



«... De pé, olhos bem abertos, face ao Inimigo, unidos em bloco firme, os dentes cerrados, resistir, combater até à morte, na defesa do Património sagrado que herdamos, para, ao menos, salvarmos a honra do nosso nome. Descer as pontes da fortaleza - jamais!» Alfredo Pimenta, in Em Defesa da Portugalidade, p. 29, 1947.
A Maçonaria «tem por fim “ligar” os homens entre si, e, por este facto, é uma religião (de religare) na acepção mais lata e mais elevada do termo» - Ritual do Grau de Aprendiz, editado pelo Grande Oriente Lusitano.
Na verdade, a Maçonaria define-se a si mesma como a «religião natural», alegadamente liberta de dogmas, ou seja, os maçons professam «aquela religião em que todos os homens estão de acordo, deixando cada um para si as suas opiniões particulares» (artigo I das Constituições de Anderson).
Aos vinte e cinco anos (1914), Salazar deixou de se confessar e de comungar. Os seus Discursos mostram que Salazar rejeita os dogmas da Santíssima Trindade e da Divindade de Jesus. Quer dizer, Salazar mudou de religião, escolhendo a «religião natural». Salazar tornou-se não apenas crente, mas sacerdote e pregador da nova religião, que é também «um sistema universal de ensino e de governo. Este livro apresenta algumas das provas, das muitas disponíveis e geralmente conhecidas mas ocultadas, de que Salazar mudou de religião, aderindo à sua nova fé.
PVP – 16,90€.
N.º de Páginas – 240.
José da Costa Pimenta (n. 1955). É investigador do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa — projecto LanCog. «É um Jurista de elevada Craveira, um Magistrado distinto e um conceituado Autor, já com significativa audiência. Cumpre, em particular uma brilhante carreira profissional, onde sobressai inequívoca capacidade para atingir os maus altos voos. Dispõe duma preparação técnica de alto relevo, francamente destacada. Com ideias muito bem sedimentadas, [a] sua prática flúi, com elevação, acima e além de certa estreiteza por assim dizer corrente. Nota-se, de resto, a cada passo, a sua particular autoridade nos terrenos do Direito Adjectivo. Muito curioso, embrenha-se no limbo da investigação. Firmou, em consequência, um estilo próprio que, sem deixar de ser sintético e rectilíneo, beneficia de forte criatividade. É um juiz de magnífico porte. Merece, de todo o ponto, a notação de Muito Bom." - Conselho Superior da Magistratura, Relatório da Inspecção, Processo n.º 2/91.
A melhor forma de recordar Rodrigo Emílio é ler, meditar e cantar a sua solar, vibrante, encantatória e musical poesia da qual deixo alguns exemplos nesta simples e curtíssima selecção que acaba por ser um renovado de manifesto de fidelidade.
In Poemas de Braço ao Alto, 1982, p. 20.
Não me digam que não ouvem,
Na pulsação da manhã,
Sinfonias de Beethoven
e Prelúdios de Chopin!?...
Não me digam que persiste,
Convosco, a música triste,
O aroma de pesar,
D’alguma ária de Liszt,
D’algum requiem de Mozart?!...
— Necessário é coroar,
só d’élans,
o coração,
E erguer, a prumo, no ar,
Manhãs
de Restauração!
In Poemas de Braço ao Alto, 1982, p.331.
A Planeta Editora deu à estampa este volume de 650 páginas com ilustrações do Mestre Carlos Alberto Santos. Uma obra de fôlego a ler com paixão e atenção. P. V. P. 25€
A Ésquilo editou este mês o interessante trabalho "Lusitanos no tempo de Viriato" da autoria do Dr. João Vaz que, nas suas 240 páginas, nos dá uma imagem da forma de viver, combater e morrer dos Lusitanos.
A Pintura e as ilustrações do Mestre Carlos Alberto Santos na Mensagem de Fernando Pessoa, n`Os LUSÍADAS de Luis de Camões por Carlos Alberto Santos.
