30.1.15

Vergonha e Traição

A iniciativa par(a)lamentar do Retorno de judeus expulsos. O problema da reaquisição da nacionalidade portuguesa pelos judeus sefarditas.

Agora, só faltam as indemnizações!!!
A iniciativa do CDS/PP pela mão de José Ribeiro e Castro redundou como não poderia deixar de ser em êxito e em traição!

"Grupo Parlamentar do CDS-PP 
PERGUNTAS (parlamentares) 
[entrada: 10MAI10] 

Assunto: Retorno de judeus expulsos. O problema da reaquisição da nacionalidade portuguesa pelos judeus sefarditas. 

Destinatário: Ministro da Justiça e ao Ministro da Administração Interna 

Ex.mo Sr. Presidente da Assembleia da República 

Considerando que: 

(a) Fui abordado por representantes da comunidade de judeus sefarditas, residentes no estrangeiro, que desejam poder recuperar a nacionalidade portuguesa que foi a de seus antepassados. 
(b) Os judeus sefarditas foram expulsos de Portugal ou forçados ao exílio a partir das perseguições de finais do século XV, continuando a considerar-se e a referir-se a si mesmos como “judeus portugueses” ou “judeus da Nação portuguesa”. 
(c) Presentemente, constituem um grupo pequeno, tendo alguns membros cidadania israelita, sendo que a maioria vive no Brasil na maior parte do tempo e correspondendo quase todos a indivíduos com educação de nível superior, em geral profissionais liberais e que, na maioria, falam mais do que o português. 
(d) Há muitos judeus sefarditas que aspiram a recuperar a nacionalidade portuguesa, de que se encontram privados mercê da expulsão e/ou exílio forçado dos seus antepassados. 
(e) A Espanha – que fez expulsões similares às ocorridas em Portugal – já adoptou legislação, desde 1982, que permite a naturalização dos judeus sefarditas de origem espanhola ao fim de dois anos de residência em Espanha, à semelhança da norma aplicável a um conjunto limitidado de origens específicas. E, em 2008, adoptou a possibilidade por “carta de natureza” e atribuiu a nacionalidade espanhola, independentemente de residência, a judeus sefarditas, mercê unicamente de um conjunto de indicadores objectivos (apelidos, idioma familiar) e competente certificação pelo rabino da comunidade. 
(f) Os judeus sefarditas interessados em recuperar a nacionalidade portuguesa sublinham que outros países, como a Grécia, já adoptaram legislação de reaquisição de nacionalidade por judeus expulsos e seus descendentes e que a própria Alemanha o fez, face à tragédia mais recente. 
(g) Portugal é dos poucos países, senão o único, que não dispõe de normas para reaquisição de nacionalidade pelos descendentes de judeus expulsos. 

Assim, tendo presente as normas constitucionais e regimentais aplicáveis, O Deputado do CDS-PP, abaixo-assinado, vem por este meio requerer ao Ministro da Justiça e ao Ministro da Administração Interna, por intermédio de Vossa Excelência, nos termos e fundamentos que antecedem, a resposta às seguintes perguntas: 

1. Tem conhecimento da situação e desta aspiração dos judeus sefarditas de origem portuguesa? 
2. Considera que é possível atender a sua pretensão de reaquisição da nacionalidade portuguesa, no quadro da lei e da regulamentação vigentes? Por que modo? 
3. Não havendo legislação vigente que possa satisfazer a aspiração dos judeus sefarditas de origem portuguesa, está aberto a que possa ser adoptada proximamente? Concorda nomeadamente com a adopção em Portugal de um regime de naturalização dos judeus sefarditas originários de Portugal simlar ao que já vigora na vizinha Espanha?

Palácio de São Bento, 10 de Maio de 2010 

O deputado: 
José Ribeiro e Castro."

18.1.15

Pivot da CNN demitido por uma palavra de crítica a Israel

«Jim Clancy, um dos rostos mais populares da CNN, deixou na sexta feira a cadeia televisiva por ter twittado uma palavra, interpretada como sendo crítica para Israel: "Hasbara".
Além de ter posto termo a uma carreira de 34 anos na CNN, Clancy encerrou ou viu ser-lhe encerrada, na quinta feira, a sua conta de twitter. Segundo o diário israelita Haaretz, nem a CNN nem Clancy explicaram formalmente a demissão, mas esta ocorreu na sequência de uma série detweets em que o jornalista foi parte activa. 
A série começou em 7 de Janeiro com um tweet de Clancy, referindo-se ao assassínio de 12 jornalistas e outros trabalhadores do semanário humorístico Charlie Hebdo, em que o pivot da CNN afirmava: "Os cartoons NUNCA  troçaram do profeta. Eles troçaram dos COBARDES que tentaram deturpar a sua palavra. Tomem atenção".
Clancy foi imediatamente interpelado por Oren Kessler, o vice-director de investigação de uma intitulada "Fundação para a Defesa das Democracias", com um pedido de explicações sobre o significado destas frases, e respondeu com uma única palavra, seguida de ponto de interrogação: “Hasbara?”
A palavra hebraica designa as explicações dadas pelo Governo israelita para justificar a sua política, ao sabor da razão de Estado, e lançando mão dos mais sofisticados recursos de relações públicas. E foi o uso dessa palavra que desencadeou uma bola de neve de argumentações e contra-argumentações polémicas que aparentemente conduziram ao afastamento de Clancy.
Num dos tweets posteriores, Clancy afirmou que "vozes pró-israelitas tentam convencer-nos de que os cartoonistas eram realmente anti-muçulmanos".
Numa outra réplica, o pivot da CNN foi claramente muito mais longe, lançando à conta chamada Human Rights News o desafio: "Vocês e toda a equipa da Hasbara têm de conseguir algum aleijado [cripple] para pôr à cabeça do rebanho". Com isso, colocou-se também sob o fogo da crítica de organizações representativas de pessoas portadoras de deficiência, que criticaram o uso do termo pejorativo cripple


Resultado de um inquérito

"Uma pesquisa realizada pela empresa britânica YouGov para a Campanha contra o Antissemitismo revelou que 45% dos cidadãos do Reino Unido possuem algum tipo de opinião antissemita.
De acordo com os responsáveis pela sondagem, divulgada nesta quarta-feira, embora a situação na Grã-Bretanha ainda não esteja no mesmo nível de outros países da Europa, os resultados apresentados são preocupantes, pois, se o antissemitismo não for reduzido a zero, ele continuará crescendo e pressionando a população judaica do Reino Unido dentro do seu próprio país. 
Entre as visões negativas em relação aos judeus nesse levantamento, realizado entre o final do ano passado e o início deste ano, chama a atenção o fato de que pelo menos um quarto dos britânicos considera que os judeus se preocupam mais com dinheiro do que os não judeus, que 20% acreditam que os judeus são menos leais à sua pátria europeia e que mais de 12% acham que os judeus utilizam o Holocausto como um meio de ganhar a simpatia dos outros.
Segundo o Congresso Judaico Europeu, a Grã-Bretanha é o segundo país da Europa que abriga mais judeus, quase 270 mil, atrás apenas da França. No resto do mundo, só Israel, Estados Unidos e Canadá possuem populações judaicas maiores."

Banda Desenhada


Primeiro-ministro turco compara Netanyahu aos autores do massacre em França