rejeito o convite. Aceito o repto. E aqui me tem, a responder-lhe. Será uma vez sem exemplo. Mas, desde já na certeza de que é perfeitamente inglório estarmos para aqui a dar tinta à prosa (ou a dar prosa à tinta), com o fito de chegarmos a um acordo total. Sobre isto, não tenho veleidades, e lavro, já de caminho, uma moção de desconfiança quanto ao êxito desta operação de permuta de ideias administradas por via polémica. Porque bem vê: ao cabo desta amistosa confrontação por escrito, é certo e sabido que o José Miguel teimara na sua, e eu porfiarei na minha, e que esta nossa incursão, aos meandros da guerra de Espanha, não nos conduzirá, praticamente, a nada. Mais valia dialogarmos de viva voz; até do ponto em que o seu estudo introdutório à Antologia do José António, sendo trabalho que eu reputo notável a muitos títulos, também ele ficou a merecer-me algumas reservas e reparos, que pessoalmente gostaria de precisar. Mas cara a cara. Frente a frente, e sem exibicionismos de caneta pública...
De resto, devo dizer-lhe que as objecções que o meu artigo suscitou no seu espírito (e à sua pena), me parecem de uma fragilidade, tudo quanto há de mais facilmente rebatível. E isto, porque a sua carta — toda a sua carta José Miguel — enferma de um erro de perspectiva, de todo o tamanho! O meu bom amigo — tomado, decerto, pela necessidade catártica de se libertar da aversão que tem a Franco — perdeu inteiramente de vista, qual o objecto do meu artigo. Por isso mesmo, sinto-me na obrigação de Ihe lembrar que o texto (e, para tanto, basta ter presente o título que eu Ihe pus) se reporta apenas à "Proto-História da Guerra de Espanha", e não, nunca, jamais à "História da Guerra" ou "Do Após-Guerra" ou "Do Franquismo" tão-pouco. Quero com isto dizer que, ao escrever o que escrevi, tive em mente, única e exclusivamente, os factos ou fenómenos ocorridos até 18 de Julho de 1936, e com directa implicação no concerto da guerra, propriamente dita. Agora, lá se o franquismo foi ou não foi, tem ou não tem sido, uma traição aos princípios, como o José Miguel pretende, é questão que extravasa do âmbito do meu articulado, parecendo-me fora de todo o propósito a sua formulação, uma vez que nunca isso esteve em causa no texto visado, desde o primeiro ao último período. Demais a mais, acontece que também eu não morro propriamente de amores por Franco, enquanto estadista. Venero-o, isso sim, como militar; e não me cansarei de enaltecer e glorificar a sua espantosa acção de cabo-de-guerra, no que não sou sequer original, dado que mesmo os mais sectários dos seus inimigos (a começar por Indalécio Prieto) Ihe tributaram, como tal, rasgadíssimo elogio.
Só que o José Miguel — volto a dizê-lo — esqueceu de todo que o meu texto, antes de mais e depois de tudo, é uma proto-história, e mais precisamente, a proto-história de uma guerra.
Daí que tanto o tenha escandalizado a esquematização a que eu procedi e por meio da qual mais não fiz, afinal, que definir e demarcar as (duas grandes) partes em presença, extremando campos que a guerra, ao depois, se encarregaria de extremar com divisionária nitidez, separando o trigo (ou Frente Nacional) do joio (ou Frente Popular), apartados cada um para seu lado, com prevalência do todo sobre as partes ideológicas componentes.
Ora, quando eu digo que "as direitas em peso tratam (...) de fundir, em denominador comum, todo um leque de formações partidárias" (em que cabem os Falangistas das Juntas de Ofensiva Nacional-Sindicalista, os Carlistas da Comunhão Tradicionalista Espanhola e os militantes da Renovación Espanola e da Acción Popular Católica, etc.), é só em função da conjuntura da guerra que eu tal coisa afirmo. Pois não é verdade que a Falange, logo desde as primeiras horas, e mesmo antes, deu o seu aval ao Alzamiento? Ou acha o José Miguel que, aos falangistas, era inteiramente indiferente a sorte, ou o desfecho, da luta que se adivinhava iminente?!... E a ser assim, como se entende que Franco, antes de seguir para Santa Cruz de Tenerife, se tivesse avistado, pessoalmente com José António, e que este tenha indicado, desde logo, ao General, os elementos falangistas com os quais a U.M.E. («União Militar Española,») podia contar, tanto em Madrid como nas províncias?... E como se compreende, então, que já em Março de 1936 (em Março, veja você...) o tenente-coronel Segui, do Estado-Maior, e os grupos falangistas de Melilla, tivessem contactado entre si, a fim de assentarem ideias quanto à forma de melhor contrabaterem pelas armas o crescente perigo marxista? E não foi, por sinal, esse mesmo Segui, quem, mais tarde, mandou armar inúmeros quadros falangistas?... Mais: como explica o José Miguel que falangistas, requétés, monárquicos de Calvo Sotelo, juventudes da C. E. D. A. e da R. E., etc., tenham combatido e morrido, do mesmo lado da barricada, em Valladolid, Málaga, Sevilha, Saragoça, Oviedo, Gijon, Barcelona, Toledo, Madrid (mormente em Somossierra), etc., e até, inclusive, no próprio protectorado marroquino?!...