Chegou hoje a Minoria Ruidosa pela mão do Miguel Vaz e já faz parte da extensa lista de ligações aconselhadas. Bem vinda seja esta Minoria porque da maioria silenciosa ou lá o que era, temos uma triste, vil e apagada memória.
A Terra Portuguesa anuncia:
Vestígios arqueológicos romanos encontrados junto às torres da Porta de São Gonçalo, na muralha de Lagos, estão a causar polémica entre a empresa que fez as escavações e a Câmara de Lagos. A Ozecarus foi dispensada pelo empreiteiro (ACA Construções) após a autarquia entender que os achados "não constituíam uma mais-valia".
Editadas pela Oficina do Livro com exclusivo para os hipermercados Continente e Modelo na colecção "Biblioteca Essencial", as obras clássicas da literatura portuguesa como Os Maias de Eça de Queirós, Viagens na minha Terra de Almeida Garrett, As Pupilas do Senhor Reitor de Júlio Dinis, Amor de Perdição de Camilo Castelo Branco, Eurico, o Presbítero de Alexandre Herculano pelo preço de 5€.
Gastão de Freitas Ferraz, um espião português ao serviço da Alemanha naziO ficheiro pertence à categoria Agentes secretos alemães e suspeitos, ostenta o código KV 2/2946 - 2947 e foi transferido ontem dos arquivos do MI5, os serviços britânicos de segurança interna, para os Arquivos Nacionais do Reino Unido. Até aqui nada de novo. Até porque a desclassificação de documentos do MI5 contabiliza já mais de quatro mil registos. Contudo, desta vez, ao lado do código surge um nome português - Gastão de Freitas Ferraz, um operador de comunicações da Marinha portuguesa que, notava ontem a imprensa mundial, mudou o rumo da II Guerra Mundial. Ou melhor, a captura e prisão deste homem que fez trabalhos de espionagem ao serviço da Alemanha nazi terão contribuído para apanhar desprevenidas as tropas alemãs e francesas estacionadas no Norte de África. Nos primeiros dias de Novembro de 1942, e uma semana depois de ter sido detido pela Marinha britânica durante uma operação em alto mar, a bordo do navio Gil Eannes, onde trabalhava, as tropas britânicas e norte-americanas desembarcaram em Marrocos e na Argélia, dando início a longos combates que só terminaram em 1943, com a derrota do exército nazi.
A agência Associated Press citava ontem o historiador Cristopher Andrew, professor na Universidade de Cambridge e autor convidado para escrever a história do MI5, para sublinhar a importância da detenção de Freitas Ferraz. Apontando que as forças lideradas pelo general alemão Erwin Rommel (recorte) estavam longe de imaginar que o ataque dos Aliados seria feito no Norte de África (julgavam que estes apontavam o alvo para França e Noruega), Andrew salientou que a crença alemã não teria acontecido, "se Freitas Ferraz não tivesse sido capturado": "Ele estava no encalço das tropas do [general George] Patton e teria informado os alemães sobre o rumo dos norte-americanos."
Capturado em alto mar
Gastão de Freitas Ferraz entrou ontem na constelação dos espiões mais famosos que operaram durante a II Guerra Mundial. Mas a história deste agente que informava os serviços secretos alemães sobre os movimentos dos navios Aliados no Atlântico, a troco de uns valiosos (para a época) 15 mil escudos, não é nova. Rui Araújo, jornalista e ex-provedor do leitor do PÚBLICO, escreveu abundantemente sobre este caso no livro O Diário Secreto Que Salazar não Leu (Oficina do Livro), publicado em Outubro do ano passado. Nesta obra, Araújo, que vasculhou arquivos nacionais e estrangeiros, conta a história detalhada do Gil Eannes e persegue o trajecto biográfico de Freitas Ferraz. Este, pode ler-se no livro, transmitia as suas informações para uma rádio clandestina localizada na zona do Estoril e mantida por dois operacionais alemães. Estes dados não constam, porém, do documento disponibilizado nos Arquivos Nacionais britânicos, em cujo site se pode ler que os documentos agora abertos ao domínio público não se encontram em bom estado e a sua leitura é difícil.
