30.12.08

Mais (holo)conto menos conto

Depois de Misha Defonseca foi agora descoberto um conto da autoria de Herman Rosenblat, com o título, "Angel at the Fence, The True Story of a Love that Survived" que relata uma linda história de amor passada no campo de concentração de Buchenwald, onde a sua actual mulher atirava maçãs por cima da cerca para o autor. Pena foi que este confessasse à sua agente, Andrea Hurst, ter inventado partes do livro.
Sinceramente, não compreendo qual seja o problema em criar e recriar um texto. A liberdade literária é um direito inalienável de qualquer autor.
Ainda por cima a Berkley Books, do grupo Penguin Books exige a devolução do dinheiro quer ao autor quer à sua agente.
Tudo isto porque alguma(s) mente(s), provavelmente anti-semitas, repararam que não havia lógica que ao lado de um campo de concentração nazi houvesse uma macieira. Só gente mesquinha podia reparar nesse pormenor. Então, não há lógica?
Ora, os campos de concentração não ficavam no meio de desertos...
Se no campo de concentração de Buchenwald, na Turíngia, havia forno crematório era natural que ao lado houvesse árvores de fruto adubados com as cinzas deitadas pelos prisioneiros e que davam fruto para mais tarde seriam atirados pelas namoradas aos seus queridinhos e tudo isto nas barbas dos SS armados com a pistola-metralhadora Scheimesser MP38!
Mas nem tudo é mau. Harris Salomon, presidente da Atlantic Oversear Pictures, ainda mantém os planos de fazer um filme com orçamento de 25 milhões de dólares sobre a história de Herman Rosenblat, apesar de "Em essência, haverá duas histórias, a fantasia que ele criou em sua mente entrecortada com a vida real de Herman Rosenblat, um homem que inventou isso", disse Salomon.
"Há algumas coisas na vida que você não questiona, como um sobrevivente do Holocausto. Eu acredito nisso", disse Salomon, que já conversou com Rosenblat desde que o livro foi cancelado.
Realmente em questões de fé e de dogma não se questiona!
Resumindo e concluindo: temos holoconto!

1 comentário:

Diogo disse...

Os holocontos nunca serão demais. Sobretudo tendo em conta o célere alastrar do revisionismo. Que mal é que tem a história imposta pelos tribunais?