Assim, pergunto: em que se baseia o meu caro contraditor, quando (palavras suas) considera "nula, a actuação unitária" entre Falange e Carlistas? Por mim, creio que o espírito de corpo, que uns e outros revelaram no contexto da guerra-guerra, chega e sobra para desmentir, categoricamente, as observações em contrário, que o José Miguel me dirigiu. E quem diz Falange e Carlistas, diz Falange e agrários, Falange e C. E. D. A., Falange e monárquicos de Calvo Sotelo: até porque Sotelo — o José Miguel deve saber isso tão bem como eu, embora pareça apostado em ignorá-lo —, a breve trecho, foi designado e aceite, não como sendo, meramente, o chefe de um dado alinhamento político, mas como o próprio líder civil da sublevação que se gizava, da mesma forma que a Sanjurjo estava cometido o papel de seu líder militar.
Diferenças ideológicas mais ou menos acentuadas, é certo que as havia, entre todas as facções do bloco nacionalista; e sou eu o primeiro a reconhecer isso mesmo, quando, no meu artigo, as caracterizo uma a uma, e sobretudo, quando por lá aludo (palavras textuais) a «um leque de formações partidárias, matizado nas ideias» (repito: matizado nas ideias), "mas convergente nos propósitos" nos propósitos imediatos, bem entendido, e não só — «e solidário nas intenções» — intenções imediatas, também, e não só...
Ora, o José Miguel, ao negar que propósitos e intenções fossem comuns, está cerrando os olhos à realidade dos factos, os quais nos dizem que, no âmbito do conflito, todas as diferenciações ideológicas se esbateram e todos os antagonismos de ideário foram postos de parte, diante de um inimigo comum que importava conjurar prontamente e rechaçar sem comiseração. Logo que tocou a reunir, deu-se a aglutinação conjugada das direitas numa Frente Nacional. E se insisto na adopção desta expressão, que o José Miguel reputou inadequada, e porque, sinceramente, a acho ajustada à circunstância histórica em apreço. (De resto, tanto Brasillach e Bardèche, como Gaxotte e Domminique, foram unânimes neste ponto. E eu tenho a pecha de me orientar pelos autores que amo...)
Ainda em abono do seu ponto de vista, faz notar o meu bom amigo "que a Falange se apresentou às eleições solitária, não aderindo à Frente anti-revolucionária". É certo que sim. Mas do que não há dúvida também, é de que a Falange não observou semelhante procedimento, quando se tratou de combater os rojos pelas armas. E, longe de se quedar à margem da confrontação, irmanou-se, como já vimos, ao Exército, e fez corpo de guerra com os partidos já mencionados.
Porque, uma coisa é velar, e zelar, pela pureza teórica do Nacional-Sindicalismo, à luz do após-guerra e do franquismo; outra coisa, é entrever, fixar e analisar a posição da Falange, na moldura da guerra.
Por último, insurge-se o José Miguel contra o teor do parágrafo final do meu texto, levando a mal que aí se celebre a vitória franquista, em termos de algum modo prospectivos. Isso não significa, todavia, que eu não esteja ciente da incompletude que caracterizou a situação política surta da guerra. Bem sei: há que não desconhecer os perigos decorrentes de um grande triunfo; e admito que Franco os ignorou em grande parte. Mas isso — que já pertence, aliás, à História do Após-Guerra — não invalida, porém, tudo o que de positivo procede, afinal, da Proto-História da Guerra, e da guerra propriamente dita. E foi a Proto-História da Guerra (e com os olhos particularmente assestados a guerra que se ganhou), que eu, sobretudo, quis cingir-me, e também eu, a pensar nos dias de hoje...
Quanto a imprecisão, de ordem factual, que me aponta, sempre quero dizer-lhe que a inexactidão não é minha: é sua.
Posto isto, aceite o abraço admirador que daqui lhe envia o seu "antiguíssimo e idêntico",