A abertura da ficha do espião permite aceder a um depoimento biográfico escrito na primeira pessoa e a uma confissão sobre os seus trabalhos de espionagem - depois de ter sido detido, foi levado para Gibraltar e depois para o Campo 020, um estabelecimento dos serviços secretos britânicos, situado nos arredores de Londres. Freitas Ferraz ficou ali prisioneiro até Setembro de 1945 e foi deportado no mesmo ano. Só em 1953 o seu nome foi rasurado de uma lista de deportados até então impedidos de viajar para a Grã-Bretanha. E dois anos depois o MI5 arquivou o seu ficheiro.
No Arquivo da PIDE/DGS, na Torre do Tombo, há uma ficha com o seu nome. Contudo, ao que o PÚBLICO apurou, não existem ali informações relevantes sobre Freitas Ferraz - apenas que estava colocado no "posto emissor CT3 A.U." e que morava na Rua do Til, no Funchal. Rui Araújo nota, porém, que o operador de rádio tinha também habitação em Lisboa.
Na ficha do MI5 pode ler-se que o espião foi recrutado (o ano não é confirmado) pela Abwehr, um serviço de espionagem germânico criado em 1921 e aparentemente extinto em 1944. Em Julho de 1942, contudo, as suas comunicações foram interceptadas pelo ULTRA, um órgão dos serviços secretos britânicos responsável pela interpretação de mensagens encriptadas, emitidas via rádio. Apanhado pelo ULTRA, o português esteve prestes a ser preso no Canadá, a bordo do Gil Eannes.
Mas a captura só aconteceu em alto mar, quando o navio britânico Duke of York apresou o barco português e prendeu o radiotelegrafista.
Gil Eannes não foi o nome de baptismo do barco em que foi preso Gastão de Freitas Ferraz. O nome original do navio era Lahneck e a sua origem era alemã. Nos primeiros anos da I Guerra Mundial estava fundeado no Tejo. E foi essa circunstância que ditou o seu destino. Em Fevereiro de 1916, a neutralidade portuguesa foi quebrada em nome da aliança luso-britânica: com uma frota de navios cada vez mais reduzida devido aos ataques dos submarinos alemães, a Grã-Bretanha pediu a Portugal a requisição dos navios germânicos ancorados em portos nacionais. À anuência da então jovem República, presidida por Bernardino Machado, a Alemanha respondeu com a declaração de guerra a Portugal, a 9 de Março de 1916. Nesta sequência, o Lahneck foi rebaptizado com o nome Gil Eannes. E, a partir de então, teve diversas funções: transporte de tropas, cruzador, marinha mercante e navio-hospital. Freitas Ferraz trabalhava no Gil Eannes quando este prestava apoio aos pesqueiros de bacalhau. Quase dez anos após o fim da II Guerra Mundial, em 1954, o navio fez a sua última viagem. Foi vendido em Itália e dois anos depois foi desmantelado e deposto numa sucata.
Maria José Oliveira
Público, p.4, 04.03.2009
Do meu bom amigo, José Campos e Sousa recebi estas palavras - de protesto face ao fracasso da organização do jantar de 14 de Março - enviadas para o meu e-mail privado.
O Município de Ponte de Lima decidiu atribuir a Medalha de Mérito Cultural ao escritor António Manuel Couto Viana, nome cimeiro da Literatura Portuguesa cujo mais recente título, “Os despautérios do Padre Libório e outros contos pícaros”, é uma edição da Opera Omnia, edição comemorativa dos 60 Anos de Vida Literária do Autor. A cerimónia de entrega da Medalha está marcada para amanhã, dia 4 de Março – Dia de Ponte de Lima.
No passado sábado deu entrada no Walhalla o escritor e diplomata chileno, Miguel Serrano.