Rodrigo Emílio»
In «Política», n.º 24/25 de 15.01/15.02.1974, págs. 25/26/40.

2.10.07

Mestre Lima de Freitas - XVIII

A montanha da lua.

Acrílico sobre madeira. 1988.

As desventuras fascistas do Dr. Júdice

Diz o meu amigo e camarada Walter Ventura - no postal anterior - que o Rodrigo Emílio tinha acertado ao dizer que o Dr. Júdice (Zé Miguel para os amigos e camaradas) "jamais poria os pés no nosso antro". Julgo que o Rodrigo quereria referir-se ao MAP pois o Dr. Júdice - defensor de Aristides de Sousa Mendes no concurso "Grandes Portugueses" - teve um devaneio militante e diletante pela Cooperativa Cidadela coimbrã onde faria editar, em 1972, na "Colecção Antologias Cidadela" - sob a sábia e sabedora direcção de Goulart Nogueira - este livro, de 268 páginas, sobre os pensamentos de José António Primo de Rivera e que lhe valeu uma estadia "reeducacional" de um mês em Caxias.
Felizmente, dirá o ex-bastonário da Ordem dos Advogados e militante laranjinha do PSD, pois entrou fascista e saiu democrata. É um verdadeiro case study para a reabilitação prisional portuguesa. Um sucesso único e ímpar!
Há, também, a não esquecer a polémica que teve com Rodrigo Emílio na revista "Política" sobre a "Proto-História da Guerra de Espanha", em finais de 1973 e inícios de 1974, onde levou uma grande, paciente e apostolada ensaboadela doutrinária do Rodrigo Emílio.

Pecados juvenis de José Miguel Júdice

«(...) Pior, muito pior, andou esta semana o senhor José Miguel Júdice que até já foi bastonário. Talvez para fazer esquecer ter andado, menino e moço, nas tenebrosas hostes fascistas, chegando a fazer uma recolha de textos de José António Primo de Rivera que entendeu prefaciar um tanto com os pés mai-los tempos pós-Prec em que colaborava gostosamente neste “Diabo”, como se sabe tenebrosamente “fachista”, achou por bem sublinhar ao “DN” os seus pergaminhos antifascistas ou lá o que são. E vai daí, ei-lo a contar as suas alegrias naquela leda madrugada aprilina que, como está à vista, tanto de bom nos trouxeram. Tanta foi a alegria que logo ali, com um amigo, abriu uma garrafa de um “bom Porto” que, parece, tinha à mão.
Fez bem, gabo-lhe o gesto e só lamento que, ao bom e nacionalíssimo Porto, não tenha preferido uma garrafa de vodka ou uns copázios de, também adequada cuba-livre.
Mas há coincidências do arco-da-velha. Imaginem vocências que, uns dois dias antes, em amena tertúlia com amigos de antanho, já não sei a que despropósito, o Zé Manel recorda um telefonema de Miguel Júdice para a sede do MAP – Movimento de Acção Portuguesa – oferecendo a sua adesão.
Convém aqui lembrar – acho que já contei esta “aventura” – o MAP morreu à nascença por decisão evidentemente democrática do MFA e similares.
Na madrugada de 27 de Setembro, fomos assaltados por um bando de tipos mal lavados, alguns com uma peça ou outra de fardamento a enfeitar os trajes civis.
Sumariamente, sem papeladas nem outras burocracias fastidiosas – mesmo antes de inventado o “Simplex” – passaram a sede a pente fino, partiram umas coisas e levaram outras e amontoaram-nos com todas as comodidades numa “Berliet” que seguiu para o Ralis. Mais tarde, fomos metidos em Caxias, onde passámos longos meses sem quaisquer formalidades.
Dias mais tarde, os jornais contavam que, entre outras malfeitorias, nos preparávamos para matar o admirável Vasco Gonçalves, alvejando-o de uma janela da nossa sede. Como somos estúpidos, tivéramos a ideia peregrina de partir a vidraça assassina uns dias antes o que, evidentemente, alertara a “vigilância popular” e a rapaziada das barreirinhas, etc. e tal.
A inventona caiu por terra quando apareceu um senhor arquitecto, verdadeiro proprietário da janela em questão, a reivindicar a posse da mesma e a jurar que jamais em tempo algum se meteria em tais assados, até porque era democrata da primeira hora e no seu atelier funcionava até uma célula a atirar para comunista.
Por acaso, fui eu quem atendeu o telefone de Miguel Júdice. Apresentou-se, num breve currículo em que, provavelmente por acaso, não mencionou o tal prefácio espúrio e disse-se primo do Rodrigo Emílio. Disse-lhe que seria bem-vindo e que bastava aparecer. Mais tarde, o Rodrigo, a quem transmiti a “adesão”, riu-se e garantiu que o “Zé Miguel”, jamais poria os pés no nosso antro.
Acertou.

Walter Ventura»
In O Diabo, pág. 17, 02.10.2007